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Neste Episódio:

  •   Falaremos sobre laticínios;
  •   Perguntas da comunidade respondidas;

Escute e passe adiante!!

Saúde é importante!

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Quer Emagrecer De Vez? Conheça o programa Código Emagrecer De Vez

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Abaixo eu coloco alguns dos resultados enviados pra mim por pessoas que estão seguindo as fases do Código Emagrecer De Vez, o novo programa de emagrecimento de 3 fases que é o mais poderoso da atualidade para se emagrecer de vez e montar um estilo de vida alimentar sensacional para a vida inteira.

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Caso de Sucesso do Dia

Referências

Estudo Sobre Consumo de Laticínios

Transcrição do Episódio

Rodrigo Polesso: Olá pessoal, bem-vindos aqui ao episódio número 220 do podcast oficial da Tribo Forte, a sua dose semanal de estilo de vida saudável, emagrecimento, nutrição, saúde baseado em evidências. Como vocês estão por aí? Tudo bem? Espero que todo mundo esteja segurando as pontas aí, no meio desse caos todo, né?! Dr. Souto, bem vindo a esse papo de hoje aqui!

Dr. Souto: Bom dia Rodrigo! Bom dia aos ouvintes!

Rodrigo Polesso: Pessoal, a gente vai falar um pouquinho hoje sobre laticínios e depois tem umas perguntinhas da comunidade que a gente vai responder aqui, sempre coisas interessantes para a gente dar o nosso “pitaco” também. Por que a gente não começa então com essa coisa do laticínio?! Saiu um novo estudo aí, que é um estudo epidemiológico, o título dele é “A associação entre o consumo de laticínios com síndrome metabólica, hipertensão e diabetes em 147mil indivíduos de 21 países” que é meio que um spin off de um estudo que a gente já falou aqui antes, algumas vezes, Dr Souto pode falar um pouco depois também. Basicamente eles tentaram avaliar esse banco de dados gigantesco, como costumeiramente eles fazem com estudos associativos, tentando achar em questão de síndrome metabólica e consumo de laticínios o que é associado, e o que não é associado… E daí a conclusão deles foi a seguinte: a maior ingesta de laticínios integrais, com toda a gordura dele, a maior ingesta de laticínios integrais foi associada com a menor prevalência de síndrome metabólica e a maior parte dos seus fatores e componentes aqui, como a menor incidência de hipertensão e diabetes também. Daí eles dizem: nossos achados devem ser avaliados em grandes ensaios clínicos randomizados para testar de fato o efeito do consumo d laticínios integrais com síndrome metabólica, hipertensão e diabetes. Isso é ótimo de eles mencionarem porque como a gente sempre diz aqui: estudos observacionais levantam hipóteses, tem que ser interpretados como eles devem ser interpretados, e foi legal que eles colocaram isso, apesar de ser óbvio, que para gente testar de fato uma causalidade entre duas coisas a gente deveria testar no ensaio clínico randomizado, mas a gente tem um corpo grande de evidência já disponível no mundo sobre laticínios, a gente já falou isso aqui antes também. E novamente, é mais um estudo que vem mostrar e levantar a pulga atrás da orelha de novo dizendo que laticínios integrais parecem ser mesmo mais benéficos do que laticínios desnatados (que ironicamente é o que sugerem para gente por aí) e parece que quem consome mais laticínios, que agente sabe que um alimento extremamente nutritivo, também tende a ter menor prevalência e incidência de síndrome metabólica e esses outros fatores de risco, então é mais uma coisa que vem corroborar e a gente pode analisar isso de uma forma sóbria e como ela merece ser analisada. Dr Souto, bom, é um resultado digamos que não é nada novo aí, mas como a gente pode analisar isso além desse ponto?

Dr. Souto: Então Rodrigo, eu acho que ele é um estudo legal para a gente conversar um pouquinho com as pessoas sobre metodologia científica ,não no que diz respeito só a esse estudo, mas em geral. Então, como você colocou, o estudo na sua conclusão sugere né, que grandes estudos e ensaios clínicos randomizados deveriam ser feitos para definir afinal se é verdade que os laticínios com gordura reduzem o risco de síndrome metabólica, hipertensão e diabetes, a questão é: como esses estudos não foram feitos, baseado em quê as diretrizes mundo afora manda um consumir laticínios desnatados?

Rodrigo Polesso: A velha ideia da gordura né…

Dr. Souto: Então, eu acho que é sensacional, é um exemplo do princípio da precaução, que deveria ter sido aplicado e não foi. O que é o princípio da precaução? Se você vai tomar uma atitude, você deve antes pensar se essa atitude pode ter efeitos negativos, não antecipados, em Nutrição isso é muito comum. E quando a gente não sabe, a gente não tem ideia, quando os estudos não foram feitos, o melhor muitas vezes é simplesmente não fazer uma diretriz, do que fazer uma diretriz errada. Então baseado no quê que se recomenda que, por exemplo, nos Estados Unidos né, nos lanches e refeições das escolas norte-americanas só podem ser usados laticínios desnatados? Está baseado no quê? Ah, porque as diretrizes mandam assim. Mas as diretrizes se baseiam no quê? No fim das contas, ninguém se baseia em nada a não ser aquilo que tem na sua cabeça, a sua opinião, o velho medo da gordura que você falou. Mas aí alguém poderia perguntar aqui: tá, mas esse é um estudo observacional, vocês não estão sempre dizendo para nós que estudo observacional tem problemas, não estabelecem causa e efeito? É verdade, estudos observacionais não estabelecem causa e efeito, mas agora eu vou colocar aqui uma coisa que a gente já colocou em outros episódios, mas é sempre interessante fixar na cabeça de quem está nos ouvindo esses princípios da medicina baseada em evidência, esses princípios científicos. Digamos que eu parta do princípio que uma coisa causa a outra, tá?! Então, eu parto do princípio de que o cigarro causa câncer de pulmão, se for verdade que cigarro é uma causa de câncer de pulmão, se eu fizer um estudo observacional eu vou encontrar uma associação entre essas duas coisas. Se eu fizer um levantamento, vou fazer o levantamento dos fumantes da cidade de Porto Alegre e os não fumantes da cidade de Porto Alegre, e vou comparar a incidência de câncer de pulmão entre os dois grupos. Alguém tem dúvida em qual dos dois grupos se eu encontrar uma incidência de câncer de pulmão maior? Não. Porque hoje a gente realmente tem elementos para afirmar com bastante certeza que o tabagismo é causal no câncer de pulmão. Então, se cigarro causa câncer de pulmão, é óbvio que em um estudo observacional eu devo encontrar uma associação positiva entre essas duas coisas. Agora olha só, as diretrizes que dizem que você deve consumir Laticínios desnatados, evitar a gordura, como consumir o leite desnatado, consumir iogurte desnatado, queijos brancos sem gordura, as diretrizes que pregam isso, elas estão partindo do princípio que a gordura causa doenças, que a gordura aumenta o seu risco de desenvolver doença cardiovascular. Não obstante quando se fazem os estudos observacionais o que se vê, e aí como o Rodrigo disse, não é só esse estudo, esse que é mais um, mostram que ou não a relação ou há uma relação inversa. Quanto mais Laticínios gordos, menos obesidade, menos hipertensão, menos diabetes e no caso aqui, menos síndrome metabólica. Então, se uma coisa causa a outra, no estudo observacional é necessário que haja uma associação positiva entre as duas coisas. Eu quero entender como que a gordura dos laticínios pode estar causando problemas e ao mesmo tempo nos estudos observacionais ela está associada com prevenção de problemas…

Rodrigo Polesso: Exatamente…

Dr. Souto: Vocês entenderam que não faz sentido? É uma questão de pura lógica, então o estudo observacional ele não serve pessoal, para confirmar que uma coisa faz bem ou faz mal, mas ele serve para ajudar a refutar uma crença errônea.

Rodrigo Polesso: Exato, exatamente! E no caso desse medo da gordura, a gente tem ensaios mostrando sobre a gordura em si, particular. Outra coisa, você vai comprar Laticínios desnatados por aí, o que acontece?! A gente sabe que algumas das vitaminas essenciais do corpo humano estão presentes onde?  Na gordura, Vitamina A, K,D… Não é verdade?! Essas vitaminas todas estão presentes na gordura e quando você remove a gordura você aumenta a concentração de outras coisas, que talvez pode potencializar a uma reação alérgica, quem tem problema com lactose, ou seja, ocasionar ainda qualquer problema assim… Inclusive muita gente diz: ah, eu tenho problema com lactose, mas eu consigo comer, por exemplo, parmesão reggiano, daquele da vida, sem problema, que é feito com leite cru, o leite da vaca não tem problema… é como a natureza fez esse alimento, então a gente tentou modificar ele e muita gente teve problema com ele, mas o principal ao reduzir gordura você reduz sim as calorias, isso é verdade, só que você reduz várias outras coisas, a forma como teu corpo metaboliza aquela coisa é diferente por não ter gordura, e você remove também essas vitaminas lipossolúveis importantes que estão nesse alimento também, como o Dr. Souto falou não tem base para isso, mas parece que é só o que a gente acha no Supermercados hoje, é coisa desnatada,  2% de gordura, 0% de gordura, -2% de gordura… Quanto menos, melhor, né?! A crença ainda é muito forte.

Dr. Souto: Então, uma coisa que acha que é importante que as pessoas : não é que lá de cima e sejam necessários para saúde, a pessoa pode ter uma dieta saudável sem consumir nenhum tipo de laticínio, tem pessoas que não toleram bem os Laticínios e enfim , existem algumas correntes aí que defendem que os Laticínios podem ser inflamatórios, eu tenho minhas dúvidas, e acredito que isso varia de uma pessoa para outra, mas a questão é: você pode tranquilamente optar por não consumir Laticínios na sua dieta, mas se você for consumir, como o Rodrigo falou, boa parte das coisas boas que existem nos Laticínios estão na sua porção gordurosa,né?! E aí inclui-se várias vitaminas lipossolúveis e inclui-se inclusive o sabor, o que é uma coisa boa do laticínio. Então hein, ao contrário, tem pessoas que ao se focarem mais nas calorias, “tá bom, vamos consumir o laticínio desnatado que tem menos calorias”, mas lembrar que ele continua tendo, se for Leite especificamente, ele continua tendo o mesmo açúcar. É uma dúvida bem comum de consultório né, você começa a explicar como vai fazer uma dieta pobre em carboidratos para ajudar a reverter uma síndrome metabólica, como obesidade e diabetes, e aí quando chega nos laticínios a pessoa diz assim… Eu pergunto: “você bebe leite?” “Bebo, mas só o desnatado”. E aí você explica assim: “olha, o fato de ser desnatado, para mim não muda nada, porque ele continua sendo uma coisa rica em açúcar.” Rica quanto? Mais ou menos 10 gramas em um copo, então se você for usar um pouquinho de leite para fazer uma espuminha do seu café, não é relevante vai tá usando o que? 20 ml, 1 grama de açúcar… Mas tem pessoas que bebem aí meio litro, um litro de leite por dia, e aí se você tiver bebendo desnatado acaba virando uma água com açúcar…

Rodrigo Polesso: Eu acho que o impacto glicêmico também é diferente, por não ter gordura né…

Dr. Souto: É bem possível né, porque a gordura retarda a absorção da glicose, mas para mim a grande sacada quando eu vejo um estudo desses é salientar o quê? Que boa parte daquilo que se propõe, que se defende em nutrição, não é baseada em evidência e tá aí basicamente por tradição, que sempre foi assim e por um conjunto de pessoas que não querem dizer que: “olha, foi mal, a gente realmente defendia tal coisa, mas agora os estudos mostram outra”. Então, não deixa de ser curioso você ler assim: o consumo maior de laticínios está associado com a prevalência menor de síndrome metabólica e da maior parte dos seus componentes com uma incidência menor de hipertensão e diabetes, mas apenas se forem Laticínios com gordura.

Rodrigo Polesso: É, isso a gente não vê nas notícias muitos né?!

Dr. Souto: Ah, e aí tem essa outra pegada né, vocês aí que estão nos ouvindo viram manchete disso? Saiu no noticiário? Saiu na revista, no portal, no telejornal? Se fosse um estudo mostrando o contrário, pode ter certeza que, não só vocês teriam visto, como teriam sido vocês ouvintes que estariam mandando para mim e para o Rodrigo: “olha só o que saiu, e aí? O que vocês acham?” Por que a imprensa repercutiria direto né. Então, esse é um dos problemas dos estudos observacionais. a gente tem estudo observacional para tudo né, para dizer que é bom para dizer que é ruim. Mas esse estudo “pier” ele não estuda interessante porque, relembrando né, a gente falou, mas falou sei lá há 2,3 anos atrás sobre ele, quando ele saiu pela primeira vez, ele é um estudo que analisou pessoas em 18 países, incluindo os países de renda baixa, média e alta. Então não é o estudo só europeu, só norte americano… O Brasil está representado nesses países. E um estudo com um acompanhamento de muitos anos… Agora tô vendo aqui, de nove anos de acompanhamento, eu falei 18 países aqui tô lendo que são 21, então um estudo epidemiológico que dentro das limitações que o estudo epidemiológico tem, ele é bem respeitável, mas o principal é esse assim, nós não estamos usando o estudo epidemiológico para provar algo que a gente pensa, nós estamos usando um estudo epidemiológico para mostrar que a crença que já existe por aí, que a gordura dos laticínios é ruim e deveria ser retirada não é baseada em evidência.

Rodrigo Polesso: Exatamente, exatamente! E aproveitamos aí também para explicar um pouco mais sobre como interpretar esse tipo de estudo, que é sempre útil também para a população se proteger das balelas por aí. Pessoal, tem umas perguntinhas bacanas aqui da comunidade, que agora a gente vai falar sobre outra bebida, na verdade, e eu e Dr Souto como sendo bons gaúchos, a gente tá muito apto a responder essa pergunta. A pergunta da Sandra Regina é a seguinte: pode chimarrão? Diga lá, Dr Souto.

Dr. Souto: É uma pergunta legal, e é uma pergunta que volta e meia pinta em consultório aqui em Porto Alegre, né?! Então, pode. Na verdade, o chimarrão na realidade ele é um chá, e de uma forma geral qualquer chá pode ser consumido em basicamente qualquer tipo de estratégia alimentar. O chá ele é uma infusão, você bota as folhas e tal, aí bota água quente, isso vai extrair compostos aromáticos e vai dar uma cor naquela bebida, como todo chá, ele é mais água do que qualquer outra coisa, dito isso, chimarrão é um pouquinho diferente, por que no chimarrão você não penera, não filtra completamente as folhas como nos outros chás, você bota a bomba do chimarrão e vai expirar os fragmentos das folhas, então a gente tá tomando chás com os pedacinhos das folhas, mas que diferença faz? Porque na realidade folhosas, e aí eu posso dar o exemplo da salada, por exemplo: pensa quando você come uma couve ou alface, um espinafre, você tá comendo grande quantidade de folhas, isso não impacta nem do ponto de vista calórico, e nem do ponto de vista de carboidrato a dieta de ninguém, porque basicamente o que é a folha? Celulose né. É a mesma coisa que tem no papel, é uma fibra que não é digerível pelo ser humano, então a celulose que você consumir você vai eliminar nas fezes, tem alguns estudos aí que sugerem o consumo de fibras associado com bons desfechos de saúde, a gente aqui já mencionou outros todos que questionam isso, mas seguramente, mal não vai fazer você consumir as folhinhas do chimarrão. Então acho que parte da confusão vem por causa do rótulo da erva, que o rótulo da erva mostra ali uma certa quantidade de carboidratos, que seria verdade se você tivesse comendo erva, como nós sabemos, ao terminar… Depois que aquele chimarrão já foi reabastecido com água quente várias vezes, e ele tá, no termo técnico Gaúcho “lavado”, tá lavado, tá com gosto de água, a maior parte da erva continua dentro da cuia, você não tá comendo ela de colherinha.

Rodrigo Polesso: Não, e grande parte dos carboidratos são as fibras né?! Que você falou…

Dr. Souto: E mesmo que comesse, seria a mesma coisa que comer uma salada. Dito isso, existe uma abominação, algo que deveria ter um círculo no inferno de Dante devotado só para isso: que são ervas de chimarrão com açúcar!

Rodrigo Polesso: Ah, isso é verdade! Nesse caso é outra conversa totalmente.

Dr. Souto: As pessoas que fazem isso deveriam ser condenadas a círculo especial do inferno. Isso vai contra a tradição, tá errado isso pessoal, então brincando, assim, quem quiser daqui a pouco adoçar um pouquinho, colocar uma Stévia lá no chimarrão, só não nos conta tá?!

Rodrigo Polesso: Mas não é chimarrão mais. Vai tomar chá quente ou chá gelado… Outra pergunta que é um spin off dessa aí, o pessoal pergunta muito é se chimarrão quebra jejum? Não né, pelos mesmos motivos que a gente falou, o chimarrão, sem açúcar obviamente, não quebra o jejum, assim como qualquer chá, e se você ingere uma ou duas gramas de folhas ou pedacinhos , não importa né pessoal, vamos analisar as coisas com perspectiva, inclusive falando sobre quebrar jejum, eu vi a pergunta no Instagram ontem, alguém perguntou se aquela bombinha para asma quebra o jejum? Eu falei:Rapaz!

Dr. Souto: Meu Deus! A coisa tá saindo do controle!

Rodrigo Polesso: Esse é o problema, o pessoal vai longe demais, a extremismo, tem gente que passa informação errada, tem gente que extrapola coisa errada, as pessoas tendem a ir ao limite e ficar realmente “cricas” pra caramba, a ponto de fazer uma pergunta dessa! Né pessoal, pelo amor de Deus!

Dr. Souto: Deixa eu até colocar, para tentar clarear para as pessoas assim, que a fronteira entre o jejum e o estado alimentado, ela não é uma coisa absoluta, ela é uma coisa gradativa, gradual. Vamos dizer, alguém que acabou de sair de um rodízio de churrasco definitivamente está no estado alimentado, e alguém que está 24 horas bebendo só água definitivamente está em jejum. Agora, e se eu comer, vamos dizer, um café com um pouquinho de óleo de coco, e aí? Tem ali 50 calorias, eu botei um pouquinho de óleo de coco, será que isso quebrou o jejum? Bom, a resposta correta é: você tá menos em jejum do que alguém que não comeu nada, mas bem mais em jejum do que alguém  que comeu um monte de churrasco, e assim, isso tem um significado prático que é o seguinte: tem estudos, a gente já falou aqui, o Valter Longo, esqueçam as opiniões dele sobre o tipo de coisa que você deveria comer, mas aquilo que ele fala quando ele tá falando sobre jejum, é baseado nos estudos dele tanto em seres humanos como em animais, que você pode consumir sim uma certa quantidade de calorias e ainda permanecer num estado metabólico que é análogo ao do jejum. E essa quantidade varia de acordo com o tamanho da pessoa, homens poderia ser um pouco mais, mulheres um pouco menos, tem um outro autor muito interessante, que é o Michael Mosley, é um inglês que propôs aquela dieta “Five two diet”, a dieta que você faz jejum 2 dias da semana e come nos outros 5, mas o jejum do Mosley não é o jejum absoluto, não é o jejum que vai ser quebrado pela bombinha da asma, ele aceita até 500 calorias por dia, o que o Mosley chegou à conclusão? Que para maioria dos indivíduos é difícil fazer um jejum de 24 horas, tem pessoas que têm facilidade, mas não é todo mundo, e que se essas pessoas souberem que a qualquer momento, no dia que ela optou por ser o dia de jejum, ela tiver com muita fome, ela pode ir ali e comer uma almôndega e comer algumas coisas até o limite de 500 calorias, segundo vários estudos, você continua com insulina baixa, você continua com glucagon alto, você continua com o estado metabólico análogo ao do jejum. Então quer dizer, que se a pessoa pode comer 500 calorias e está no estado metabólico semelhante o do jejum, não é a bombinha da asma, não é o comprimido de Tylenol, não é o shot do Limão, não é o chimarrão, não é nada disso que vai tirar uma pessoa do jejum, porque todas essas coisas que eu acabei de elencar deve ter o que?  10 calorias 20?

Rodrigo Polesso: Exato!

Dr. Souto: Então, é esse extremismo que não ajuda, até porque para pessoa está fazendo essa pergunta ela tem que realmente ter uma crença, crença bem arregrada em poderes mágicos do jejum, mas que essa mágica só poderia ser atingida se fosse um jejum puro sancionado pelos sacerdotes Universal…

Rodrigo Polesso: Exatamente! É que muita gente vende o jejum como isso né… O pessoal que tem interesse em jejum, tem uma playlist de vídeos inteira lá no meu canal do YouTube, pessoal dá uma olhadinha, é muito bom, tem muita gente que aprende por lá, é um dos vídeos mais vistos aí do canal, procure o canal Emagrecer De Vez no YouTube e veja playlist de jejum intermitente, a gente vai ajudar todo mundo que tem interesse em fazer o jejum de forma correta, ele pode ser poderoso sim, mas ele pode ser ruim para quem não faz de forma correta. Então tem que ter muita cautela nessa hora também.

Dr. Souto: Isso aí Rodrigo me lembra um pouco quando as pessoas perguntam sobre exercício, é como se houvesse uma coisa mágica, digamos, um volume de exercício a partir do qual o benefício surge, e não é assim, é uma coisa gradativa. Em comparação ao sedentarismo, você caminhar já é um grande benefício. Bom, se você fizer um treino de força, nossa, já é um grande benefício, agora se você correr 10km certamente você terá um nível de atletismo maior do que uma pessoa que não corre, mas não é uma coisa 100% proporcional, sabe o benefício do sujeito que é sedentário e que passa a caminhar 30 minutos todos os dias, a diferença em termos de saúde é muito maior do que desse que tá caminhando para aquele que corre. Então, você fazer um jejum de 14 horas em relação a uma pessoa que come de 3 em 3 horas e come até a hora que vai dormir e acorda e já vai comer é um benefício muito grande e talvez não seja assim tão diferente, se ao invés de ser 14 horas, for 16 ou18, não tem o número X de horas… Isso é pergunta de consultório também: a partir de quantas horas eu passo a ter benefício do jejum? Não é assim ,não é uma chave liga-desliga, que o benefício termina quando o relógio passa de um certo número. Bom, quanto mais jejum o seu jejum for, provavelmente mais efeitos metabólicos dele você vai ter. Então, não é uma competição de quem faz jejum por mais tempo, não é uma competição de quem faz o jejum mais puro, quer dizer tem gente propondo uns troços, que aí eu realmente considero doideira, que é o jejum seco. Então assim seria a forma mais espiritualmente pura do jejum, na cabeça dessas pessoas, que é: “eu não apenas não vou comer nada, não vou beber nem água”. Aí é perigoso né?!

Rodrigo Polesso: Sim, é perigoso! É que nem aspirina, eu falo: 2 tudo bem, agora tomar 5 vai fazer mal. Existe a lei da redução dos benefícios, você vai fazendo mais exercício, mais, mais… Chega um ponto que começa a fazer mal. Correr a maratona faz mal, agora você correr e se manter ativo no dia a dia faz bem, então vamos tomar cuidado com isso. Jejum é bom exemplo disso pessoal, nem todo mundo está apto a fazer jejum, na verdade o jejum para muitas pessoas pode ser um estresse adicional, que vai prejudicar a saúde da pessoa na verdade, é um estresse que o corpo dela não precisa ter adicional agora, antes de pelo menos de você corrigir as coisas mais óbvias da sua dieta, que é a tua alimentação. Se você tem uma alimentação péssima, doente não consegue ficar sem comer 3 horas, você vai fazer jejum? Pode ser que seja uma péssima ideia, é melhor você resolver o que é mais fácil, o que tem maior poder de resolução no começo. Cuidado com esse negocio de jejum.

Dr. Souto: Até porque, depois fica mais fácil porque você tem menos fome, quando você tem uma alimentação nutricionalmente densa, quando você tira e açúcar e farinha, nossa, parece que um bicho se acalma dentro da pessoa, e daqui a pouco aquele jejum, que antes seria um grande esforço, se torna um negócio meio espontâneo. O tempo passa, pessoa acordou, não tava com fome, tomou um café preto, o tempo passou e quando viu são 11:30 da manhã, na hora do almoço.

Rodrigo Polesso: Exato, exatamente! Não precisa dificultar nossa vida, se a gente pode facilitá-la. Próxima pergunta aqui: tapioca feita em casa, na fazenda, na pedra benzida pelos sacerdotes do Dr. Souto, pode na low carb?  Pessoal, antes do Dr. Souto responder essa aqui, uma revisãozinha básica: tapioca é o quê? 100% amido né. Vem da Mandioca, é 100% amido, a gente já aprendeu aqui desde episódio nº1, que o amido é glicose pura, entra na corrente sanguínea vai subir a glicose, vai subir insulina, e á assim. Então a glicose, se ela é benzida ou não, não faz muita diferença para o corpo. Agora Dr. Souto, existe um problema maior que essa questão do vitalismo, que estava falando, você pode explicar um pouco mais, se eu fizesse a tapioca, ainda que ela seja amido, ainda que ela suba a insulina, ainda que ela suba a glicose, mas se for feita em casa, na fazenda aí, pode na low carb ou não?

Dr. Souto: É, eu gostei desse termo “vitalismo”. Vitalismo é aquela teoria de que as coisas são imbuídas de uma força vital, então se eu fizer essa tapioca, mas ela for feita na fazenda (que eu saiba toda mandioca cresce numa fazenda), mas assim, que ela for feita na fazenda, de uma forma artesanal, ungida e tal, aí de alguma forma, uma determinada força vital vai entrar ali dentro e vai tornar ela necessariamente melhor que a tapioca que eu compro no mercado. Então, tirando coisas do tipo: sim, é melhor consumir um alimento sem veneno do que um alimento com veneno, mas o resto pessoal, não muda né, uma coisa que eu costumo comentar com os pacientes, eu digo assim: a fotossíntese foi inventado uma vez só, nesses 3,alguma coisa bilhões de anos na história da vida na Terra, depois que as plantas descobriram um jeito de pegar CO2, juntar com água e fazer a glicose, isso não mudou muito, então a glicose que a planta da Mandioca faz, a glicose que a planta do Trigo faz e a glicose que a planta da cana-de-açúcar faz, não são substâncias distintas, é a mesma. A vida só inventou uma vez isso aí, então é a mesma coisa que você ter a crença de que vai fazer diferença se você tiver no seu açucareiro o açúcar da cana ou Açúcar da beterraba, ou Açúcar da maçã, ou açúcar do coco, então o açúcar ele é sempre açúcar.  O amido ele é sempre amido. Claro, você poderia dizer assim: nossa se for um amido com um monte de fibra vai ter um impacto glicêmico menor. Pois é, mas não é o caso da tapioca, né. A tapioca é o amido puro da mandioca, então respondendo diretamente a pergunta aí da leitora, porque ela perguntou em low-carb né, bom low carb é baixo carboidrato e tapioca é 100% carboidrato. Não importa se ela foi feita na fazenda da sua avó ou se ela foi feita no moinho de uma indústria. Não vai fazer diferença. Rodrigo, acho que vale a pena a gente abrir um parêntese aqui, agora eu vou te perguntar: O que você acha dessa coisa que tá extremamente na moda e tá pintando o tempo todo: açúcar de maçã?

Rodrigo Polesso: Açúcar de maçã? Eu nunca tinha visto falar disso! Achava que você ia falar do demerara, do açúcar de coco, mas açúcar de maçã eu não conhecia ainda não, mas pessoal tem alguma coisa em comum em todos esses açúcares, é o que? É açúcar né. E açúcar é a mesma coisa em todos os lugares. Açúcar de mesa é 50% glicose e 50% frutose, açúcar de qualquer fruta vai ter uma boa quantidade de frutose, na verdade, por isso que ele é doce também. Então antes de mesmo saber que existia ou antes de qualquer coisa, eu diria: pô, pelo amor de Deus pessoal! Parem de querer se enganar! A maçã não é diferente de qualquer outra fruta, não é diferente da cana, não é diferente da beterraba que é feito o açúcar, a proporção é parecida pessoal, não vão se enganar! E na verdade, pode ser pior né Dr Souto?! Se a quantidade de frutose for maior que a deglicose, que eu não sei se é o caso, como xarope de milho, xarope de glicose de milho, que tem a maior porcentagem de frutose do que glicose e isso acaba piorando a questão do fígado, resistência à insulina e etc Então se for o caso da maçã também, ele pode ser pior ainda do que o açúcar de mesa, mas eu não cheguei a investigar se esse é o caso…

Dr. Souto: Então, você tocou em pontos super importantes, é que assim, no Brasil tem uma explosão de Açúcar de maçã, agora nas redes sociais não se fala em outra coisa, e o açucar de maçã ele não é o açúcar extraído e purificado da maçã, é meio que… Tem a casca junto e tal, então o argumento é que por colher de sopa ele tem a metade das calorias do açúcar normal, sim porque é metade fibra né…

Rodrigo Polesso: Mas tem que pôr o dobro para adoçar…

Dr. Souto: E obviamente, que tem que botar mais para adoçar. Então quer dizer que é seis por meia dúzia, né pessoal, e outra coisa que é um assunto talvez mais grave dessa história, você tocou na mosca, eu fui investigar e a verdade é que a maçã ela tem mais frutose do glicose. Então, ela tem uma certa porção de sacarose que aí a 50% glicose e frutose, e ela tem glicose livre e frutose livre, ela tem mais frutose. Então ele sim, pode ser uma açúcar que é um pouco mais doce, então embora ele tenha uma quantidade menor de Açúcar naquele açúcar de maçã, porque boa parte é fibra, mas ele tem um poder adoçante um pouquinho maior, só que não se enganem, é justamente a parte mais tóxica que tá presente ali, a parte do açúcar que é mais problemática. Assim, vamos recapitular: glicose, todas as células do corpo usam. Frutose é metabolizado primariamente no fígado e é justamente o excesso de frutose que vai causar gordura no fígado, esteatose, resistência à insulina, e aí você pegar e consumir um açúcar com mais frutose não é uma boa ideia, aí o pessoal pega e posta sim coisas do tipo: “Olha eu comi um pouco de açúcar de maçã e a minha glicemia quase não subiu”. Sim, porque você não tem um aparelho para medir a frutosemia, para quanto que a frutose no seu sangue subiu, então muito cuidado com isso pessoal, açúcar é açúcar, ele foi inventado uma vez só pela fotossíntese. Outra coisa que o pessoal tá confundindo muito Rodrigo, é assim: o negócio tem, digamos numa porção, 2 gramas de açúcar e 2duas gramas de fibra. ou 2 gramas de açúcar  e 1,8 de fibra e as pessoas dizem: “olha só, subtraindo as fibras dá 0,2”. Não é assim!

Rodrigo Polesso: Não é assim que funciona!

Dr. Souto: No rótulo brasileiro a fibra já tá descontada daquele açúcar ali, porque obviamente se fosse 2 gramas de carboidrato dos quais 1,8 é fibra e sobrasse 0,2 você estaria comendo,não açúcar de maçã, você estaria comendo fibra de maçã, que não seria doce né?!

Rodrigo Polesso: Exatamente!

Dr. Souto: Então assim, desculpa ter intrometido esse tema sem aviso…

Rodrigo Polesso: Achei interessante.

Dr. Souto: Mas é que eu achei importante porque eu me lembrei dele agora, porque eu vi um negócio aqui na minha tela do meu computador e é o assunto que está em voga. Então, não apenas a tapioca feita na fazenda é amido como qualquer tapioca, e como qualquer amido, mas o açúcar da maçã é açúcar como qualquer açúcar. E para arrematar: existe uma abominação dessas que também mereceria um lugarzinho no inferno, no supermercado, que é a frutose cristalina, vendida pura, tipo um açúcar cristal, frutose, e ela está sendo vendida ali para quem? Para diabéticos.

Rodrigo Polesso: Para diabéticos. Putz, só por causa do índice glicêmico. Que sacanagem.

Dr. Souto: Porque o índice glicêmico baixo, então se você consome uma coisa que tem zero glicose, que é 100% frutose, o índice glicêmico é praticamente zero, porque não tem glicose ali, mas você vai estar consumindo puro açucar e a porção mais tóxica do açúcar. Então, assim como é abominável dar frutose pura para os diabéticos porque não vai aumentar a glicose dele, mas vai piorar a doença porque a doença do diabetes é resistência à insulina, a glicose elevada é só um sintoma, você vai estar piorando o fígado dele, a gordura do fígado, a resistência à insulina e o ganho de peso, com frutose. Açúcar de maçã é auto-engano, é açúcar.

Rodrigo Polesso: É, a gente quer acreditar que exista um açúcar que a gente possa comer e nada aconteça no mundo, mas até agora a gente não conhece. Pessoal, cuidado com essas enganações aí, sempre vai surgir um açúcar novo, com certeza, vai surgir um outro depois de novo, cuidado! Cuidado pessoal! Vocês que acompanham a gente, vocês não vão cair nisso, a gente sabe disso, mas é bom falar.

Dr. Souto: Então assim, se você tiver com vontade de comer uma maçã com uma maçã.

Rodrigo Polesso: É, come uma maçã, exatamente! Ah, beleza! Vamos ver aqui o caso de sucesso de hoje, do Yago Santana, perdeu 18 Kg, mandou a foto do antes e depois, incrível tá aparecendo o abdômen já, ele falou: “por incrível que pareça a melhor parte da conquista é o processo. Dietas e protocolos periódicos nunca me levaram ao resultado que eu buscava, mas estilo alimentar forte e consciente muda tudo.” Então, parabéns para ele! A foto do antes e depois que é bem grande, vou deixar na transcrição dos podcasts aqui, a foto para quem quiser ver. Se o pessoal quiser seguir passo a passo alimentação forte para emagrecimento especificamente baseado em evidência pode sempre entrar em codigoemagrecerdevez.com.br e fazer parte lá. Você não vai aprender nem só o que fazer para emagrecer, mas vai aprender o porquê das coisas funcionarem também que é grande parte do programa. Beleza! Dr. Souto, o que você vai eu acho degustar agora no seu almoço?

Dr. Souto: Pois então, isso é uma boa pergunta. Não tenho nada pronto em casa. É bem possível que eu dê volta na quadra e vá no açougue que o pessoal já tá invejando, que aquele que faz o churrasquinho que a gente compra pronto e hoje tá me dando uma vontade de costelinha de porco…

Rodrigo Polesso: Boa! Boa! Sexta-feira merece costelinha!

Dr. Souto: Costelinha de porco sempre vem muito bem, porque assim tem uma teoria que a carne de gado ela é boa quando ela é feita na hora ou na chapa ou na brasa. Né?! Agora, porco é um negócio que mesmo sendo feito naquela churrasqueira a gás que tem ali no açougue, fica bom, assim como frango, dá para requentar no outro dia e continua bom. Agora você faz uma picanha e experimenta requentar no outro dia, dá para comer, mas não é a mesma coisa…

Rodrigo Polesso: Não é a mesma coisa! Tem uma piada sacana que diz que todos os animais do mundo tem direito à vida menos o porco, porque um bicho tão gostoso não merece viver…

Dr. Souto: Realmente, assim a costelinha de porco e um negócio que tem seu valor! Combina com a sexta-feira!

Rodrigo Polesso: Com certeza! Eu vou fazer um steak hoje para mim aqui, comprei uma carne Grass Fed, que vem lá da Nova Zelândia. Eu acho incrível assim como os caras mandam ao redor do mundo, uma carne fresca, alimentada a grama… Pessoal no Brasil, de novo, vocês tem muita sorte, com mais de 80% aí da carne é Grass Fed, que é alimentado de gado, alimentado à pasto, então aproveitem isso aí! É muito bom! É mais raro fora do Brasil esse tipo de coisa. Beleza! Pessoal, sigam a gente nas mídias sociais: Rodrigo Polesso lá no Instagram, no Facebook, Doutor Souto no telegrama, o Dr Souto, tá no Instagram também ablc.org.br e tem também um acervo enorme de 550 receitas na triboforte.com.br que vem junto com todas as gravações das palestras, todos os eventos pessoal, é muito bacana tá, é triboforte.com.br . No mais, é isso. Agradeço a participação! E Dr. Souto a gente se fala no próximo podcast!

Dr. Souto: Até lá, até a próxima!