Bem vindo(a) hoje a mais um episódio do podcast oficial da Tribo Forte!
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Neste episódio:
- Episódio especial, no qual são respondidas perguntas da comunidade.
Escute e passe adiante!!
Saúde é importante!
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Caso de Sucesso do Dia
Transcrição do Episódio
Rodrigo Polesso: Olá! Bom dia para você. Bem-vindo ao episódio número 163 aqui do podcast oficial da Tribo Forte, o podcast número 1 do Brasil em saúde. A sua dose semanal aí de medicina baseada em evidência. Dicas práticas sobre saúde, emagrecimento, estilo de vida saudável no geral. Hoje vou fazer um bate bola de perguntas e respostas da comunidade. Assuntos variados, bacanas aqui. A gente vai dar nosso melhor input para tentar ajudar você a fazer as melhores decisões em se tratando da sua saúde, da sua boa forma. Dr. Souto, bem-vindo a mais esse episódio. Tudo bem?
Dr. Souto: Tudo bem! Bom dia. Bom dia aos ouvintes.
Rodrigo Polesso: É isso. Olha só… Por que não? Vamos começar direto aqui na primeira pergunta da comunidade. Quem mandou para a gente foi a Mili Rodrigues, mãe de dois meninos. Esse é o nome dela. “Mili Rodrigues Mãe de Dois Meninos”. Aqui no YouTube eu peguei essa pergunta. Ela falou o seguinte. “Já sei que não vou emagrecer, porque eu adoro tapioca e não consigo parar de comer. Afff!” Não é uma pergunta, né? Eu coloquei isso aqui. Estava olhando de manhã cedo por perguntas e isso quer dizer muita coisa. Acho que a gente precisa analisar a psicologia do que ela disse. Ela comentou num vídeo que eu fiz sobre 5 alimentos que não vão te ajudar a emagrecer, vão bloquear seu emagrecimento, digamos assim. Ela falou, “Já sei que não vou conseguir emagrecer, porque eu adoro tapioca e não consigo parar de comer.” Você vê só que o peixe morre pela boca, né, Dr. Souto? A gente sabe disso. Tem gente que prefere de fato continuar se intoxicando, sabendo que aquilo está causando problema. Tem gente que ama o prazer de algum alimento determinado mais do que o prazer de estar saudável, de estar em forma. E, nesses casos, infelizmente, não tem muito que a gente possa ajudar. O que a gente pode fazer é sempre dar a opção ou dar a informação para a pessoa para que ela possa tomar as suas próprias decisões, não é verdade? Agora, a gente sempre fala também que carboidratos, como ela falou no caso da tapioca… E ninguém come tapioca pura… Você come tapioca com alguma coisa dentro. Nem come arroz branco, por exemplo, puro. O pessoal coloca alguma coisa junto sempre. E essa coisa junto influencia muito no efeito que vai ter também. Então, você acaba sendo viciado… Ficando viciado a esses alimentos que são puro amido praticamente. Ou junto com açúcar. Ou pior… Amido e gordura ao mesmo tempo, como a tapioca com queijo e manteiga, por exemplo. Então, a gente acaba ficando viciado e muitas vezes por hábito também de comer esse tipo de coisas, tipo de textura. Então, você não quer abrir mão disso. Mas existem e tem gente para comprovar todo dia… Existe luz no fundo do túnel para quem decide enfrentar um momento de adaptação curto para depois obter os benefícios e aí você ficar no controle dessa gula, ficar no controle da vontade de comer esses alimentos e não deixar essa vontade ficar no controle da sua saúde, enfim, e do seu bem-estar. Não sei se você tem alguma coisa para adicionar, Dr. Souto, para ajudar nossa amiga.
Dr. Souto: Eu tenho duas coisas que eu estava pensando. Uma delas é… Bom, por um lado, eu fico um pouco mais tranquilo quando a opção, quando a decisão da pessoa é uma opção mesmo. E para a pessoa pode optar, a pessoa precisa ter conhecimento. Então, se a pessoa sabe que a tapioca não ajuda e opta por consumir a tapioca, eu acho que é uma decisão respeitável, né?
Rodrigo Polesso: Claro.
Dr. Souto: E que eu acho que não é diferente do sujeito que sabe que o cigarro faz mal, mas opta por fumar. Nós estamos tratando com adultos que sabem, enfim… Decidem aquilo que consideram que é prioritário na sua vida. Me angustia muito, mas me angustia demais é o contrário. É a pessoa que está disposta a fazer o sacrifício que for, mas que está fazendo a coisa errada por falta de conhecimento. Então, certa vez eu escrevi isso no meu blog e a ênfase era justamente essa de que eu não estou tão preocupado com aquela pessoa que, em sabendo que doces não são bons para sua saúde… Bom, prefere continuar comendo açúcar porque gosta. Então, imagina o seguinte. Quanta gente Brasil a fora, mundo a fora, não está comendo tapioca porque acha que tapioca é a melhor opção e que a tapioca vai ajudar a emagrecer. Quer dizer, ela saiu do pão e foi para a tapioca e com isso espera emagrecer. Então, você postar um vídeo e esclarecer que não é assim é um serviço…
Rodrigo Polesso: Isso sim destrói sonhos. Isso sim destrói sonhos.
Dr. Souto: Isso sim destrói sonhos. A pessoa que está tomando uma atitude baseado em falsa informação, em má informação, ela está sendo privada da possibilidade de escolher. Já a nossa leitora, espectadora do YouTube, ela agora sabe, ela sabe que a tapioca não ajuda. Mas ela está dizendo assim… Tudo bem, mas eu prefiro consumir tapioca. Então, essa é uma característica. A outra coisa é o seguinte. Eu vejo muito quando eu posto alguma receita lá no Instagram… Receitas normalmente que eu estou repostando de outra pessoa… Porque eu não sou nenhum mestre da cozinha. Mas quando eu boto, tem muita gente que curte e que replica e que copia outras pessoas. Então, muito do que acontece é que as pessoas… Vamos dizer… Falta um pouco a cultura da culinária low carb.
Rodrigo Polesso: Sim.
Dr. Souto: Porque as pessoas aprenderam com seus pais, aprenderam na cultura na qual elas estão inseridas um determinado tipo de culinária. Aí a gente diz… Olha, só que essas coisas aqui nós vamos tirar porque você vai fazer uma low carb, você está diabético, está precisando tirar carboidratos. E a pessoa fica sem chão porque ela não conhece a culinária low carb, não sabe que tem tanta alternativa. Então, daqui a pouco a pessoa pode fazer uma panquequinha com farinhas alternativas, com farinha de amêndoas. Ainda ontem eu comi uma panqueca deliciosa feita pela Sila. Quem quiser dar uma olhadinha no Instagram dela, é @silamelodias. E a panquequinha ela fez com um pouco de farinha de amêndoas e com espinafre. Então ficou uma panquequinha verde recheada com carne moída. Mas olha, eu acho melhor do que se fosse a panqueca tradicional feita com farinha de trigo. E como ela usou bastante espinafre na massa, barateou, porque a farinha de amêndoas é cara. Então, ela usou ali uma colher de sopa de farinha de amêndoas para dar um pouquinho de liga. O resto foi espinafre. A panquequinha serve basicamente como veículo para carne moída, que está lá dentro, que é o principal. Então, saber fazer diferentes panquequinhas… Tem a Nutri das Panelas, que é a Polyana. Vocês botam lá no Instagram, @nutridaspanelas. Deem uma olhada na Tribo Forte, que tem uma coleção enlouquecida de receitas da Paty Ayres, da Nutri das Panelas, da Djuly. Então, dominar um pouquinho a culinária low carb… Às vezes é a diferença entre a pessoa desistir, como talvez essa pessoa que fez essa pergunta esteja dizendo… Olha, como eu gosto muito do alimento X, eu vou desistir, não vou nem tentar. Mas, mas é que talvez ela não conheça as várias alternativas que pode dar uma, vamos dizer, uma experiência sensorial muito parecida com aquela da tapioca, mas sem o amido. Então, fica a dica.
Rodrigo Polesso: Ficam as dicas, com certeza. A próxima pergunta vem de uma pessoa com um nome bastante original. O nome dela é… Edslacarina Barros Vieira. Ela pergunta o seguinte. “Água com psyllium pode?” Olha só… Essa eu vou responder com conhecimento de causa. Acredite, eu já tomei essa porcaria há uns anos atrás. Eu já falei. Eu já tentei de tudo. Eu já tentei de tudo, todo tipo de coisa para poder falar depois. Eu já tomei água com psyllium diariamente por algum tempo. Por que que a gente faz essas coisas com a gente, né? Basicamente o que que é? É fibra pura. Fibra pura. É igual a gente comer alfafa. Daria na mesma. Água com alfafa. Não tem gosto, é ruim. Enfim, é péssimo e você vai eliminar tudo isso. Olha só uma coisa interessante. Nas diretrizes alimentares do governo americano de 2015 a 2020 que são vigentes no exato momento, eles dizem lá que… Antes disso… A gente sabe, como é fato, que carboidrato nenhum é essencial a vida humana. A gente sabe que carboidratos não são essenciais. Gorduras sim, proteínas sim. Carboidratos não são. Fibra é o quê? Fibra é um carboidrato. E nessas diretrizes eles falam exatamente isso. Fibra não é essencial ao ser humano, mas claro que eles recomendam… Ah, mas é bom porque é associado a melhor blá blá blá… Mas fibra não é uma coisa essencial ao ser humano. Você vai colocar pela boca e vai eliminar por baixo 100% dessa fibra. Fibra nenhuma é absorvida para dentro do seu corpo. Você vai fermentar, vai te dar… Enfim, um monte de coisa. Inclusive, quem tem disbiose intestinal, problema de desequilíbrio da microbiota, isso pode potencializar o problema, porque fibras são tão boas para as bactérias boas quanto são boas para as bactérias ruins. Você vai fermentar e vai alimentar isso tudo. Então, eu não consigo pensar num motivo para se ingerir uma coisa dessa na sua dieta, assim como ração humana, por exemplo, água com psyllium eu não acho necessário. O pessoal que tem problemas de constipação, a gente tem boas evidências mostrando que a diminuição das fibras pode ajudar com isso, não o aumento delas. Inclusive, o aumento pode causar problemas bastante doloridos em pessoas que estão constipadas. Eu acho que tem muitos ângulos, Dr. Souto, de atacar isso aqui. Mas, de novo, fibra não tem valor nutritivo nenhum. O psyllium, apesar desse nome bonitinho, é igual, enfim, fibra de grama. É a mesma coisa. É uma fibra que não vai ser absorvida pelo corpo. Não tem gosto. É ruim. Você está se forçando a comer isso por alguma recomendação de alguém. Inclusive, quando eu comecei na época foi por ter discutido com um profissional da saúde essa questão também. Então, eu não sei, Dr. Souto. Diga aí. Não sei se você atende pessoas que estão tomando psyllium… Te perguntam sobre isso também… E o que você tem a falar para ajudar.
Dr. Souto: Rodrigo… Vou tentar colocar um pouco mais de nuance nisso. Concordo que fibra suplementar não é necessário. Agora, tem pessoas que suplementando fibra melhoram a função intestinal, estavam constipadas e deixam de estar, regularizam bem sua função intestinal. E se a pessoa está usando o psyllium e está tendo benefícios… Se a pessoa se sente melhor… Talvez a pergunta dela…
Rodrigo Polesso: É o que importa.
Dr. Souto: É. É assim… “Pode?” No sentido de… Terá impacto ruim sobre uma dieta restrita em carboidratos? Não, porque a fibra não é absorvida, não é digerida. Então, ela não tem impacto glicêmico, não eleva a glicose, não tem impacto calórico, não tem impacto na insulina. Então, nesse sentido, pode. Poder, pode. O que a gente vê… Constipação é um assunto complicado. É assim… Pessoas constipadas que estão usando um monte de fibras e aumentam cada vez mais as fibras… Porque acham que se aumentar o suficiente as fibras vão melhorar a constipação e às vezes a gente retira as fibras e aí a constipação melhora. Tem um estudo que mostra bem isso. Mas tem o oposto também. Tem pessoas que consumiam pouca fibra e quando passam a consumir mais fibra, o intestino melhora. Então, o intestino é um troço que varia loucamente de uma pessoa para outra, então não dá para fazer uma explicação muito generalizada… Eu entendo aquilo que você falou que é no sentido assim… Chega de dizer que eu tenho que atingir um número X de gramas de fibra mesmo que para isso eu tenha que suplementar. Não. Agora… Se a pessoa está suplementando porque ela antes tinha problema, começou a suplementar e melhorou e aí ela está com medo… Se eu parar de usar esse psyllium, talvez meu intestino volte a ficar ruim como ele estava antes, mas agora eu estou fazendo uma low carb. Sim, pode fazer low carb e usar psyllium. Não tem problema.
Rodrigo Polesso: E tem um ponto grande… Acho que a gente já falou antigamente, mas é bom reforçar, que é o conceito de constipação. Tem gente que jura de pé juntos que se você não for ao banheiro fazer número 2 pelo menos 3 vezes por dia, alguma coisa está errada. Quem é vegano, quem é vegetariano, sabe que é muito comum. É norma, principalmente para veganos irem pelo menos 2, 3 vezes, pelo menos, fazer número 2 no banheiro todo dia. Todo dia. Tem gente que come menos fibra… O pessoal da carnívora e etc., que pode viver uma semana sem ir ao banheiro fazer número 2. Agora, e se ambos se sentirem bem? Ótimo, é isso que importa. Então, existe um intervalo, Dr. Souto, para qualificar como constipação. Então, você não ir ao banheiro todo dia, não quer dizer que você está constipado. Tem essas nuances também nessa questão. Quando as pessoas começam a comer, por exemplo, uma dieta mais baixa em carboidratos ou mais pobre em fibras, elas podem notar que essa frequência do número 2 diminui. Mas isso não quer dizer que essas pessoas estão constipadas e precisam se preocupar necessariamente. Tudo depende de como a pessoa se sente.
Dr. Souto: É. O problema não é tanto o intervalo… Se a pessoa passa 3 dias sem evacuar, mas quando evacua, evacua fezes normais, bem formadas, que não são super duras… Não pode estar evacuando fezes duras e com dor. Aí sim, aí é um problema de constipação. Então, se você come uma dieta bem pobrezinha em fibras, aí naturalmente vai evacuar com uma frequência menor. Eu sempre digo… Nos próprios livros que têm como base dieta tradicional das pessoas… Se diz que é considerado normal desde 3 vezes ao dia até 1 vez a cada 3 dias. Então, se a pessoa evacuar na segunda-feira e depois na quinta… Não evacuou com dor, as fezes estão bem formadas, não estão endurecidas… Isso não é constipação, isso é só um intervalo um pouco maior, provavelmente porque é uma dieta com menor fibras.
Rodrigo Polesso: Exato. Isso aí. Menos fibras. A próxima pergunta… A gente até tocou nesse assunto… Mas é a Lulu N. Ela perguntou. “Tapioca é pior do que pão francês?” E ai?
Dr. Souto: A tapioca ela só tem um aspecto em que ela é pior do que o pão francês? É porque a tapioca é…
Rodrigo Polesso: Mais gostosa?
Dr. Souto: Ela é um lobo com pele de cordeiro.
Rodrigo Polesso: É verdade.
Dr. Souto: É porque o pão francês todo mundo já sabe… É pão… É gostoso, mas eu vou comer sabendo que é um troço que engorda. Agora, a tapioca não. Ela é o mesmo amido… O mesmo amido… Tudo bem, amido de outra planta, mas amido é um polímero de glicose, não importa de que planta venha. Estrutura… Moléculas de glicose umas abraçadinhas na outra se chamam amido, não importa se vem da mandioca, que é a tapioca… Não importa se vem do trigo, que é o pão. Só que um porque é da mandioca é considerado bom e emagrecedor. Eu acho que o mais pernicioso da tapioca é a mitologia que cerca a tapioca.
Rodrigo Polesso: Boa. Falou bem, falou bem. Na questão do pão a gente tem… Claro que o pessoal vai perguntar… E o glúten? Antinutrientes. A tapioca por ser um amido puro, puro, puro, não tem antinutrientes. Enquanto o pão tem, tem pessoas que reagem contra ele. Outra que eu quero adicionar também é que pão francês não é pão. Acho que quem… Pão é uma coisa que, bom… O pão historicamente falando é um processo demorado, uma fermentação natural, o pão cresce devagar, o pão estraga em questão de 24 horas, 48 horas… A massa azeda quando ela é feita tradicionalmente. Até tem um valor um pouco mais nutricional de fazer isso. Agora o pão francês, esse pão de forma que a gente encontra, você larga no chão e nem bicho quer comer. O treco demora muito tempo para começar a mofar. Um pão de verdade, você coloca e ele mofa rápido. Então, tem essa questão também. O que a gente considera pão hoje não é necessariamente pão.
Dr. Souto: É. Sobre glúten… Fazia tempo que a gente não falava…
Rodrigo Polesso: Fazia!
Dr. Souto: Só lembrando… Sim, tem os celíacos que não podem comer glúten, mas tem toda uma população que tem uma intolerância não celíaca ao glúten que só vai descobrir isso o dia que ficar um tempo sem comer e ver… Poxa, que diferença. Aí quando a pessoa come de novo, percebe o estufamento, ou piora de algumas coisas inflamatórias, alergias, doenças autoimunes. Então isso aí não seja super, super baseado em evidência, cada um sabe onde lhe aperta o sapato. Faça a experiência. Tire e depois o dia que reintroduzir, veja se faz diferença.
Rodrigo Polesso: Isso. E presta atenção também nos acompanhamentos. Pão francês com o quê? A tapioca com o quê? Presta atenção nisso, pessoal. Ambos não vão ajudar, como a gente já falou, a emagrecimento porque é assim que vai ser metabolizado pelo corpo. Não vai te ajudar a emagrecer. Mas se você quiser, como a gente falou, Dr. Souto, comer a tapioquinha, o pão francês tranquilo… Quer comer pouco? É sua opção.
Dr. Souto: É uma alternativa. Passar fome é sempre uma coisa que a pessoa tem a liberdade de fazer.
Rodrigo Polesso: Tem, exatamente. Tenho mais umas perguntinhas aqui, mas antes vamos contar o caso de sucesso de hoje, que do Flávio de Souza. Ele falou: “Estou muito satisfeito com os resultados alcançados. Peso -7 quilos. Barriga -11. Quadril menos 5,5 centímetros. Muito feliz com os resultados e animado para começar a fase 2.” Ou seja, ele acabou a fase 1, a fase 1 do programa. São 30 dias só… O Desafio 30 Dias. Ele perdeu 7 quilos e 11 centímetros de barriga em 30 dias. Mudança bacana e agora ele começa a fase 2 onde vai otimizar tudo isso aí.
Dr. Souto: Rodrigo, olha um negócio legal. Ele perdeu bem mais barriga do que quadril. Isso aí é uma coisa bem característica quando a gente faz restrição de carboidratos e portanto começa a melhorar a resistência à insulina. Uma das características da resistência à insulina é justamente o acúmulo de gordura visceral, a gordura na barriga que está associada com um monte de doenças. E portanto, justamente esse estilo de vida alimentar com restrição de carboidratos é especialmente benéfico para perder barriga. Está aí o exemplo.
Rodrigo Polesso: É. Exatamente. Muito bem dito. Tanto o corpo sabe que é tão perigoso que ele escolhe perder antes ali, nessas áreas de maior risco. Então, é isso aí, pessoal. Resultados bacanas. Siga aí. Se você quer entrar no programa também, quer emagrecer como prioridade, é a melhor tacada para você. Entre e veja o vídeo em CodigoEmagrecerDeVez.com.br. Ok. Agora a próxima pergunta vem da Ângela Jesus. Ela fala: “Estou fazendo algo errado. Eu fiz o jejum por um mês e não emagreci nenhuma grama.” Aí uma pessoa embaixo falou: “Eu também.” Aí outra pessoa falou: “Com certeza comeu após o jejum tudo o que viu pela frente.” Vamos lá. Bom… “Fez jejum por um mês e não emagreceu nenhuma grama.” A gente não sabe o que isso significa, pessoal. O que a gente sabe é que ausência de alimentos é impossível de causar ganho de peso. Isso a gente sabe. O que vai causar ganho de peso é o que você no resto das horas do dia. Esse é um perigo. A gente já falou de jejum intermitente antes. As pessoas que veem esse conceito e acham que é a saída para tudo acabam tentando de forma… Enfim, sem saber o suficiente para fazer de forma correta… Aí você… Vou pular o café da manhã hoje… Pula… Fica com fome… Estou me sentido mal, mas vou fazer, vou fazer… Aí chega no almoço… Já pulei o café da manhã, então comer o em dobro. Vou comer uma sobremesa hoje mesmo porque eu já não comi no café da manhã e acaba dando um tiro no pé. Então, o que faz ganhar peso, pessoal, não é o que você não come, é o que você come no resto dos momentos. Por isso que o jejum intermitente é o terceiro passo do código alimentar. Porque quando você chega no ponto de fazer ele, você já está dominando sua alimentação e você está no controle da sua alimentação e da sua fome também, não mais o contrário. Mas enfim, é mais um exemplo de pessoas que se frustram. Começam a pular uma refeição aqui e ali, se sentem mal, aí vêm falar isso publicamente e acabam influenciando outras pessoas e a culpa nem é da prática, a culpa foi da má prática dessa estratégia.
Dr. Souto: Nem muito muito a que acrescentar. Concordo plenamente. Eu não vejo tanto, hoje em dia, o jejum com estratégia de perda de peso. Eu vejo o jejum mais como uma ferramenta até para situações do dia a dia, como a gente volta e meia… Já falamos aqui no podcast… A pessoa vai viajar. Chega no aeroporto… No aeroporto só tem pastel e coisa assim para comer. Bom… Aí a pessoa lembra que ela não é obrigada a comer a cada intervalo de X horas. Ela já fez alguns jejuns na vida e isso dá prática e confiança para a pessoa para esperar e comer uma coisa de melhor qualidade lá no destino, quando ela terminar sua viagem. Então acho que… Existe aquela questão da autofagia que se fala tanto e tal. Acho que isso efetivamente pode representar benefícios. A gente sabe que em animais esses benefícios ocorrem. A não sabe o quanto isso é significativo nestes jejuns curtos em seres humanos. Então… Mas com certeza a gente não engorda pelo o que a gente não come. O que controla o peso é o que a gente come.
Rodrigo Polesso: É. E falando em comer… A pergunta… A próxima vem da Jéssica Mahara Becker Ribeiro. Um dos vídeos que mais gerou reviravolta no YouTube é um que eu falo de frutas, onde eu argumento que as frutas não necessariamente vão te ajudar a emagrecer por si só. Claro, se uma fruta substituir um donut ou um pedaço de bolo de chocolate, claro que vai ser benéfico. Então, tem dois argumentos. Um é que a fruta é basicamente açúcar, é basicamente sacarose, frutose, tudo junto… E glicose. E tem outro ponto, que as frutas de hoje em dia não são iguais às frutas originais. As frutas de hoje em dia são anabolizadas, elas são gigantes, são mais doces, não têm semente, é muito mais fácil de comer, mais bonitas. Então, não é exatamente o que a natureza criou para a gente. É muito mais fácil encontrar todo o dia do ano, independente de estação e também de comer mais. Elas são mais deliciosas, mais apetitosas. E eu argumentei isso, que frutas não necessariamente vão te ajudar a emagrecer, ao contrário do que muita gente diz por aí… Coma frutas e verduras… Não. Metabolicamente não vai ajudar. Agora as pessoas ficam revoltadas porque esse é um conhecimento que é diferente da moda, do mainstream. Então, a pergunta dela é a seguinte. “Agora a fruta natural é ruim para emagrecer? Oxe! Mas foi Deus que criou essas delícias para nós e agora não posso comer? O que que vamos comer, então?” É como se existisse só fruta no mundo. O que que a gente vai comer se não pode comer fruta, né? Todo o resto. Mas vamos lá. Você vê só a dificuldade dessas pessoas entenderem, Dr. Souto. E na boa, como eu falei de novo… Não foi Deus que criou essas delícias. Isso foi o ser humano. A fruta original é diferente dessa que você vê no mercado o ano inteiro com cera ao redor, bonita, brilhosa, coisa mais linda. É diferente. Mas sim, é difícil engolir a pílula. Mas a fruta, metabolicamente falando, ela não vai te ajudar a emagrecer. Agora, é possível emagrecer comendo fruta, Dr. Souto? A gente já falou aqui duas vezes. Sim, é só saber comer, comer pouco no geral e você consegue o objetivo. Mas não sei se você enfrenta talvez às vezes essa questão quando você recomenda que essas frutas mais doces… E aí você pode falar das alternativas também… Que as pessoas diminuam a ingestão de frutas no geral na dieta… Se você tem alguma resistência ou não nesse sentido.
Dr. Souto: É. O problema é o seguinte. As pessoas atribuem características humanas… Fazem julgamentos morais sobre comida. Então, a fruta é boa. O açúcar é ruim. Mas a fruta tem açúcar, e aí?
Rodrigo Polesso: Lascou, né?
Dr. Souto: Então, é mais interessante a gente primeiro se despir dessa atropo… Está difícil de falar essa palavra. De dar esse atributo humano para as coisas. Vamos pensar assim. Primeiro. Uma banana moderna é tão criada pela evolução quanto um poodle. O que que eu quero dizer com isso? Não. se você é criacionista e acredita que Deus criou as coisas… Não, Deus não criou o poodle. Deus não criou o Yorkshire… Sabe o pequenininho com o cabelo comprido? Não criou o lhasa apso. O cachorrinho da madame não foi criado por Deus. O cachorrinho da madame foi criado… A maioria das raças modernas aí nos últimos 200 a 300 anos. Foi criado como? Por cruzamento seletivo. Assim como várias das flores que a gente hoje em dia… Essas tulipas de cores diferentes… As rosas de várias cores. Isso não veio assim da natureza. Isso não está assim desde o Jardim do Éden. Essas coisas foram criadas por cruzamentos seletivos. Como é que funciona isso? Eu tenho lá uma ninhada de cachorrinhos aí eu vejo que tem um que é menorzinho. Se eu quero criar uma raça pequena, eu vou pegar aquele menorzinho e cruzar com outra cadelinha menorzinha de outra ninhada. Eu faço isso por algumas gerações e daqui a pouco eu estou criando um cachorrinho que é muito menor do que os outros. Aí eu vejo que tem um que tem pelo mais comprido. Eu vou cruzando e daqui a pouco eu tenho esses cachorros que tem o cabelo mais comprido do que uma pessoa, que tem que aparar o cabelo, pentear. Assim… Aquilo tudo se originou do lobo. Então, o lobo é o que a natureza entregou para nós. O ser humano pegou o lobo e transformou no cachorrinho da madame e isso não é uma coisa questionada. Estou dando uma informação evidente.
Rodrigo Polesso: Isso é fato.
Dr. Souto: É. Bota lá na Wikipédia é vê o maravilhoso mundo da criação de raças, de cães e tal. Serve para gatos, serve para tudo. Serve para flores. Então, assim… O cachorrinho da madame está para o lobo assim como a banana atual está para a banana selvagem.
Rodrigo Polesso: Perfeito. Agora o pessoal vai entender com certeza.
Dr. Souto: É uma criação humana isso aí. O ser humano começou a fazer cruzamentos seletivos… Seleções de mutações que aconteciam na natureza… Pegando aquela fruta que era maior do que as outras e plantando aquela… Pegando aquela maçã que era mais suculenta do que a outra e transplantando aquela até que o ser humano adequou a coisa ao seu gosto. E o gosto do ser humano é o quê? Açúcar.
Rodrigo Polesso: Doce.
Dr. Souto: É doce. Então… Isso aí. Aí as pessoas confundem tudo. Porque você falou muito bem, Rodrigo. tudo depende daquilo que a gente está substituindo. Se eu antes comia donuts, comida batata frita e tal e agora eu vou substituir isso por fruta, minha saúde vai melhorar. E possivelmente eu vá sim perder peso, porque eu estou trocando uma coisa que era uma baita agressão ao meu organismo por uma coisa que poxa vida… É muito melhor problemática. Agora a pessoa que está buscando uma alternativa de alimentação low carb, alimentação forte, ela está pensando o seguinte… Quero uma intervenção que vá além daquilo que eu já obtive só com o bom senso. Então, a pessoa, na realidade já disse… Refri, batata frita, milk shake, isso aí eu já sei que tenho que tirar da minha alimentação para emagrecer. Eu já tirei, perdi 3 quilos e parei de perder peso. Bom… O que eu posso fazer mais? Aí, repetindo o que a gente já falou num outro podcast: você tem duas opções. Passar fome… Você restringir as calorias ativamente… Você vai conseguir perder peso, mas vai passar fome. Ou então tem aquela estratégia bem interessante, que é assim, olha… Vamos eliminar o máximo possível os carboidratos porque o corpo não podendo usar glicose como fonte de energia vai se voltar para o uso da gordura como fonte de energia. Aí você passa a queimar gordura, sente menos fome ao passar a usar com mais facilidade a gordura que você já tem estocada no seu organismo e aí você pode fazer isso sem ter que fazer essa restrição calórica voluntária. Bom… E aí… A glicose, o açúcar… O corpo é agnóstico em quanto a origem deles. Sinto dizer, mas se o açúcar está na banana ou na cana de açúcar, eles têm a mesma dignidade e a mesma origem natural. Ou por que esse chauvinismo vegetal? Por que que a banana é boa e a cana de açúcar é ruim? Elas não são plantas igual? Não fazem fotossíntese igual? Não foram, sei lá, como disse a nossa ouvinte, criados por Deus?
Rodrigo Polesso: É, exato.
Dr. Souto: Então, assim… O açúcar é açúcar. A fotossíntese gerou aquilo. Quando a gente comer aquilo, ele vai produzir uma liberação de insulina. Se nós optarmos por uma estratégia low carb, bem, ela é low carb. “Então quer dizer que não posso comer fruta nenhuma?” Não, não é isso que eu disse! Tem fruta que tem pouco açúcar. Então, vamos ser espertos. Nós estamos propondo uma estratégia de baixo carboidrato, low carb é isso em inglês, baixo carboidrato. Carboidrato é açúcar e amido. Bom… Então eu tenho de um lado a banana, de outro lado o tomate. Ambos são frutas, mas um tem bastante açúcar, o outro tem menos… Vou para o tomate. Eu tenho de um lado o abacate, de outro lado o caqui. O caqui tem bastante açúcar, o abacate tem menos, vou para o abacate. Então, a gente passa a tomar decisões racionais instruídas pelo pensamento no sentido de escolher aquelas frutas que têm menos açúcar. E lembrando… Que eu sempre digo… Sou repetitivo, mas eu gosto. Um monte de coisa que o povo chama de salada é fruta. Olha lá… Abobrinha, pimentão, berinjela, pepino, chuchu, tudo isso é fruta… Tomate. Então, mesmo que a pessoa não coma nenhuma fruta doce… Zero fruta doce… Se ela comer uma saladinha mista ela estará comendo frutas. Se houver realmente o pensamento de que sem frutas a pessoa vai morrer. Bom, então coma frutas com menos açúcar. Simples assim. É fácil. Não é difícil.
Rodrigo Polesso: Não, é fácil e é gostoso. Essa questão do natural… Essa aura que as pessoas colocam ao redor de alguns alimentos é muito irracional se a gente começar a pensar. O açúcar que você tem, o açúcar de mesa… É tão natural, a gente poderia dizer, quanto um suco de laranja. A diferença é que um é líquido e o outro foi evaporado. O suco de cana foi evaporado. É o mesmo princípio. Ou também a ilusão de acreditar que o açúcar de mesa só porque ele é um açúcar de mesa que vem no mercado branquinho, ele é menos saudável. Esse é o venenoso. Agora o açúcar de coco, ou o açúcar demerara ou o açúcar mascavo… Esse é muito bom, porque ele é natural, porque ele não é branco, ele está sujo, ele tem outra cor. Que nem o Dr. Souto falou… O corpo é agnóstico. É a mesma molécula que está entrando no seu corpo. Não deixe os esquemas de mídia te enganar. Não deixe a mídia te jogar coisas… Verdades… Mentiras… Goela abaixo. Não se engane. Essa aura natural é uma pegadinha para muita gente. O que significa natural? O açúcar é uma coisa natural. É muito fácil de se obter açúcar. Você pode obter em casa. Pega a garapa da cana, deixe secar e vai sobrar açúcar mascavo. É natural. E o açúcar do coco… Bom, o açúcar do coco é outra história. Mas tudo é açúcar. Tudo é açúcar. Não é porque vem de uma planta que faz bem… A molécula é a molécula. Enfim. Para tentar falar um pouco dessa questão de açúcar… Isso daí também é outra coisa que o pessoal se revolta. Por que o açúcar de coco pode? O açúcar demerara pode? Não é porque tem o nome mais bonito e difícil que é diferente.
Dr. Souto: Não é porque é mais caro que é melhor.
Rodrigo Polesso: É. As pessoas querem acreditar. Esse que é o problema. As pessoas querem acreditar que existe uma alternativa igual, tão saborosa como, mas que não vai causar nenhum problema. Sinto muito, não existe. Vamos ter que amadurecer. Vamos lá, então. Falar do que a gente vai comer na próxima refeição. Só que a gente está fazendo dois podcasts juntos aqui, então a gente já falou isso no podcast passado. Eu tive uma ideia de perguntar uma outra coisa. A gente falou de carne no podcast passado, então para reciclar essa ideia, Dr. Souto, você que é uma pessoa com grandes e polidas habilidades na churrasqueira… Você podia contar para a gente… Se você pudesse escolher um corte ou dois, qual corte de carne que você mais gosta de saborear?
Dr. Souto: Bom… Eu gosto muito daquilo que aqui no sul se chama de vazio e que no resto do Brasil, por algum motivo que não entendo se chama de fraldinha. O vazio é uma carne extremamente saborosa, extremamente macia e se a gente preparar só com sal grosso na brasa aquilo ali fica uma delícia. E aí o negócio é o seguinte. Pegar um espeto duplo e espetar o vazio ondulado. Então, ele entra e sai daqueles espetos ali de modo que a gente depois possa ir cortando lascas laterais dele. Então, a gente corta as lasquinhas dos lados, bota no fogo, deixa selar mais um pouquinho, pega e tira de modo que cada lasca sai vermelhinha por dentro e seladinha por fora.
Rodrigo Polesso: Meu Deus do céu. Que vontade de comer.
Dr. Souto: Desculpa para quem está em jejum ouvindo isso. A culpa é do Rodrigo, foi ele que perguntou. Picanha é o preferido nacional e tal. Mas eu acho… Eu pessoalmente… Que o vazio é mais gostoso e mais barato.
Rodrigo Polesso: A gente brinca do vazio… Chega o gaúcho nos Estados Unidos para comprar e pede um pedaço de empty.
Dr. Souto: Melhor do que pedir fraldinha em inglês.
Rodrigo Polesso: Essa é boa. Dipers, por favor.
Dr. Souto: Outra coisa que eu particularmente gosto muito é coração de galinha. E assim… Coracãozinho é uma organ meat. O Rodrigo só fala em fígado para cá, fígado para lá… Mas o coração de galinha também é uma carne víscera… Também é organ meat. Isso significa que o perfil nutricional do coração é bem diferente do que do músculo da carne como é o caso do vazio da e da picanha.
Rodrigo Polesso: E do fígado também, tá?
Dr. Souto: E do fígado também. Então, sim, o fígado tem coisas que só o fígado tem, inclusive aquele gosto. Mas o coração é gostoso e ele tem… Eu me lembro de quando eu li isso e eu gravei a estatística porque eu fiquei muito impressionado. O músculo esquelético tem cerca de 2% do seu peso seco é mitocôndrias, aquela organela que gera a energia do músculo. Já o coração, como é um negócio que bate o tempo todo, ele nunca descansa, 20% do peso seco dele é mitocôndrias. Qual é a importância disso? As mitocôndrias contêm coenzima q10, que é um nutriente importante para nós. O corpo é capaz de sintetizar coenzima q10, mas ele é capaz de usar a q10 obtida na dieta. Então, é interessante para repor, especialmente naquelas células que têm um custo energético alto, como neurônios e músculos. E como toda mitocôndria tem muito magnésio… O magnésio é importante em toda e qualquer reação que envolve ATP e os ATPs são formados dentro da mitocôndria… É uma das fontes maiores de magnésio que nós vamos encontrar em alimentos de origem animal.
Rodrigo Polesso: Que legal.
Dr. Souto: Então, se você ao invés de consumir cápsulas de magnésio, quiser consumir magnésio com um gosto melhor, e baratinho… Coração de galinha.
Rodrigo Polesso: Ou a CoQ10, que em todas as prateleiras de suplementos você acha o CoQ10 lá. Come um coraçãozinho.
Dr. Souto: Se vocês forem que nem nossa amiga Paty Ayres, vocês podem inclusive comer o coração cru. Eu vi ela fazer isso.
Rodrigo Polesso: Eu vi também. Meu Deus do céu. Você pode ser quão medieval você quiser.
Dr. Souto: Com certeza preserva mais os nutrientes.
Rodrigo Polesso: Com certeza.
Dr. Souto: E outra… O churrasco tem a forma Nutella e a forma raiz de ser feito.
Rodrigo Polesso: Boa, boa.
Dr. Souto: Então, assim… Churrasco raiz é só sal grosso, tá?
Rodrigo Polesso: Nada de marinada 3 dias…
Dr. Souto: Nada dessas coisas. Inclusive o coração de galinha. Larga o coração de galinha numa bacia, pega uma quantidade de sal grosso… Não basta ter gordura saturada. É bom ter sódio também. Larga na bacia, larga um sal grosso ali, mistura com a mão e está temperado. Se a carne for boa, ela vai ficar boa assim. Se ela precisar ser marinada e tal, é porque o açougue não é dos melhores.
Rodrigo Polesso: Falou bem demais. Inclusive, costelinha que vou comer agora depois do podcast, de ontem, que sobrou um pouco… Costelinha e asa de frango são duas coisas que o pessoal tende a sempre usar uma espécie de tempero especial ou molho. Aqueles molhos molhados, de fato. Buffalo wings e etc. de mostarda e mel que na minha opinião é uma das coisas que mais fede no planeta Terra… Molho de mostarda e mel. E outros pós em cima que a galera coloca. E não é necessário! Se for um porco de qualidade, uma asinha de qualidade, uma pimentinha preta e um sal, você não precisa de mais nada. É bem isso que você falou.
Dr. Souto: Existem alimentos de segunda linha do que diz respeito ao sabor que precisam ter seu sabor disfarçado. Não é o caso da carne do churrasco.
Rodrigo Polesso: Não, não é mesmo. Então, salzinho vai bem, pessoal. Vai muito bem. Tem um corte muito bom que eu adoro… Claro, é mais famoso fora do Brasil ainda… Mas é o rib eye, que a gente fala. Não sei como que chama no Brasil. Sabe como que chama, Dr. Souto?
Dr. Souto: Pois eu não sei. Eu mandei hoje mais cedo para você por email… Por WhatsApp, um vídeo de um sujeito pegando uma carcaça de boi e fatiando com super habilidade e maestria e mostrando como que ele tirava os vários cortes e tal. Ele fez um rib eye ali e ele chamou de prime rib.
Rodrigo Polesso: Ah, prime rib. Você viu o tamanho do rib eye que ele tirou?
Dr. Souto: Impressionante. E ele usou a expressão em inglês, de modo que eu não sei se no Brasil… Pode ser ignorância minha. Não sei se tem um nome em português para aquilo. Mas é uma delícia.
Rodrigo Polesso: Não sei se é o entrecôte que eles chamam ou se o entrecôte seria o New York strip. Tem os dois cortes.
Dr. Souto: Acho que o entrecôte é outra coisa, até porque o entrecôte não tem osso.
Rodrigo Polesso: Não tem osso. Estou tentando lembrar. Realmente não vem na cabeça agora. Até porque o rib eye tem mais gordura e é um pouco mais macio também. É um corte mais caro, mas fora do Brasil é muito fácil de encontrar ele fechadinho, prontinho, com osso ou sem osso também. Mas o vazio eu concordo com você… Caramba… Fraldinha… É bom demais. Na churrascaria eu sempre pego quando tem. Muito bom. Agora me deixou com fome, caramba. Bom, vamos lá. Vamos comer agora, então. Dr. Souto, obrigado pelo seu tempo. Sigam a gente no Instagram, pessoal, para vocês verem o que a gente come de vez em quando, ver dicas, ver coisas interessantes que podem te ajudar lá. Siga @rodrigopolesso. O Dr. Souto é @jcsouto. E também a ABLC que é @ablc.org.br. Siga a gente lá e a gente segue junto em frente. Um grande abraço para todo mundo. A gente se fala no próximo episódio aqui da Tribo Forte. Até mais.
Dr. Souto: Obrigado. Um abraço. Até a próxima!