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Neste Episódio:

  • Sim, existe corrupção médica;
  • Bastidores;
  • Novas informações sobre COVID;

Escute e passe adiante!!

Saúde é importante!

OBS: O podcast está disponível no iTunes, no Spotify e também no emagrecerdevez.com e triboforte.com.br

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Ouça o Episódio De Hoje:

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Abaixo eu coloco alguns dos resultados enviados pra mim por pessoas que estão seguindo as fases do Código Emagrecer De Vez, o novo programa de emagrecimento de 3 fases que é o mais poderoso da atualidade para se emagrecer de vez e montar um estilo de vida alimentar sensacional para a vida inteira.

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Caso de Sucesso do Dia

Referências

Artigo no New York Times Sobre Escândalo de Corrupção de Laboratório

Multa Milionária

Artigo no The Lancet

Transcrição do Episódio

Transcrição estará disponível em breve.

Rodrigo Polesso: Olá pessoal! Bem-vindos ao episódio número 226 do podcast da Tribo Forte, a sua dose semanal de ciência na saúde, nutrição, emagrecimento e estilo de vida saudável. Hoje a gente vai falar sobre corrupção médica. Existe? Como existe! Você vai ver um exemplo muito recente disso, para você entender um pouco mais o que acontece nos bastidores, vamos falar um pouco também sobre Covid e a questão de fragilidade… Quem está com maior risco para isso?! Mais informação vai saindo sobre isso, temos tudo bem novo publicado agora bastante interessante, eu quero colocar vocês a par, nós vamos discutir isso aí, eu acho que vai ser bacana você ficar informado como sempre aqui acompanhando o podcast da Tribo Forte. Dr Souto, tudo bem por aí? Como é que tá?

Dr. Souto: Tudo bem! Tudo bom Rodrigo? Aliás, eu ia dizer bom dia, mas para mim é boa tarde… Boa tarde aos ouvintes!

Rodrigo Polesso: Isso, pessoal espero que todo mundo esteja segurando as pontas aí nessa montanha-russa maluca que é este ano de 2020. Se a gente soubesse que esse ano tão bonito né, 20-20 fosse uma coisa a ser lembrada pelo resto da vida… Mas vamos em frente, vamos em frente, vamos mantendo a sanidade aí e a positividade na medida do possível. Começando, infelizmente, a falar sobre corrupção, que não é uma coisa que ajuda o pessoal a se manter positivo, mas enfim, quando a gente entende como o mundo funciona a gente acaba evitando o que não precisa e se aproximando de coisas que podem nos ajudar ao invés, né. A corrupção no sistema médico por interesses financeiros não é novidade, mas a maioria das pessoas não tem muita noção do que acontece nos bastidores da medicina e da farmacologia né… Um novo artigo no New York Times fala mais sobre um novo caso agora, novo escândalo de corrupção do grande laboratório suíço, Novartis, gigante né, que foi condenado a pagar uma enorme multa por pagar propina há médicos durante muitos anos para prescreverem os seus medicamentos. Pois é, aí eu separei alguns trechos aqui para contar para vocês sobre esse artigo, que a referência vai estar no artigo do podcast, no emagrecerdevez.com, com a transcrição também para quem prefere ler, mas alguns trechos eles falam o seguinte, eles falam que: honorários, mais de $100000, foram pagos pela Novartis a vários médicos que escreveram milhares de prescrições dos Remédios da Novartis para doença cardiovascular e também para diabetes. Eles disseram que a Novartis gastou centenas de milhões de dólares em programas de palestras, que eles dizem, em taxas de palestras e refeições exorbitantes e também álcool, que era muito mais do que simplesmente propina, para fazer com que esses médicos prescrevessem as drogas, né. Eles dizem que depois de admitir, a Novartis admitiu isso tudo, admitiu que usou esse programa de “propina” digamos assim, por quase uma década para influenciar médicos a prescreverem certos medicamentos. A Novartis como resultado vai pagar nada menos que 678 milhões de dólares, é o que ela foi julgada a pagar, por um acordo, foi julgada a nível federal em Nova York e que foi anunciada nessa ultima quarta feira. Mas claro essas empresas tem o bolso muito fundo né, então, eu acho que vai doer, mas não sei quanto essa multa, vai doer muito mais na pessoas que receberam medicamentos sem precisar, mas enfim, continuando… Eles falam que… Mesma coisa, pagaram em dinheiro, refeições, álcool, hotéis, viagens e entretenimento também como parte desses falsos programas de palestras que rodaram no mundo aí desde 2002 até 2011, olha o tempo né. Aí dizem aqui que nesses programas de palestras muitos médicos não precisavam nem dar palestras, nem preparar a apresentação, segundo eles estão dizendo aqui, e mesmo assim eles recebiam honorários gigantescos, e tem gente que diz que nesses programas, nessas convenções nem se falava muito em medicina. Olha só, diz que um médico que escreveu mais de 8000 prescrições de umas drogas da Novartis recebeu 320mil dólares em honorários e tem outro também que prescreveu 9000 prescrições e recebeu 220 mil dólares e um terceiro que prescreveu 3600 prescrições e ganhou mais de 200 mil dólares, isso não é novidade, a Novartis não é a única empresa, não é o único laboratório que já passou por isso, isso é uma verdade, eu acho que acontece o tempo inteiro e ninguém mais pode falar disso do que você Dr. Souto, por você ser da área médica, talvez você tenha uma impressão melhor de como isso acontece, se é uma coisa que você já viu acontecer, ou tem impressão que acontece no Brasil, ou fora, porque eu já vi vários reportes que essa corrupção meio que intermeia, meio que a nível Global, essa questão das prescrições de Laboratórios médicos, né…

Dr. Souto: Pois é Rodrigo! Assim, em outras áreas da vida normal o tipo de conflito de interesses que se vê na medicina seria inaceitável e seria basicamente, dito pelo nome que tem mesmo, que é corrupção. Então, isso que tá acontecendo com a Novartis, a Novartis é a mais recente no escândalo, mas antes da Novartis um escândalo que rolou faz um ou dois anos atrás, foi o da farmacêutica insys, que tava envolvido naquele grande escândalo dos opióides, nos Estados Unidos houve uma grande crise de quantidade sem precedentes de pessoas viciadas, não nos opióides de rua como a heroína e tal, mas em opióides produzidos pela Indústria Farmacêutica, e se descobriu que essa indústria sabia que isso tava acontecendo e tava fazendo esses pagamentos por fora para médicos que prescrevessem mais do seu produto para pessoas que tinham dores menores e, uma vez que você começa a prescrever uma opioide a pessoa fica viciada, daí ela passa precisar cada vez mais. Então, ali havia um nível de sacanagem ainda maior porque era basicamente a indústria atuando como um “traficante de drogas da esquina”. Então, deem uma olhada depois: insys. Vocês vão encontrar reportagens em português também, foi um grande escândalo, para quem quiser ver um filme mais antigo, que foi feito e falava justamente dessa época aí do início dos anos 2000 e também dos anos 90, tem um filme que chama-se “O Amor e Outras Drogas” em português, é com o Jake Gyllenhaal, ele fazia o papel de um representante da pfizer na época que o Viagra entrou no mercado e todo tipo de festas e eventos e esse tipo de coisa tá muito bem demonstrado naquele filme. Depois desses escândalos todos que houveram nos anos 90 e anos 2000 alguma coisa melhorou em termos da legislação, primeiramente nos Estados Unidos, o FDA arrochou muito essa legislaçao e no Brasil também, então hoje a Anvisa e o FDA  já não permitem determinadas coisas, porque antes, realmente assim, eu vou contar para vocês um episódio que aconteceu no início dos anos 2000: teve uma Indústria Farmacêutica que pagou para vários médicos (eu era 1 deles) para ir até o resort na Bahia com tudo pago, alegadamente para fazer uma atualização científica numa medicação que se usa em câncer de próstata, foi uma palestra que deve ter durado uns 45 minutos, e o resto era o quê? Era para aproveitar o Resort, a comida grátis, a piscina, etc… Então ,esse tipo de coisa obviamente não deveria ser permitida né, ao mesmo tempo que eu tô aqui confessando que fui convidado para um negócio desses, mas também digo para vocês que faz alguns anos que eu nem recebo mais representantes de laboratório no meu consultório, eu proibi, a medida que eu fui me dando conta que assim, que por mais que a gente não perceba até mesmo aquela canetinha do laboratório que você recebe de presente é um pequeno ato de corrupção, aquilo não estaria sendo dado se aquilo não tivesse algum efeito, nem que seja aquele efeito da reciprocidade, que é muito bem estudado no marketing, que o grande exemplo que eles dão é por exemplo o Hare Krishna que entrega para você um livrinho na rua, aí você diz: “não, não quero, obrigado!”, ele insiste: “não, por favor, é presente”, aí quando você aceita ele diz assim: “nós estamos aceitando doações para o nosso templo” e aí ele sabe que algumas pessoas vão pegar o livro e levar, mas que as pessoas que receberam um presente, elas sentem uma necessidade de reciprocidade, e isso aparece até mesmo no mundo animal, se vê que os primatas… vamos dizer “eu tiro o piolho da sua cabeça e você tira o piolho da minha”… Então, tá ali o representante dando uma canetinha e ele sabe que tem uma chance maior de você prescrever e quando essa canetinha começa a virar 100mil /500mil dólares por ano… Então, no resto da sociedade civil esse tipo de coisa não é aceita né, você vê, por exemplo, que o Juiz de Direito ele não pode ser advogado, porque ele não pode receber por exemplo dinheiro de uma das partes da acusação ou da defesa, seria um absurdo, porque ele tem que ser Imparcial para julgar. Nós temos aí a situação que “tá proibido determinados tipos de doações eleitorais, por causa da influência que isso pode ter na decisão do legislador depois que ele for eleito” ou então: porque que o médico pode receber 100mil dólares?!

Rodrigo Polesso: Exato, exatamente!

Dr. Souto: E então existe nos Estados Unidos um sistema agora em que as doações (qualquer se não me engano acima de $10) tem que ser declarada e aparece um banco de dados nacional que pode ser acessado por qualquer pessoa, e aí que começa esse tipo de coisa que você estava falando Rodrigo… Nem sempre a coisa é em dinheiro, é escrachada, às vezes é assim você vai ser convidado para um evento de atualização científica, praticamente mal acontece a tal atualização científica, e a atualização científica é num restaurante maravilhoso, com o melhor vinho liberado, então existem muitas formas de você subornar o profissional a prescrever a sua droga. Isso tudo, pensando hoje, maduramente assim, isso tudo deveria ser ilegal!

Rodrigo Polesso: Com certeza! Esse pessoal tira proveito de alguns gatilhos psicológicos que a gente tem, como você falou reciprocidade é um dos mais difíceis de a gente quebrar, e um exemplo bom disso que todo brasileiro conhece é quando você para na sinaleira o cara começa a vir limpar seu para-brisa, aí o cara vem limpa para-brisa, passa o sabão limpa tudo e você sente aquela força interior para querer dar uma moedinha para elem só que você faz o quê? Você tá reforçando o comportamento. Então, todo mundo que não deu a moedinha sabe como que é, você sente aquela vontade que pagar pelo favor que foi dado, e esse pessoal da farmacêutica, esse pessoal do Hare Krishna, esse pessoal que tá fazendo isso na rua, sabem que é difícil você não dar a moedinha, muita gente pode ficar nervosa, mas ela dá uma moedinha “Ah, vai se catar, tá aqui R$ 5,00”… Você acaba sucumbindo a esse gatilho emocional que nós temos, então tem gente que usa de má fé.

Dr. Souto: E Rodrigo, infelizmente você começou na abertura aí comentando né: “vamos ver se essa multa deste tamanho vai pesar bastante no bolso” Rodrigo, ela vai pesar, mas eu garanto que a corrupção da Indústria Farmacêutica vale a pena e já considera a multa como custo operacional…

Rodrigo Polesso: é efeito colateral, exatamente!

 Dr. Souto: e quem quiser ver isso demonstrado em números, existe um livro, esse livro tá já tá fora de impressão, mas vocês encontram em sebos, então por exemplo tem o Estante virtual que é aquele site que reúne sebos para livros usados no Brasil todo, chama-se “A verdade sobre os laboratórios farmacêuticos”, a autora é a Márcia Angell. Eu acho que eu já citei esse livro em algum episódio antigo do podcast, ele é um livro de 2007, mas ele tá super atual nesse assunto porque essas barbaridades da Indústria Farmacêutica continuam acontecendo , talvez tenham até aumentado em alguns casos e lá ela faz contas, ela faz números, ela demonstra como é o caso onde o crime compensa né. E a Márcia Angell é interessante porque ela não é uma maluca de teoria de conspiração, a Márcia Angell por 20 ou 18 anos foi a editora chefe do New England Journal of Medicine, então assim, ela foi se desgostando com a corrupção da Indústria nos artigos científicos, nos ensaios clínicos randomizados, e ela acabou saindo dessa posição de Editora chefe e escreveu esse livro, que todo mundo deveria ler, mas especialmente todo médico deveria ler. Ele, repito, não é um livro de teoria de conspiração, ela não é uma maluca, ela foi editora-chefe do periódico científico, do periódico médico simplesmente mais importante do mundo por quase duas décadas.

Rodrigo Polesso: Pois é, e outra: não ataque o mensageiro, ataque a mensagem! Com certeza tem que avaliar o conteúdo e ver se tem fundamento ou não em qualquer coisa. Bom, pessoal essa foi então a parte da corrupção na medicina, isso acontece sim e tem outras coisas que a gente podia falar sobre esse assunto, mas vamos deixar para próximos podcasts. Infelizmente, a indústria farmacêutica, a indústria da Medicina, a indústria dos hospitais, é o que é, é uma indústria, e assim como qualquer indústria, qualquer negócio tem que ter um número de vendas, no caso prescrições, número de procedimentos, etc, como qualquer negócio. E às vezes a ética acaba recebendo golpes que não deveriam receber. Enfim, novo estudo aqui recém publicado no The Lancet sobre o fator que tá parecendo ser o mais preditor de mortes por covid-19. E esse foi um estudo bacana, eles pegaram informações de pacientes de 10 hospitais no Reino Unido e um hospital na Itália, então no total foram 1564 pacientes com registros hospitalares completos que foram analisados, então eles fizeram o seguinte: eles categorizaram essas pessoas no que eles chamam de “níveis de fragilidade”. Então, tem um guia no apêndice do estudo onde eles mostram o  que exatamente significa isso, então digamos que é uma nota de 1 a 9, os níveis 1 a 2 são considerados para as pessoas fit, pessoas que não têm doença existente nehuuma e são pessoas ativas, esse é o nível 1 e 2. Depois, tem um nível 3 e 4, o nível 3, por exemplo são pessoas com doenças controladas e que não fazem atividade física a não ser andar de um lado para o outro durante o dia, e o nível 4 são pessoas com sintomas que dificultam um pouco a atividade, a mobilidade. O nível 5 e 6 são pessoas com sinais de mais fragilidade, mas ainda com uma independência, então, nível 5 então são pessoas que têm dificuldade para andar na rua fazer compras etc, mas conseguem fazer ainda por si só, depois tenho nível 6 que são pessoas que precisam de ajuda para todas as atividades fora de casa e ajuda dentro de casa também. Nível 7 a 9 nivel de fragilidade severa ou muito Severo, nível 7 para vocês terem ideia são pessoas que precisam de ajuda constante, nível 8 são pessoas de cama, nível 9 são pessoas com expectativa de vida menor de 6 meses. Então essa é uma escala bacana para categorizar as pessoas no nível de fragilidade que eles falaram. Então, desfizeram o seguinte: pegaram essas pessoas, todos esses pacientes que foram admitidos no hospital 1564 e separaram em termos dessas categorias de fragilidade, bom, comparando o aumento de risco de morte por covid-19 e comparando com o primeiro nível e o segundo nível, que são pessoas Fit, então o nível 1 e 2 usando como base esse, as pessoas que tem um nível 3 e 4 tinham 22% de risco aumentado de morte por covid-19, as pessoas de um nível 5 e 6 tinham 62% de aumento no risco de morte e as pessoas com o nível 7 a 9 212% de aumento no risco de morte por covid-19. As conclusões do estudo foi o seguinte: em uma grande população de pacientes admitidos no hospital com covid-19, os desfechos, a forma de predizer o desfecho foi melhor feita com esse nível de fragilidade do que com, em termos de idade ou comorbidades, que é uma coisa que a mídia tem falado muito né, que idade e comorbidade são coisas que predizem bastante, mas aparentemente segundo esse estudo, esse nível de fragilidade foi uma maneira mais precisa de predizer os riscos de morte por covid-19. Eles dizem: nossos resultados suportam a utilização dessa categorização para informar decisões sobre adultos pacientes admitidos no hospital com covid-19. Então, vejam pessoal: nível 1 e 2 eles usaram como base, o nível 3 e 4 que tem 22% de aumento de risco são pessoas com sintomas que dificultam a atividade, então são pessoas que já estão um pouquinho assim com dificuldade, aí nível 5 e 6 são pessoas que têm dificuldade para andar na rua fazer compras, mas ainda consegue fazer só que tem 62% de aumento e pessoas do nível 7 para cima que são pessoas que precisam de ajuda de vez em quando, pessoas que geralmente são mais de idade ou não, mas independente da idade 212% aí de aumento. Então, Doutor Souto a gente vem falando muito sobre essa questão de covid-19 em particular, assim claro, como outras doenças, mas covid-19 que tá na cabeça de todo mundo agora, isso tende a impactar exponencialmente mais as pessoas que já estão debilitadas em algum nível ou que tem algum bom nível de debilitação e esse é mais um estudo baseado em fatos, 1500 pacientes que foram admitidos de fato, categorizados de fato, e mostram em um aumento considerável de risco de morte quando você tem esse problema, quando você é uma pessoa que já está mais frágil, eu acho que você tem uma informação para adicionar aqui também que vai se encaixar bem nesse aspecto todo, nesse contexto inteiro né…

Dr. Souto: Exatamente lembra que há alguns episódios atrás a gente tinha conversado, eu me lembro de eu dizer assim: Rodrigo eu acho inclusive que a idade talvez não seja um fator tão significativo, mas que ela é o quê? Uma variável que anda junto com as comorbidades muitas vezes, então quando você pega um indivíduo de 70 anos ele tem uma chance maior de ser diabético, ele tem uma chance maior de ser obeso, ele tem uma chance maior de ter doenças cardíacas pela idade, mas eu me questionava até que ponto a idade em si, a idade isoladamente é um fator de risco e eu me questiono cada vez mais quando eu ouço dados que nem esse aí que você colocou, e aí eu vi um outro dado muito interessante que foi publicado pelo CDC, o Centro Para Controle de Doenças dos Estados Unidos, e aí o CDC colocou o seguinte: que as hospitalizações eram seis vezes maiores e as mortes eram 12 vezes maiores para os pacientes com covid-19 que tivessem condições tais como doenças cardiovasculares, diabetes e doença pulmonar, e daí o Dr Dariush Mozaffarian, que é uma epidemiologista, ele fala umas coisas interessantes, eu só não sei porque que ele não gosta muito de carne vermelha…

 Rodrigo Polesso: É, exato…

Dr. Souto: Mas ele fez uns cálculos a partir desses dados publicados nesse relatório e olha que interessante: uma pessoa de 35 anos de idade, mas que tenha diabetes ou hipertensão ou doença cardiovascular ou obesidade, tem um risco similar de hospitalização do que uma pessoa de 75 anos de idade que não tenho nenhuma dessas coisas.

Rodrigo Polesso: Isso é importante hein!

Dr. Souto: Nitidamente não é a idade que é o principal fator de risco, é que a maioria das pessoas que tem essas coisas que eu falei, a chance maior é de isso acontecer aos 75 do que os 35, Mas a gente pode forçar a situação para conseguir ter tudo isso aos 35, começa pela boca. E aí ele fez outra conta que é o seguinte: o risco de morte por covid de uma pessoa de 35 anos, repito, com diabetes ou hipertensão ou Doença cardiovascular ou obesidade é equivalente ao risco de morte por covid de uma pessoa de 65 anos que não tenha nenhuma dessas coisas. Então, ele conclui: isso significa um aumento de 30 a 40 anos da sua idade biológica no que diz respeito ao risco com covid. Então, é um negócio para gente parar e pensar. Eu olhei esses números e fiquei chocado, li de novo, mas é isso aí, quer dizer: você consegue por coisas que estão basicamente relacionadas a hábitos transformar o risco de uma pessoa de 35 anos ao equivalente a uma pessoa de 75 anos para hospitalização e uma pessoa de 35 anos equivalente a uma pessoa de 65 anos para risco de morte por covid, só por hábitos.

Rodrigo Polesso:  Incrível né! A gente vem falando isso desde o começo, que o sistema imunológico nada mais é do que o reflexo de uma saúde em ordem e tem mais agora né, mais informação corroborando justamente isso, a importância de você tentar ser mais saudável que você pode, mais ativo, ter um maior bem-estar, a maior saúde que você pode ter, e esse investimento parece ser uma ótima tacada no caso de covid-19 também, tá muito claro isso, e não só isso né, como em relação aos maiores matadores, maiores causas de morte do mundo que é o câncer, que é derrames, problemas cardiovasculares, esses matam muito mais do que influenza, muito mais do que covid e etc. E a boa é essa né: você faz um e leva quantos? Leva muito né. “Paga 1 e leva 10”, é isso você faz a sua alimentação correta, você melhora sua Boa Forma, você diminui sua pressão sanguínea, diminui a chance de infarto e derrame, de tudo, de covid-19, tudo que você precisa saber fazer é uma coisa só: que é ajustar os seus hábitos alimentares, hábitos de estilos de vida, para ser uma pessoa mais saudável e é isso que a gente ajuda você a fazer há 226 episódios. Então realmente, esse continua sendo melhor investimento, além de qualquer droga, qualquer vacina que possa surgir, pelo menos até agora, investimento na sua saúde, em fortalecer o seu sistema imunológico a sua mentalidade e tudo que você precisa fazer é ajustar o que você come e os seus hábitos alimentares, hábitos de estilo de vida, no geral parece um bom investimento né Doutor Souto?!

Dr. Souto: Ô se parece! Por que pensa, olha só: as pessoas estão fazendo mudanças extremamente significativas e drásticas no seu estilo de vida por causa dessa pandemia, incluindo comércio que fecha, o uso de máscaras, todo uma mudança de estilo de vida, Home Office, as crianças estão sem escola, nós estamos falando de uma chance de uma recessão no Brasil que pode chegar a 9 a 10%, algo sem precedente histórico, e tudo isso por medo de uma doença. Mas será que as pessoas se dão conta que a coisa maior que elas podem fazer para diminuir o risco de ter complicações dessa doença não é nenhum remédio mágico, esses remédios que o pessoal tá falando aí a maioria não tem nenhuma base científica de que funciona, o remdesivir que os Estados Unidos comprou agora todo o estoque Mundial, é uma coisa que cujo efeito é diminuir em alguns dias o período de hospitalização, quer dizer não negócio que tenha grande impacto em mortalidade e nós temos a possibilidade de diminuir absurdamente o risco de complicação e morte simplesmente parando de comer farinha, açúcar, perdendo peso, colocando diabetes em remissão. Esses dias eu tive uma conversa interessante com uma paciente que é uma paciente que era diabética tipo 2 e tava usando já 16 unidades de insulina e aí ela ao adotar uma alimentação diferente, em questão de três dias pode ser desinsulinizada, tirou insulina, repito: era diabética tipo 2, porque tipo 1 não pode tirar insulina né, mas ela tirou em 3 dias, depois tirou outro medicamento, agora ela está apenas com glifage e ela tem irmãos e irmãs diabéticos, porque existe um componente genético grande e ela tava me dizendo que os irmãos ficaram chocados como ela tava se privando dessa forma dos alimentos…

Rodrigo Polesso: Isso é triste!

Dr. Souto: Então, veja bem: ela provavelmente vai economizar em torno de uns r$ 900,00 em medicação todos os meses, ela mais do que isso vai economizar os dedos dos pés que não vai precisar amputar lá adiante, vai economizar as suas retinas, vai economizar a hemodiálise que talvez um dia tivesse que fazer, mas aí entra esse aspecto psicológico: as pessoas têm medo do covid porque eu posso pegar infecção e ter uma insuficiência respiratória e morrer na semana que vem, mas agora esse troço de amputar dedo do pé, isso é para daqui a 5 anos, então eu vou comer o bolo. É um pouco difícil para mim entender, eu sei como que funciona a psicologia humana, mas talvez essas pessoas escutarem dito dessa forma que a gente tá dizendo aqui, caiu a ficha. Então, pensar nessas estatísticas aí que o doutor Mozaffarian colocou, quer dizer, um homem de 35 anos diabético ou obeso, ele tem o mesmo risco de hospitalização de um homem de 75 anos que não tenha nenhuma dessas coisas e o mesmo risco de morrer que um de 65 anos que não tenha nenhuma dessas coisas, nenhum remédio nem esse do Trump, nem esse do nosso presidente vai ter esse efeito pessoal.

Rodrigo Polesso: Exatamente! E tanto que esse estudo novo que eu acabei de falar para vocês as pessoas foram categorizadas com níveis de fragilidade onde a idade não foi considerada. Então, as pessoas que tiveram nível 1 e 2 que são consideradas Fit, ativas, sem doenças correntes né, essas pessoas independente da idade foram consideradas como base de comparação. Então, se você tem 75 anos e é uma pessoa ativa, sem doenças acontecendo, você tem grandes chances de passar pela doença como qualquer outra pessoa passaria sendo mais nova. por exemplo. Então, o melhor investimento é esse, é isso, pô caramba pessoal, o que mais de motivação a gente precisa? E pode comer steak caramba! Vai comer churrasco! Vamos lá! Quem fez algo parecido agora foi o Anthony Rodrigues, ele falou ó: “Hoje tenho 21 anos e peso 75 kg, mas não foi isso sempre…” (ele perdeu 45 kg) ele falou: “45 kg com alimentação forte e jejum intermitente, tudo como estilo de vida. Gratidão Rodrigo!” Parabéns para você por ter colocado tudo isso em prática! Ele mandou a foto do antes e depois dele 45 kg reduzidos, se a pessoa reduzir 45% do risco de quantas coisas ou mais que 45% de risco de quantas coisas que podia desenvolver, uma pessoa que está acima do peso tanto assim com 20 anos, imagina com 30, 40, 50… Isso sim é mudança de vida e não depende de idade também, como alimentação correta, hábitos corretos podem reverter a más condições em qualquer idade, a gente tem mais do que suficiente de exemplos para comprovar que isso é verdade. Bom, se você quer seguir o passo-a-passo, isso você pode fazer entrando no programa codigoemagrecerdevez.com.br, ou se você quiser seguir isso aprendendo de graça você pode sempre, tem mais de 200 podcasts aqui, tem vídeos para caramba no canal do YouTube, tem as mídias sociais, tem o Dr Souto no telegram, tem a ablc.org.br, Rodrigo Polesso no Instagram, enfim, tem coisa de sobra se você quer o passo a passo na mão, como muita gente quer, entre em codigoemagrecerdevez.com.br. Maravilha! Doutor Souto, o que você, já que a gente está gravando esse podcast à tarde, o que você degustou no seu almoço hoje?

Dr. Souto: Bom, almoço de hoje foi um vazio. Vazio é aquilo que no resto do país chama de fraldinha. A forma certa de fazer o vazio é na churrasqueira, mas quando a pressa ocorre, ele tem bastante gordura, pode ser feito na AirFryer, que foi como foi feito esse vazio, porque na AirFryer em poucos minutos ele já ficou pronto, e tem um lanchinho que eu tô comendo agora, eu vou fazer o barulho aqui vamos ver se vocês que estão nos ouvindo reconhecem… Vamos lá…

Rodrigo Polesso: Doritos?!

Dr. Souto: Poderia ser Doritos, pera aí que agora faltou força aqui, já dei uma dica… Nozes! Ganhei aí de uma paciente hoje que tem a Nogueira no próprio sítio, então um pacote de nozes aqui, e fica a dica assim: é bom ir quebrando elas e tirando elas de dentro, porque isso dá um certo trabalho, e você não vai consumir tanto como se ela já estivesse descascada, ou como se elas estivessem moídas e na forma de um bolinho né…

Rodrigo Polesso: Isso é verdade! Para quem não fez ainda, essa semana eu postei as receitas dos Nachos Fortes lá no YouTube, é só digitar Nachos Fortes Rodrigo lá que você vai achar, é um nacho feito essencialmente de frango e pessoal fica igual, a consistência fica duro igual, fica crocante igual, e você pode comer seus nachos com guacamole, sem se preocupar de estar aumentando seus riscos de qualquer doença aí, e o aumento na sua cintura e como eu falei é um nacho proteico, muito simples de fazer ,é gostoso também, veja lá nachos fortes no YouTube, que é uma boa ideia. Hoje eu comi uma asinha de frango e também umas costelinhas de porco no almoço, uma combinação excelente por sinal, e alimentação forte é isso aí pessoal, flexibilidade, chegando final de semana agora você pode sair da linha, fazer o que você quiser de vez em quando, o importante é o que você faz na maior parte do tempo, nada 100%, 100% não funciona com seres humanos. Doutor Souto, é isso então, obrigado pela conversa de hoje! A gente se fala na semana que vem! Um abraço para todo mundo aí e obrigado pela audiência!

Dr. Souto: Obrigado, até a próxima!