Bem vindo(a) hoje a mais um episódio do podcast oficial da Tribo Forte!
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Neste podcast:
- Neste episódio falamos mais sobre Low Carb vs Low Fat, qual a melhor? O que realmente importa?
- Ainda, a obesidade infantil continua a crescer nos EUA. O que pode explicar isso e o que podemos fazer para prevenir que o mesmo aconteça no Brasil?
Escute o episódio com a gente e passe a frente!
Passe adiante!
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Ouça o Episódio De Hoje:
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Referências
Estudo Publicado no Jornal Pediatrics
Casos de Sucesso do Dia
Transcrição do Episódio
Rodrigo Polesso: Olá! Pegue o seu café fresquinho ou o seu chá de camomila, como de costume, porque você está prestes a ouvir o episódio número 104 aqui do podcast oficial da Tribo Forte, a sua dose semanal de saúde, de emagrecimento, alimentação, estilo de vida, vitalidade. E hoje a gente vai debater… na verdade falar sobre dois tópicos, principalmente. Um deles a gente já falou no episódio passado, que foi quase inteiramente dedicado a este tópico (daquele ensaio clínico randomizado, aquele estudo que foi publicado comparando low fat, baixa gordura, com low carb). Tem várias coisas sobre esse estudo, várias nuances que não apareceram na repercussão que ele teve na mídia. Então, a gente quer enfatizar algumas coisas nesse sentido. Porque muitas pessoas acabaram, talvez entendendo errado ou interpretando errado. Então, para não deixar nenhuma dúvida no ar, a gente quer tocar sobre mais alguns aspectos em torno desse estudo. E depois um pouco mais sobre obesidade infantil. Saiu uma notícia nova nos Estados Unidos. Mas o Brasil, como tende a seguir os passos dos Estados Unidos um tempo depois, é bom a gente já ficar alerta sobre isso. Então é uma novidade que meio que deu uma reviravolta lá e acabou repercutindo bastante na mídia. Claro, caso de sucesso também. No final, o que a gente degustou na última refeição. Bom, dr. Souto, como está aí? Tudo bem?
Dr. Souto: Tudo bem, Rodrigo. Boa noite para mim, bom dia para você e bom dia ou boa noite aos ouvintes.
Rodrigo Polesso: É isso aí! Tem gente escutando aqui em todos os lugares do mundo, então todo mundo… cada um no seu fuso-horário, enfim… Então se café é muito tarde para você tomar agora, pegue seu chá de camomila, como eu falei. Escolha a sua bebida de acordo!
Dr. Souto: Sempre lembrando que o Rodrigo está falando do futuro, não é? Ele já está no amanhã!
Rodrigo Polesso: É, pois é! Essa vida no futuro está interessante! É bom que sempre dá uma paz mental para as pessoas que estão no passado.
Dr. Souto: É, sabendo que o mundo não vai acabar tão cedo.
Rodrigo Polesso: Exatamente! Treze horas na frente e em breve vai ser 14 horas de diferença. Que coisa absurda, não é? Como pode tanto tempo assim? Pena que o ano novo não vai acontecer agora, senão eu ia comemorar com 14 horas de antecedência. Que bacana! Bom, pessoal, é isso aí, então! O primeiro tópico aqui é o que eu falei no começo: low carb versus low fat. Essa briga eterna que não existe, na verdade. Não existe briga, não existe competição. Na verdade, existe na cabeça de muita gente, mas não aqui no podcast Tribo Forte, onde a gente prioriza ciência e bom senso. Então vamos lá! Eu gostaria de tocar em mais alguns pontos sobre o ensaio clínico randomizado que testou low carb versus low fat e que a gente comentou no podcast anterior (número 103). Eu quero tocar nisso novamente porque tem alguns pontos fracos que apareceram e esse é mais um exemplo claro de que não podemos acreditar de olhos fechados, nem mesmo em estudos que aparentemente foram bem melhor conduzidos que a maioria. O pessoal de Standford fez muitas coisas positivas ao conduzir esse estudo, como instruir as pessoas sobre qualidade de alimentação, não só a quantidade. Porém as conclusões que podemos tirar do estudo não são as mesmas que a mídia tem repercutido. Tentamos passar isso no episódio passado, quando a gente cobriu mais em detalhes. Então você pode ver lá. Para começar esse episódio aqui, no episódio passado nós vimos que na publicação do estudo em si, no estudo que foi publicado no jornal, o que foi concluído é que em termos de low carb versus low fat é que tanto faz em termos de perda de peso. Apesar disso não ter sido o foco principal do estudo, como a gente vai falar. Ainda no episódio passado eu disse que apesar disso ter vindo à tona, quando eu investiguei a documentação suplementar do estudo foi possível ver uma diferença quase estatisticamente insignificante (não fiz o cálculo para ver, mas basicamente estatisticamente insignificante) na quantidade de peso perdida em favor de low carb, na marca de 3 meses e 6 meses também (que não foi divulgado, só foi divulgado 12 meses). Quando ainda as pessoas estavam consumindo uma quantidade relativamente mais baixa de carboidratos desde o começo. Ainda uma boa diferença no HDL e triglicerídeos foi também notada neste período. No entanto, esses dados não apareceram na publicação geral, não sei porquê. Agora, olha só esses dados novos que vêm aqui. Durante as 8 primeiras semanas (dois meses, não é?). Os dois grupos foram instruídos a seguir uma dieta low carb mais baixa em carboidratos quanto eles achavam possível que conseguissem fazer, e uma dieta low fat mais baixa em gorduras quanto eles achavam possível para eles mesmos, as pessoas. Ou seja, foi justamente dentro dessas 8 semanas que as diferenças nas dietas foram maiores. Ainda que não exatamente as mesmas. Agora pasmem: a gordura corporal por algum motivo, não foi medida no final das primeiras 8 semanas, nesses 2 meses onde as pessoas relataram que realmente estavam seguindo uma dieta mais baixa em carboidrato, mais baixa em gordura. Para piorar, mesmo durante essa primeira intervenção de 8 semanas, as pessoas foram instruídas para entrar tanto em low carb, quanto em low fat no conforto de quando elas quisessem. Isso é detalhe entre linhas, pessoal. Isso resultou que algumas pessoas atingiram o objetivo de fazer o low carb em 3 semanas, e outras só foram atingir de fato a alimentação low carb prescrita na 10ª semana. Na décima semana! Isso é grande. Ainda eles fizeram medições nos pontos 0, 3 meses, 6 meses, 9 meses e 12 meses, mas não fizeram medição de gordura corporal com o DEXA nos 3 meses. Falei: caramba! What a hell? Como é que eles não fizeram o DEXA nos 3 meses que foi o primeiro estágio que eles podiam comparar as maiores diferenças entre os dois grupos. Ainda depois de 8 semanas os participantes foram instruídos a aumentar os carboidratos ou gorduras de 5 a 15 gramas por dia, até que eles atingissem um nível que eles julgassem bom para eles. Isso depois de 8 semanas, eles começaram a aumentar já depois de 8 semanas. Lembrando que o estudo foi de 52 semanas. Agora vou ler um e-mail enviado pelo autor do artigo lá de Standford quando ele foi questionado sobre esses pontos fracos. Ele fala o seguinte: a maioria da pessoas começou a adicionar gordura e carboidrato significantemente depois dessas 12 semanas. Nós nunca pegamos eles no ponto principal, que era do mais baixo… mais baixo ingestão de carboidratos e de gordura também. Falou que isso seria impossível porque eles atingiram esse ponto otimizado low carb em pontos diferentes. Ele fala: alguns atingiram na terceira semana, e outros não atingiram até a décima semana. Então eles não conseguiam estar coletando os dados semanalmente. Ele fala assim: longa resposta para uma pergunta curta, desculpa. Os dados coletados aos 0, 3, 6 e 12 meses foram coletados somente nesses pontos, mas o DEXA que é composição corporal não foi coletado aos 3 meses. Enfim, isso vem do próprio autor do artigo, que pediu desculpas e acabou mostrando esses pontos fracos aqui, que pessoas não atingiram low carb até mesmo 10 semanas, outro em 3 semanas, sem contar aquele aumento que eles instruíam as pessoas a fazer também. E por que não medir as maiores diferenças em detalhes no momento em que elas existiram incisivamente de fato, aos 3 meses, ao final das 8 semanas? Então a gente não sabe o porquê disso, mas é uma coisa nova que acabou vindo à tona, dr. Souto. Não sei se você sabia disso aí, mas acho que são pontos fracos que questionam um pouco essas conclusões tão enfáticas que a mídia colocou por aí.
Dr. Souto: É que, Rodrigo, o pessoal está prestando atenção nas conclusões erradas. Estão latindo para a árvore errada. O que acontece é que assim, o objetivo desse estudo (só para relembrar, pessoal), não era mostrar qual era a dieta melhor, se era low carb ou low fat. Para isso tem uns outros 30 estudos que resolvem essa questão e vocês já sabem qual é a resposta. O low carb… nunca houve nenhum estudo que falou que low fat é superior. Existem dezenas de estudos mostrando que low carb é superior e existem vários (esse é mais um), que mostra empate. Os que mostram empate ou é porque as calorias foram controladas, ou (como nesse caso) porque as dietas são tão parecidas entre si que fica difícil mostrar a diferença. O objetivo desse estudo não era mostrar o que que é a melhor dieta. Relembrando: o objetivo desse estudo era mostrar se testes genéticos permitem saber quem responde melhor a uma dieta low carb ou uma dieta low fat. A resposta é: não. Testes genéticos não parecem predizer isso. E a segunda coisa era se testes de resposta da insulina à um estímulo com glicose poderiam prever quem vai responder melhor a uma dieta ou não, e o estudo também não mostrou diferença. Este era o objetivo desse estudo. Agora, muita gente apareceu comentando lá no blog depois que eu fiz a postagem sobre esse estudo, como se esse estudo tivesse aberto as portas, no sentido assim: finalmente agora sabemos que uma dieta moderada também pode trazer resultado. Então, eu gostaria de ler para vocês uma coisa que eu escrevi e depois eu vou dizer quando eu escrevi. Está lá no blog. Eu escrevi o seguinte: o esquema básico de dieta continua sendo como consta nessa postagem (aí tem um link para uma postagem ainda mais antiga que a que eu vou ler para vocês). “Não há necessidades de complicar com fases, regras detalhadas, etc, aquilo que no fundo é simples. 1: Cortar açúcar. 2: Eliminar grãos, especialmente trigo e soja. 3: Evitar raízes (tubérculos, em especial batatas se você precisa perder muito peso, caso contrário não). 4: Optar por comida de verdade. 5: Não consumir gorduras artificiais (margarina) e evitar as refinadas (óleos extraídos de sementes). 6: Perder o medo da gordura natural dos alimentos.” E aí eu coloco assim: “pessoal, no fundo é só isso. Precisa de um doce? Coma uma fruta. Está difícil perder peso? Elimine um pouco as frutas e as batatas. Cada um é diferente, cada um precisa testar em si aquilo que funciona. E aquilo que lhe torna possível seguir com estilo de vida de forma continuada.” Você acha que eu escrevi isso antes ou depois da publicação desse artigo da semana passada?
Rodrigo Polesso: Eu acho que muito antes!
Dr. Souto: Rodrigo, eu escrevi isso em janeiro de 2014. Então não é novidade, pessoal, que a maioria das pessoas pode aumentar ou diminuir a quantidade de carboidratos da sua dieta de acordo com a sua necessidade pessoal. Não é nenhuma necessidade de que uma dieta low carb moderada, contendo tubérculos, contendo batatas e contendo frutas também pode produzir resultado, desde que (como eu escrevi anos atrás) a gente corte açúcar, corte grãos refinados, evite gorduras trans, gorduras artificiais e coma comida de verdade. Isso não foi uma descoberta desse estudo de Standford da semana passada, pelo amor de Deus! O que esse estudo mostrou e é interessante, é o seguinte, é que até mesmo uma dieta mais pobre em gordura, uma dieta low fat, desde que seja feita dentro dessas circunstâncias muito semelhantes às que eu escrevi em 2014, ou seja, tirando açúcar, tirando comida processada, tirando grãos refinados, tirando margarina, gordura trans… foi exatamente isso que eles fizeram nesse estudo de Standford. Que aí até mesmo uma dieta low fat pode produzir resultados com perda de peso, mesmo sem restrição calórica, e mostrando que testes genéticos não permitem predizer. Agora, claro… o pessoal começa a me perguntar lá no blog: mas tu não prefere low carb? Claro que eu prefiro! Senão não dizia que eu preferia. Tá, mas assim, eu já tentei low fat e foi horrível, eu senti fome. Sim, eu sei, é por isso que eu prefiro low carb. Entende? Eu não abandonei tudo e me tornei um ser que evita as gorduras na dieta. A gente simplesmente comentou com vocês um estudo interessante. Dentro do nosso grupo do Tribo Forte, grupo de whatsapp, nós discutimos um negócio interessante e eu concordo 100%. A maioria, a esmagadora maioria dos pacientes que vêm ao consultório buscar ajuda, eles já testaram low fat. Por quê? Porque isso é o padrão. É isso que todos os nutricionistas prescrevem. É isso que nos últimos 40 anos se prescreveu. Então essas pessoas são uma amostra de pessoas que já testaram low fat, não tiveram bom resultado, não tiveram resultado nenhum e estão buscando algo diferente. Agora, para aquela pessoa que nunca fez dieta nenhuma, por algum motivo… Eu acho que o mais comum não é nem que a pessoa não aceite, não queira comer uma alimentação um pouco mais rica em gordura. São pessoas que definitivamente não querem abrir mão de comer uma quantidade maior de frutas e raízes. Então, bom, nessas pessoas que querem comer uma quantidade maior de frutas e raízes, elas têm e sempre tiveram (e eu já escrevi essa coisa em 2014), elas têm possibilidade sim de comer mais frutas e raízes. Bom, então vamos diminuir, vamos cortar em outro lugar: reduz as gorduras. Alguma coisa a pessoa tem que reduzir. Eu já falei para vocês aqui, mas não custa lembrar, daquele meme que circula na internet que aparece uma pessoa rezando e diz assim: estou fazendo a dieta da fé, como de tudo, mas rezo por um milagre. Se a pessoa quer ter algum resultado, alguma mudança, alguma ela vai ter que fazer. Então, low fat sempre foi uma opção. Se eu considero a melhor opção? Vou responder de novo: existe um grande número de ensaios clínicos randomizados, metade deles mostrou low carb como sendo melhor. Um pouco menos da metade mostrou low fat como sendo igual. Tem um tiquinho deles que mostrou low fat numericamente um pouco melhor, mas sem diferença estatisticamente significativa. Não existe na literatura mundial um ensaio clínico randomizado (até onde eu saiba) em que low fat tenha sido superior a low carb. Portanto, se uma pessoa nunca tentou dieta nenhuma, ela quer testar a partir de amanhã e ela perguntar: o que tem mais chances de funcionar para mim? Estatisticamente o que é mais provável funcionar para mim? A resposta é evidente que low carb é melhor. O que nós estamos dizendo, Rodrigo, desculpa a ênfase e ser repetitivo, mas é que foram tantas perguntas iguais no blog. O que nós estamos dizendo é o seguinte: sim, é possível fazer… E aquilo que eu humoristicamente chamei de low crap… Se eu fizer uma dieta simplesmente pobre em açúcar, pobre em alimentos refinados, pobre em substâncias comestíveis, como o Rodrigo fala. Uma dieta de comida de verdade, mesmo que mais rica em carboidratos (mas aí mais pobre em gorduras), ela é factível. Se eu faria isso daí? De jeito nenhum! Porque eu ficaria com fome. Eu adoro comer da forma que eu como, porque eu me sinto saciado, não sinto fome, os alimentos são extremamente saborosos. Mas tem gosto para tudo, não é, pessoal? Vamos respeitar o cara que quer comer uma batata, uma banana e prefere comer peito de frango. Tem gosto para tudo.
Rodrigo Polesso: Isso que eu digo! Tem mil e uma formas de perder peso. Você pode perder peso comendo o que você quiser, Snicker, chocolate, dieta da aranha. O que for que você quiser você consegue perder peso. A pergunta é: qual é a melhor forma? A melhor forma é…
Dr. Souto: Agora, tem uma coisa importante. Nós estamos falando aqui em peso. Nós não estamos falando em diabetes e não estamos falando em síndrome metabólica. Está claro isso para vocês?
Rodrigo Polesso: Precisa estar, não é?
Dr. Souto: Precisa estar. Pacientes diabéticos respondem melhor à low carb. Por quê? Poxa vida, eles são diabéticos! E diabético tem intolerância à glicose. No momento que a gente diminui a glicose é evidente que o controle glicêmico vai melhorar. E pacientes com síndrome metabólica respondem melhor à low carb. Isso é fato, não há dúvida. Pacientes com gordura no fígado, como nós comentamos também no outro episódio, respondem loucamente melhor à low carb. Hoje eu atendi um médico, possivelmente ele vai nos ouvir aqui no podcast, ele esteve consultando, perdeu 20 quilos e ele tem um exame que mostrava a quantidade de gordura no fígado antes e depois. O grau de fibrose no fígado antes e depois e melhorou de forma espantosa. Ah, mas poderia melhorar também com low fat. É, só tem um detalhe, vários estudos mostram que low carb é melhor e esse mais recente mostra que low carb resolve gordura no fígado mesmo que você force o sujeito a comer bastante para que ele não perca peso. Mesmo assim ainda melhora. Então, existem situações onde é VO, hors concours, não tem discussão. E aí, eu pergunto, estes pacientes deste estudo de Standford, são representativos da população em geral? Eu diria que não. Por quê? Porque eles escolheram só pessoas com sobrepeso que não fossem diabéticas e que não tenham síndrome metabólica. Acontece que as pessoas com sobrepeso que não são nem diabéticas, nem tem síndrome metabólica, são uma minoria.
Rodrigo Polesso: Isso a gente não sabe. Se a gente for perguntar para o Kraft, provavelmente ele diria que essas pessoas eram pré-diabéticas.
Dr. Souto: Exatamente! Mas eu digo: foram selecionados os “gordinhos mais saudáveis”. E gordinhos mais saudáveis, obviamente, tem uma chance menor de mostrar uma discrepância entre as dietas. Além do que, não custa lembrar, Rodrigo já falou, eu vou reforçar, as dietas nesse estudo foram muito parecidas uma com a outra. É difícil eu mostrar a diferença quando nós testamos duas abordagens muito parecidas.
Rodrigo Polesso: Dr. Souto, outra coisa ainda. Os resultados de perda de pesa ao final de um ano ficaram longe de serem expressivos. Seis quilos na média em um ano. Isso prova…
Dr. Souto: E por quê? Porque foram intervenções muito soft. Foi uma low carb com bastante carboidrato, uma low fat com bastante gordura e ambas com pouco açúcar e pouca farinha. Então assim, veja bem, se eu tivesse que escolher um bom estudo para mostrar o que é melhor, low carb ou low fat, não seria esse. Porque esse estudo não foi desenhado para testar essa hipótese. Está bem claro? Ele foi desenhado para testar outra hipótese. E nesse sentido ele foi bem legal, foi muito interessante, eu achei válido. Mas, assim, se o que a gente quer fazer é ver qual a abordagem melhor, vai para a literatura. Tem uns 50, 60 ensaios clínicos randomizados, é fácil de ver qual é melhor. Não tem muita dúvida. O objetivo desse estudo era testar outra coisa.
Rodrigo Polesso: Perfeitamente. A moral da história, pessoal, novamente é o ceticismo inteligente. A gente vê essas manchetes na mídia… Quanto mais enfática a manchete, tipicamente mais chances de estar errada ela tem. Vamos então ficar céticos. Mesmo se você… Nesse caso é um exemplo claro, mesmo lendo a publicação inteira do artigo, que quase ninguém faz (a não ser que você seja um nerd em nutrição, que nem a gente aqui), mas quase ninguém faz, mesmo lendo o artigo completo publicado você não consegue pegar essas nuances todas que acabam enfraquecendo os resultados. Então tem que ir além, contatar o autor do estudo, ou ir no material suplementar. A gente às vezes fica procurando provas para tentar… Que nem você falou, se você não quer abrir mão do teu pão, ou do álcool, você vê um estudo que diz que álcool prolonga a vida, você cai com braços abraçando aquele estudo. Então a gente tende a ser parcial de acordo com as nossas preferências. Então tem que cuidar um pouco desse comportamento previsível que nós, seres humanos, temos também. Para a gente ser mais sóbrio a respeito do que a gente lê e também com o que a gente entende e fala por aí. Bom, tem dois casos de sucesso aqui para a gente ler e comemorar. São dois homens hoje, porque episódio passado foram duas mulheres. Então, funciona para homem e mulher… Olha só… Quem diria. O primeiro aqui é do Hugo. O Hugo perdeu 22,5 quilos. Ele fala: “Graças a vocês – especialmente Rodrigo e Dr. Souto – recuperei minha saúde, forma física e autoestima.” Ele manda a foto de antes e depois também. A diferença é bem clara. Depois, o próximo aqui é o Diego. O Diego perdeu 22 quilos. “A cada dia mais feliz com os resultados.” Que maravilha, pessoal. Muito obrigado por compartilhar isso aí. Isso é uma pequena amostra dos casos de sucesso que a gente recebe. Ou seja, funciona mesmo. E funciona como estilo de vida. Nada como xiitismo aí…
Dr. Souto: Eu uma vez escrevi uma postagem falando sobre a questão da média e que a média oculta as diferenças individuais. Você falou… “O pessoal perdeu seis quilos”. Perdeu seis quilos em média. Teve gente no estudo que perdeu quase trinta. E teve gente no estudo que ganhou peso nas dietas. Obviamente, se você for ver, depende de como cada um executou aquela dieta. Como você disse, teve gente que com dez semanas estava ainda tentando chegar no nível de restrição de carboidrato orientado. Então, acho que é importante as pessoas terem em mente que esses estudos onde se comparam uma média de grupos… Eles servem para responder uma pergunta que coloquei antes lá. Dado o sujeito que está na sua frente… Ele nunca fez dieta nenhuma e ele pergunta, “Qual é a que tem maior chance de funcionar?” Bom, daí você responde com a média. Em média a que funciona melhor é a low carb. Pode ser que ele seja um desses que está fora da média… Que responde melhor com low fat… Ou então – e é o principal… Veja bem, nesses estudos randomizados as pessoas são sorteadas para um determinado grupo. Eu seria uma pessoa muito infeliz se fosse sorteada para o grupo low fat… Porque daí eu seria obrigado a consumir aquele tipo de dieta. Então, se eu fosse sorteado para o grupo low fat, eu provavelmente ia fazer de mal humor, ia fazer mal feito, ia ter um resultado ruim… Porque não era aquilo que escolhi para mim. Então por isso que vocês veem… O sujeito fez o Código Emagrecer de Vez e perdeu 22 quilos. Mas ele não foi sorteado para isso aí. Ele escolheu fazer. Ele chegou à conclusão que era o melhor para ele e ele vai fazer com afinco. Então, por isso, muitas vezes os resultados individuais que a gente pode obter são muito melhores do que esses resultados de média de estudos que tinha muita gente ali que não estava afim de fazer aquele grupo para o qual foi sorteado.
Rodrigo Polesso: Perfeitamente colocado. Inclusive, como a gente viu, teve gente que ganhou peso. Se a gente for ver, não é difícil de se entender. Hoje a gente vai ver low carb… As pessoas cometem aquele erro, que nem gluten-free. Tem gluten-free no rótulo, as pessoas assumem que aquela coisa é saudável imediatamente. Não tem nada a ver com a história. É low carb, assume que é saudável. O que acontece? Tem pessoas que devotam a vida inteira a ficar procurando receita de sobremesa… E tentar viver a mesma vida que ela tinha comendo substâncias comestíveis, doces e etc… Mas agora low carb, tentando achar essa desculpa, esse meio termo aí. E é claro que é muito fato comer demais, mesmo sendo low carb, principalmente se são sobremesas deliciosas e farinhas de amêndoas, farinha de não sei o quê, pães de não sei o quê… É muito fácil exagerar. Por isso que a gente sempre puxa as pessoas de volta para comida de verdade, estilo de vida. Vamos tentar arrumar… Reeducar nosso hábito, nosso paladar… Para não cair nessa tentação. Vejo muita gente caindo nessa, viu, Dr. Souto? Muita gente pode tentar e vem dizer, “Ganhei peso com a low carb.” Não, você não ganhou peso com a low carb. Você ganhou peso com sobremesas, processados low carb que você estava alimentando em excesso. Isso é outra coisa para manter em mente.
Dr. Souto: É. Concordo plenamente.
Rodrigo Polesso: Bom… Mudando de assunto aqui, então. Olha só, novo estudo publicado no jornal Pediatrics mostra que ao contrário do que esperavam nos Estados Unidos a obesidade infantil não está em declínio não, mas sim continua a piorar. Inclusive, é previsto que a maioria das crianças que têm dois anos de idade hoje atingirão obesidade aos 35 anos de idade. Olha só, que coisa. Essa notícia foi publicada recentemente… Dia 22, esse estudo aí. Muita gente acabou repercutindo ela no Twitter. Médicos do mundo inteiro e etc… Chamando atenção para tudo isso, uma vez que a gente tem já uma intervenção comprovada que pode ajudar a prevenir esse tipo de coisa. A gente nunca tocou muito nesse assunto aqui, mas acho que é interessante a gente falar um pouco. Ver quais fatores estão influenciando essa obesidade infantil. Será que é a genética? Será que não é? Quais são os hábitos da família? O que será que está acontecendo aí? Será que a gente pode discutir um pouco sobre isso, Dr. Souto? O que você acha sobre esse assunto?
Dr. Souto: Pois é, Rodrigo. São várias coisas que influenciam. Naturalmente hábitos tendem a ocorrer em famílias e são transmitidos. Os filhos tendem a ter hábitos parecidos com os dos pais. É difícil separar isso da genética. Existe uma tendência genética muito grande, na tendência à obesidade, na tendência à síndrome metabólica, diabete tipo 2. E existiu um estudo muito bem feito publicado na Nature. Foi feito com gêmeos. Esses estudos com gêmeos servem justamente para separar o que é genético e o que é ambiental. Então, o pessoal compara a incidência em gêmeos idênticos que têm o mesmo DNA. Então, aí a diferença é só do ambiente… E gêmeos fraternos. Acho que era um estudo na Noruega, inclusive… Que eles têm o maior banco de dados de gêmeos. Aí gêmeos idênticos que eram postos para adoção e eram adotados por famílias diferentes. Ou seja, o mesmo DNA, mas ambientes diferentes. Resumo da ópera é o seguinte. Até 70% da obesidade, ou do peso vamos dizer assim, é determinado geneticamente. Por outro lado, existe um fenômeno que está se tornando cada vez mais evidente que é muito preocupante, que é a epigenética. O que que é isso? Se a gente tem um ambiente obesogênico do ponto de vista de alimentação e outras coisas… Isso pode modificar… Claro, o ambiente não vai modificar os genes da mãe. Mas ele pode modificar a metilação desses genes. Ou seja, se esses genes vão ficar ativos ou não. E essa metilação pode ser passada adiante pelos óvulos e vir a se manifestar nas gerações seguintes. Isso está bem demonstrado em estudos com animais, onde é mais fácil fazer esse tipo de experimento. São bichos que têm um ciclo de vida mais curto, como roedores… Nos quais se vê que mães… No caso, ratas que são tornadas obesas com dieta… Elas têm filhotes que tem uma tendência maior à obesidade porque eles foram gerados dentro desse contexto que passa adiante. Se isso for verdade… Existem algumas evidências nesse sentido em humanos… Talvez o dano que tenha sido feito durante essas últimas décadas vá levar algumas gerações para se desfazer – mesmo que os hábitos mudem. Mesmo que as políticas desastrosas que recomendavam simplesmente cortar toda gordura da dieta, mas davam passe-livre para açúcar e carboidrato refinado… Mesmo que essas políticas desapareçam talvez a gente viva com as consequências dela por um tempo maior que a gente imagina.
Rodrigo Polesso: Acho que a palavra-chave que você falou é tendência ao ganho de peso. Essa que é a palavra-chave. Para não entender como um destino fadado que você não tem o que fazer para prevenir.
Dr. Souto: É importante salientar isso aí. O que eu vejo é assim… Aquela pessoa que tem tendência a ganhar peso talvez nunca vá ser magérrima, nunca vai ser super magra. Agora, ela tem uma faixa de variação possível – um range – uma faixa. Digamos que ela tem… Um homem de 1,75. Ele tem uma possibilidade genética de variar desde 70 quilos até 90 quilos. Bom, os hábitos dele é que vão determinar em que local dessa faixa ele vai ficar. Talvez ele nunca vá ter 60 quilos. Porque tem alguns homens de 1,70 que têm 60 quilos. Eles têm uma genética, ao contrário… Uma genética para ser muito magros – e o drama ali é o contrário, tentar ganhar peso e não conseguir. Então, existe uma influência importante da genética, mas não é uma influência que determina assim… Você terá 90 quilos não importa o que você faça. Não. Ela estabelece uma faixa de variação possível. Dentro dessa faixa os hábitos que vão determinar.
Rodrigo Polesso: É, porque como você falou… A epigenética se aplica muito à mãe… Ao estilo de vida. O estilo de vida da mãe vai influenciar nos filhos. Só que a epigenética se aplica também diariamente nos filhos. Então, dependendo dos hábitos desses filhos, você pode ativar ou não esses genes de ganho de peso que você já tem tendência. Só que de forma mais acelerada que outras pessoas talvez possam ter. Essa que é a questão da tendência. Ter uma tendência não significa concretizar essa tendência. Ter o estilo de vida que vai definir se isso acontece ou não. É importante as pessoas entenderem isso porque muitos podem achar, “Eu tenho genética para ganho de peso, então eu vou largar mesmo porque mim ficar acima do peso é o jeito que é.” E não é isso que a gente está falando, Dr. Souto. A gente está falando em ficar no melhor peso que é possível para você. Mais importante que o peso… O peso é um detalhe… É a sua saúde. E todo mundo, com certeza absoluta é possível de ficar saudável.
Dr. Souto: Com certeza. Eu não estava preparado para falar desse assunto. Eu não tenho o artigo na ponta da língua, mas eu me lembro de ter visto alguma coisa de que essas modificações epigenéticas podem pular até duas gerações, se não me engano. Então, quer dizer… Nesse sentido eu estava comentando que talvez o que a gente faça esteja influenciando, inclusive, nossos netos – positivo ou negativamente. É interessante a gente pensar nisso. Vai um pouco além da responsabilidade puramente individual.
Rodrigo Polesso: Com certeza. Concordo. A gente não está falando para criança aqui. Pelo menos não a maioria das pessoas. A gente está falando para adultos. Uma coisa que a gente vê normalmente na rua, se a gente for analisar… Normalmente crianças, quando estão obesas… Hoje em dia é muito fácil ver crianças obesas, o que é muito triste. A gente olha para os pais e vê que isso também se estende aos pais. Então, a responsabilidade principal acaba caindo nos pais… Nos hábitos de família. Essas crianças tendem a seguir isso pelo resto da vida. Uma criança obesa vai ter provavelmente mais dificuldade de voltar ao peso normal depois de ter desenvolvido essa obesidade também. A importância é suprema… É crucial… Dos hábitos dos pais influenciando essas crianças. A gente não vê, normalmente, crianças obesas com pais magros. Não é comum, pelo menos.
Dr. Souto: Crianças… É uma dessas situações onde low crap… A dieta de baixa porcaria funciona maravilhosamente. A esmagadora maioria das crianças não tem necessidade de fazer low carb. Elas simplesmente reduzindo açúcar… Reduzindo farináceos… Focando mais comida de verdade… Aprendendo a comer frutas de sobremesa… São aquelas situações onde, uma sobremesa mesmo tendo um pouco mais de carboidrato… Mas aquela sobremesa em vez de ter sido adoçado com açúcar adicionado foi adoçada com banana… Não é low carb. Mas é o tipo da coisa que se você pegar uma criança que está comendo biscoito recheado, porcaria e refri… E trocar por alimentos com carboidratos, mas carboidratos não refinados, de baixo índice glicêmico, resolve e tem resultados espetaculares.
Rodrigo Polesso: Não sei você, Dr. Souto, mas eu penso na minha infância. Se eu consegui sobreviver sem ficar do tamanho de um rinoceronte, mesmo comendo o que eu estava comendo quando eu era criança… Muita gente hoje em dia fala que a genética é pior. Mas imagina reduzindo-se em 50%, 60%, 70% a quantidade de substâncias comestíveis do que a gente comia quando era criança. A criança tem uma resiliência muito grande…
Dr. Souto: Resiliência muito grande. Meu pâncreas merecia uma medalha.
Rodrigo Polesso: Exatamente. Você falou da questão do carboidrato. Isso é uma coisa que a gente tem que focar bastante. A gente não veste a camisa “sou low carb e dane-se o resto”. Xiita, fazer protesto na rua contra a batata. A gente não faz esse tipo de coisa. A gente fala da comida de verdade. Isso é muito importante para as crianças. a gente vê os Okinawas. Uma geração de centenários que nasceram comendo batata e morreram comendo batata. São em forma e centenários.
Dr. Souto: Eu estava pensando mais cedo hoje em fazer uma analogia para ver se eu coloco para as pessoas. Por que a gente é tão enfático em defender low carb? Não é porque low carb seja a única solução. É assim. Vou fazer uma pergunta. Rodrigo, você já pensou por que tem o Dia Internacional da Mulher e não tem o Dia Internacional do Homem?
Rodrigo Polesso: Eu não vou responder para não ofender…
Dr. Souto: Resposta corretinha… Claro, não precisa ter o Dia Internacional do Homem, porque a dominação historicamente foi no sentido oposto. Historicamente as mulheres que tiveram que lutar pelos seus direitos. As mulheres que não podiam votar. As mulheres que não podiam ganhar o mesmo salário e até hoje muitas vezes não ganham. Então, faz sentido que uma coisa oprimida tenha o seu dia para lembrar. Então, low carb é uma dieta oprimida. Ela precisa ser defendida. Ela tem que ter o Dia Internacional do Low Carb. Ela tem que ter nós, como seus advogados propagandistas. Low fat não precisa. Low fat já é o status quo. Pode até ser usado. Nós já falamos. Feito bem feitinho, sem açúcar, sem porcaria… Mas ninguém precisa estar defendendo algo que o status quão já acha que é bom. Então, é neste sentido. Há uma ênfase desigual nossa no sentido que… De pegar uma coisa oprimida, que é low carb… E é oprimida sem motivo, porque o nível de evidência a favor dela é muito maior do que de boa parte das alternativas com as quais ela compete. No entanto, ela está sendo oprimida como se fosse, enfim… Uma coisa inferior. Então, sim, ela precisa da nossa defesa, mas do que as outras. Por que a gente não passa falando aqui de dieta mediterrânea? Porque não preciso fazer força para convencer ninguém a fazer dieta mediterrânea. Eu não preciso convencer o cardiologista de ninguém de que o fulano está afim de fazer uma dieta mediterrânea. O cardiologista não vai dizer que ele é um imbecil. O cardiologista não vai mais dizer que não vai mais atender ele porque ele vai fazer uma dieta mediterrânea. Mas se dizer que vai fazer low carb, o cardiologista periga dizer, “Não te atendo mais se você continuar com esse tipo de coisa.” É por isso que a gente defende bastante. Acho que você concorda, Rodrigo. É a injustiça.
Rodrigo Polesso: Concordo. Exatamente. Não precisa defender o que todo mundo defende automaticamente. É injustiça, exatamente. Não é uma coisa… Se fosse uma coisa exótica e diferente, mas não é nada mais do que uma coisa natural. Uma alimentação natural que sempre existiu.
Dr. Souto: Nós no fundo somos os defensores das dietas fracas e oprimidas.
Rodrigo Polesso: Podia juntar um grupo desse e fazer protesto na rua também. Maravilha. Dr. Souto, o que você vai degustar agora de janta ou degustou de almoço?
Dr. Souto: Agora já passou da hora da janta, já não estou com fome. São quase nove horas. Vou tomar um banho e vou dormir. Esse negócio de jantar é para os fracos. Almoço eu comi um bife, que era o que deu tempo. Hoje foi um dia corrido. Eu achei que não ia dar tempo de almoçar. Hoje quase aconteceu um jejum de 36 horas. Eu jantei ontem de noite. Hoje de manhã eu tomei café. Chegou na hora do almoço, eu achei que não ia dar tempo. Cheguei a avisar, “Não vou passar em casa.” Mas no fim consegui passar em casa e comer um bife. Eu realmente não estou com fome. Estou em casa agora, eu poderia comer. Eu cheguei em casa, estava com um pouco de fome. Mas passou. Passou da hora. É muito interessante… Parece que a gente… Na realidade é hábito. É que nem a história dos cães do Pavlov. Ele tocava o sininho na hora de comer e depois ele tocava o sininho e, mesmo sem comer, eles começavam a salivar, porque eles associavam com o sininho. A gente associa com determinados horários. Você chega ali no horário… Para mim é em torno de 20 horas. Aquela é a hora que eu começo a salivar. Agora passou, já são quase nove. Não estou mais com fome.
Rodrigo Polesso: Acho que todo mundo já passou por isso. Você está com fome, fome… E aí não tem como comer, ou demora a comida e você passa aquela fome. Aquela fome passa. Aí você não está nem com fome, mas come por força de hábito.
Dr. Souto: É coisa que varia. Tem dias que eu estou muito afim de comer três refeições, café, almoço e janta. Tem outros dias que… Enfim, hoje foi um dia corrido. Eu tinha outras preocupações para cuidar no hospital. A cabeça não estava nisso. É uma coisa que eu acho difícil de quem… Aí vou falar de novo… De quem não faz low carb… Entender isso. O pessoal que faz low carb, que está nos ouvindo, sabe da diminuição de apetite que costuma ocorrer.
Rodrigo Polesso: Sim, com certeza. Eu também sei da diminuição que não existe quando você faz low fat. Você fica com fome a ponto de ficar nervoso. Você fica uma pessoa que… Perde muitos amigos quando você faz dieta de restrição calórica.
Dr. Souto: A pessoa está mastigando pensando na próxima barrinha.
Rodrigo Polesso: Com certeza. É uma vida que ninguém merece. Por isso que a gente defende o estilo de vida. Maravilha. Para mim é de manhã agora. Eu todo café da manhã, literalmente, todo dia. Café preto. De janta eu fiz ovos mexidos com bacon e pouco de blue cheese por cima. Ninguém merece. Enfim, basicamente foi isso, pessoal, por hoje. Você vai nos ver novamente ou nos ouvir novamente semana que vem como sempre. Se você quer ser um membro da Tribo Forte, apoiar nosso trabalho, ter acesso a um mar de informação lá dentro, receitas sensacionais… É só você entrar em TriboForte.com.br. Veja a página apresentando lá e todos os benefícios que você pode ter ao fazer parte dessa tribo… Desse grupo que defende estilo de vida e comida de verdade. Obrigado por sua audiência. Dr. Souto também obrigado. boa noite para você. Bom descanso. A gente se fala no próximo episódio.
Dr. Souto: Boa noite. Até a próxima.