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Neste Podcast:

  • MULHERES: quais alimentos podem adiantar ou retardar a menopausa natural?
  • Má ciência, a crise de credibilidade científica é séria.
  • Estamos caminhando rumo a extinção pela boca?
  • Mais comentários sobre vegetarianismo e veganismo.

Tudo no podcast de hoje da Tribo Forte!

Escute e passe adiante! Vamo que vamo!?

OBS: O podcast está disponível no iTunes, no Spotify e também no emagrecerdevez.com e triboforte.com.br

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Ouça o Episódio De Hoje:

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Casos de Sucesso do Dia

Alexander

 

 

 

Referências

Tribo Forte Ao Vivo

Artigo Que Alega que Apenas 3% das Revisões e Meta-analises Publicadas São de Fato Úteis

Meta-análise Publicada no British Medical Journal

Artigo no Buzz Feed News

PDF Food Tank

Report do CDC

Artigo no BMJ Sobre Mulheres na Menopausa

Artigo no Nutrition Coalition

 

Transcrição do Episódio

Rodrigo Polesso: Olá, bem-vindo para você! Bem-vindo a mais um podcast aqui da Tribo Forte. O episódio 113. Estamos aqui prontinhos para passar mais uma dose de informação seguindo nossa promessa de te equipar semanalmente com as verdades sobre saúde, estilo de vida saudável, emagrecimento, alimentação e tudo afim a respeito disso. Os highlights de hoje… Os principais tópicos de hoje vão ser os seguintes. Mulheres… Quais alimentos podem adiantar ou retardar a menopausa natural… Potencialmente? Saiu um estudo observacional recente. Interessante a gente comentar alguns fatos sobre isso. E outra coisa… Má ciência. A gente está vivendo uma crise de credibilidade científica bastante séria. A gente vai falar um pouco mais sobre isso, sobre o novo artigo que saiu sobre essa questão. E também estaríamos caminhando rumo à extinção da nossa espécie através da nossa boca. Isso não é novidade para ninguém. Quais serão os números atuais desse problema? Vamos comentar um pouco sobre isso também nesse podcast. E fechar com chave de ouro… Sobre um novo artigo que saiu pela mídia… Também repercutido sobre vegetarianismo. Já aproveitando que a gente falou sobre isso no último podcast. Se você não ouviu o último podcast, a gente de uma forma interessante… No final do podcast eu e o Dr. Souto compartilhamos um pouco mais da nossa opinião sobre essa questão. Se você não ouviu o podcast 112 ainda, faça um favor. Volte lá. É bastante divertido até de você ouvir… 112, dê uma ouvida lá. Mas enfim, esses são os tópicos de hoje. Dr. Souto, tudo bem por aí?

Dr. Souto: Tudo tranquilo, Rodrigo. Bom dia e bom dia aos ouvintes.

Rodrigo Polesso: Perfeito. Antes de começar aqui aquecido, só uma mensagem rápida sobre o evento desse ano, Tribo Forte Ao Vivo 2018. Estou bastante animado com o evento. A organização segue de vento em poupa. Pessoal, já são mais de 700 pessoas confirmadas no evento, mais do que no ano passado inteiro. E olha que as vendas ficaram abertas somente por 5 dias no total. E ainda faltam alguns meses para o evento. A capacidade do lugar é de mil pessoas. A gente vai fazer história de novo esse ano, pessoal? Acho que sim. Vai ser sensacional. As vendas estão fechadas agora nesse momento. Não tem ingresso à venda. Mas novos ingressos vão estar disponíveis na terça-feira que vem, dia 15, apenas por 72 horas. Você pode ver todos os detalhes agora. Os detalhes estão disponíveis no site TriboForte.com.br/AoVivo. Para não correr risco de perder sua chance, entre agora em TriboForte.com.br/AoVivo. Entra lá. Lá embaixo, apesar das vendas estarem fechadas, você pode deixar seu email para que eu te avise na semana que vem com o link certinho, na hora, para você entrar e garantir seu ingresso… Não ficar fora desse grande acontecimento anual. Maravilha. Dr. Souto vamos começar aqui… Com má ciência. Vamos falar um pouco sobre má ciência. Não é um assunto novo. A gente já comentou sobre isso… Na verdade comentamos sobre isso em quase todos podcasts. Mas oficialmente a gente já falou sobre essa questão antes. Se você… Na verdade, quero colocar a audiência a par de um artigo novo recém publicado que alega que apenas 3% das revisões metanálises publicadas são, de fato, úteis e de alta qualidade. Revisões e metanálises têm sido consideradas há muito tempo e são consideradas ainda o topo da pirâmide de qualidade de evidência científica. O analfabetismo científico… Ou pura incompetência científica mesmo por parte de muita gente… Combinada com essa baixíssima qualidade de evidência no geral publicadas resulta na disseminação de falsas ideias à população. É necessário ficar alerta a respeito disso, sempre praticar aquela questão do ceticismo inteligente. Não é porque balela está formatada, bonita, publicada em jornal e em inglês que ela deixa de ser balela. Quando você coloca coisa ruim, sai coisa ruim do outro lado, não importa quão bonito seja o design e o formato disso. É muito preocupante, na verdade, Dr. Souto, porque a maior parte da população, obviamente… Mas muito dos profissionais que trabalham com isso… Eles se quer referem a evidências científicas. Ou seja, o problema da credibilidade nem começa. A gente está antes desse problema ainda. Quando eles pisam no mundo científico, eles começam a perceber o outro campo minado que existe nessa segunda fase. Mas nós estamos ainda na primeira fase. Então, o que você acha dessa situação toda?

Dr. Souto: Eu concordo, primeiramente, com sua análise, Rodrigo. Realmente, a gente, ainda… Nos embates do dia a dia está aquém dessa discussão que nós vamos ter hoje. A gente está ainda querendo, simplesmente que os profissionais de saúde vejam a evidência científica. Depois, discutir a evidência é um segundo passo. Então, por exemplo… Se alguém ainda acha que uma estratégia low carb não é a melhor para o tratamento do diabete tipo 2, bom… É porque essa pessoa não viu a literatura nos últimos anos. O número de estudos mostrando isso aí é avassalador. Agora, a discussão é a seguinte… Um dos autores é o John Joanides, correto? O segundo autor ali.

Rodrigo Polesso: Nesse artigo eu não lembro agora também. Tem que abrir o link para ver. É ele mesmo.

Dr. Souto: Ele mesmo. John Joanides. Ele é um bioestatístico, matemático, de Stanford. E ele é um dos caras que está revolucionando um pouco a questão da qualidade da evidência científica. Ele é muito crítico. O artigo que o tornou famoso… Um artigo escrito muitos anos atrás era um artigo cujo título era… A maior parte… Não vou dizer exato, porque não me lembro, mas estou citando de cabeça. “A maior parte dos estudos publicados é falso.” Na realidade, ele critica essa questão do publish or perish. Em inglês essa expressão… Dentro do mundo acadêmico, o cientista que não publicar… Que não mantiver uma frequência de publicações científicas em periódicos… Ele acaba caindo fora.

Rodrigo Polesso: E que nem celebridade na TV.

Dr. Souto: Exatamente. É o ator que não está na novela. É o ator que não está participando. Daqui há pouco esse sujeito acaba sendo demitido da emissora. Então, dentro do mundo acadêmico o equivalente é estar publicando. Estar publicando o tempo todo. O problema é o seguinte: nem sempre tem uma novidade para publicar. Nem sempre tem um estudo bombástico para publicar. E aí o que que acontece? As pessoas começam a massagear os dados para ver se sai alguma coisa. E quando não sai, elas começam a torturar os dados. Então, a questão das metanálises… O que são metanálises… Para quem de repente já não nos escuta há muito tempo… Começou a escutar há menos tempo. A metanálise seria uma forma de eu combinar matematicamente uma série de estudos diferentes. Digamos que eu tenha algumas centenas de estudos sobre esse assunto que eu falei antes: low carb e diabetes. Aí eu verifico que tem muitos que são pequenos, mal feitos, não são controlados… Enfim, não são randomizados. Esses eu excluo. E eu coloco só aqueles que têm melhor qualidade. Aí eu tento pegar e juntar matematicamente esses estudos como se ele fosse um único estudo grande maior. Isso é uma metanálise. O que acontece é que se banalizaram as metanálises. Hoje em dia existe um número gigantesco de metanálises sobre as mesmas coisas. E conforme os critérios de inclusão e exclusão que os autores usam, essas metanálises podem, inclusive, chegar a resultados diferentes. Uma metanálise diz uma coisa… Outra diz outra… De modo que se abastardou um pouco essa questão das metanálises. A gente tem que ter um pouco de cuidado com qual é o viés que os autores estão colocando. Muitas vezes, dependendo dos critérios de inclusão e exclusão, repito… Pode se produzir metanálise de valor muito questionável. Isso sem entrar na questão técnica, que é onde o John Joanides atua, que é refazer as contas… Refazer os cálculos matemáticos e descobrir que tem erros nessas metanálises.

Rodrigo Polesso: Isso é dureza.

Dr. Souto: Erros que não foram captados nos mecanismos de revisão pelos pares (peer review). Esses estudos estão aí, estão publicados. E acabam muitas vezes sendo citados. Aí existe um problema, que é o seguinte. Existe aquela pirâmide da evidência científica. A evidência menos importante de todas são os casos isolados, casos anedóticos. Depois nós temos as séries de caso. Depois nós temos os estudos com casos e controles. Depois nós temos as coortes, onde nós acompanhamos, observamos um grupo de pessoas. Aí nós temos os experimentos, os ensaios clínicos que estão praticamente no topo da pirâmide. Mas, tradicionalmente, tem se dito que a metanálise, a revisão sistemática, deveria ser o topo da pirâmide, acima dos ensaios clínicos. Eu, há bastante tempo, tenho para mim que é questionável isso.

Rodrigo Polesso: Eu também. Concordo plenamente.

Dr. Souto: Eu acho que às vezes um bom ensaio clínico… Aquele ensaio clínico que foi realmente bem feito, com um número grande de pacientes, uma intervenção realmente bem controlada, com poucas pessoas saindo no meio do estudo… Enfim, aquele estudo que foi primorosamente bem feito, provavelmente, na minha opinião, tem mais valor como evidência, do que uma metanálise que incluiu vários estudos menores que são metodologicamente questionáveis… E essa metanálise acaba sendo pontuada acima de um grande estudo bem feito. Eu questiono. Até porque – repito. Não é raro que tenha mais de uma metanálise, cada uma chegando numa conclusão diferente. Se aquilo é o ápice da evidência científica, a gente deveria ter concordância grande entre elas, e não discordância.

Rodrigo Polesso: Tem um exemplo bom. Um exemplo recente de uma metanálise que deveria ser de alta qualidade… Uma metanálise de ensaios clínicos randomizados. Inclusive, acho que foi publicada poucas semanas atrás. Acho que a gente mencionou no podcast. É uma metanálise sugerindo que macarrão é bom para a perda de peso. A gente mencionou isso recentemente e foi publicado no British Medical Journal. É uma metanálise de ensaios clínicos randomizados. Agora, o que eles esqueceram de falar sobre essa metanálise… O que a mídia esqueceu de comentar quando ela repercutiu isso aí, foi um ofuscante conflito de interesse. Vários autores dessa metanálise receberam fundos… Patrocínio de uma empresa chamada Barilla, que é uma empresa enorme que fabrica macarrão.

Dr. Souto: É o maior fabricante de macarrão do mundo, né?

Rodrigo Polesso: Olha, só, nem sabia que era a maior do mundo. Eles receberam patrocínio dessa aí. A Barilla tem influência até dentro de Washington, em organizações como a Food Tank… Uma organização grande para ajudar o pessoal a ser mais saudável… Uma figa. Enfim, essa empresa estava patrocinando vários autores dessa metanálise e agora os caras conseguiram fazer metanálise, ensaios clínicos randomizados, falar que macarrão pode sugerir uma perda de peso. A gente já falou sobre isso. Tem várias nuances. A metanálise de fato não fala isso. Isso é uma interpretação deles. É aquela questão Dr. Souto, lembra… O macarrão pode ser melhor do que uma coisa pior. Uma coisa ruim é melhor do que uma coisa pior. Era basicamente essa a conclusão. Mas saiu desse jeito e a mídia acabou mostrando. A metanálise se você ler, você respeita pelo título… É uma metanálise, mas é um ótimo exemplo… Pode jogar no lixo direto. Conflito de interesse gigantesco. Pessoal, fique esperto com essa questão. Se você escuta a gente, você deve ficar esperto já com esse tipo de coisa. Aceitação no geral… Falando de saúde… Está ficando cada vez mais insustentável. Se existe um caminho certeiro para a extinção da humanidade, parece ser este: continuar comendo do jeito que a gente está comendo até agora. “A gente”, quando eu falo, não é você da Tribo Forte, né? Obviamente. Um novo relatório doo DCD, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos foi recém publicado e mostra uns números interessantes. Hoje, 23 milhões de americanos têm diabetes. 0,55% da população geral tem diabetes tipo 1. 8,58% da população geral dos Estados Unidos tem diabetes tipo 2. Para colocar isso em perspectiva… Quer dizer, antes disso. Em pessoas de 45 a 64 anos, isso sobe para 11%… Da população geral de 45 a 64 anos tem diabetes tipo 2. Agora, colocando em perspectiva… Diabetes é uma doença incrivelmente rara… Questão de 1, 2 séculos atrás. Em 1958, a incidência de diabetes era de menos de 1% da população. Ou seja, é um aumento de mais de 800% em apenas 60% anos, que é menos de uma geração. Será que alguma coisa está errada, ou não é claro o suficiente ainda?

Dr. Souto: Para ficar mais fácil das pessoas mastigarem esses números, isso é 1 em cada 11 pessoas. Hoje em dia, 1 em cada 11 americanos é diabético tipo 2. O livro do Gary Taubes sobre o açúcar… O Caso Contra o Açúcar… Vai ser lançado agora em português em julho. Naquele livro ele faz toda uma recapitulação histórica maravilhosa. Ele sempre nos livros dele faz uma recapitulação histórica como ninguém faz melhor. Aí ele pega, por exemplo, estatísticas no final do século XIX… Se não me engano, 1890… Havia 1 morte a cada 50 mil pessoas por diabetes tipo 2.

Rodrigo Polesso: Fala de novo. Uma a cada 50 mil. Uma morte.

Dr. Souto: Uma pessoa a cada 50 mil morria de diabetes. Eu falei tipo 2, mas era diabetes. Eles nem sabiam o que era tipo 1 e tipo 2. E boa parte dos diabetes naquela época era do tipo 1. No início do século XX, o Dr. Joslen, que depois acabou sendo o maior especialista de diabetes no início do século XX. Hoje em dia existe a clínica com o nome dele em Harvard… Dr. Joslen disse o seguinte… Que a maioria dos médicos que não trabalha em grandes centros de referência iria passar sua vida inteira como médico e nunca veria um caso de diabetes, porque é uma doença rara. É sério, pessoal! No começo do século XX, era uma doença suficientemente rara que só especialistas viam. Agora, 1 em cada 11 americanos é diabético. Então, veja bem… Será que as pessoas não se dão conta que não foi a genética das pessoas que mudou nesse período?

Rodrigo Polesso: Em menos de uma geração o aumento foi de 800%? Não mudou 800% da genética em 60 anos.

Dr. Souto: Claro. A ideia do livro, inclusive, do Taubes, é argumentar que o grande fator determinante talvez tenha sido o açúcar – mais do que o resto. Se fala na inatividade física, na televisão, etc. Mas aí ele cita todo o caso… Toda a argumentação no sentido de que o açúcar tenha sido preponderante. Mas é um livro muito interessante para rever essa história. Rever os números. Colocar em perspectiva. Aguardem aí para julho.

Rodrigo Polesso: Sim. Perfeito. Fico muito feliz que você esteja escutando esse podcast agora, porque você pode se livrar dessa estatística e ser um dos outros… Dos outros 91% que não tem… Caramba, esses números estão aumentando muito rápido. Antes da gente falar da questão da menopausa das mulheres… Se alguns tipos de alimentos podem ajudar você a postergar sua menopausa natural enquanto outros podem atrapalhar você… Ter menopausa antes da hora… Olha só. Vamos fazer um caso se sucesso rápido aqui. Vem do Alexander Santos. Ele fala: “Nessa semana eu consegui meu objetivo. Sai dos 95 para os 75. Estou muito satisfeito e gostaria de compartilhar. Código Emagrecer de Vez e a Tribo Forte são sensacionais.” Obrigado, Alexander. Sensacional. Ele finalizou agora a terceira fase do programa Código Emagrecer de Vez, que eu acho de estilo de vida. É onde você já perdeu o peso que tinha que perder e você aprende como manter isso como estilo de vida para sempre. Ele está vivendo agora uma nova fase na sua vida, 20 quilos mais leve. Parabéns Alexander. Se você tem curiosidade sobre o Código Emagrecer de Vez, muito fácil. Entra aí: CodigoEmagrecerDeVez.com.br. A gente se vê lá dentro. Maravilha. Sobre as mulheres… Olha só. Como você come pode afetar quão cedo ou quão tarde você entrará na sua menopausa natural. Um novo estudo recém publicado avaliou isso e analisou um grupo grande de mulheres e depois procurou associações entre alimentos específicos e quão cedo ou tarde as mulheres chegaram na menopausa. Veja. Esse é um estudo epidemiológico e prospectivo. Os resultados são interessantes a gente comentar, mas é claro, não devem ser tomados como conclusões. Mas às vezes a gente tem isso em mente para tentar com outros fatos que a gente tem, para ver se faz sentido ou não. Os resultados são interessantes e servem como pistas de uma possível verdade… Interpretação aí… Uma hipótese. Foram mais de 14 mil mulheres avaliadas durante 4 anos, das quais, quase mil delas entraram na menopausa natural durante esse tempo. Olha só os resultados, então. Para cada porção adicional de peixes gordurosos e legumes frescos… Eles chamam de legumes frescos… Na verdade, seria vagem assim da vida. Para cada porção de peixes gordurosos, tipo salmão e etc., e esses legumes frescos que eles chamam, a idade da menopausa aumentou em 3,3 anos para os peixes e 0,9 ano para esses legumes frescos. Ou seja, você teve a menopausa mais tarde. Você entrou na menopausa mais tarde 3,3 anos com o consumo de peixe. Por outro lado, o maior consumo de macarrão refinado… Trigo refinado e arroz… Foi associado com uma menopausa mais cedo, por 1,5 ano. Ou seja, 1,5 ano mais cedo do que o normal… Do que seria o normal, a média. Agora… Olha só que interessante, Dr. Souto… Para você celebrar. Adivinha qual foi o grupo de alimentos mais fortemente associado a uma menopausa tardia… Ou seja, o grupo de alimentos que você consome, segundo o estudo, e você mais retarda a menopausa… Órgãos. Foram órgãos. No geral, órgãos. É claro, nosso querido… Meu querido, pelo menos… Fígado está incluso nesse grupo. Ele foi associado – pasmem – a uma menopausa 5,9 anos mais tardia. Quase 6 anos mais tardia do que a média. Agora, por outro lado, e você também vai gostar dessa, Dr. Souto… Qual o grupo de alimentos foi associado a uma menopausa antecipada? Ainda mais do que os carboidratos refinados que foram mencionados acima? Tem algum chute?

Dr. Souto: Açúcar?

Rodrigo Polesso: Boa tentativa, mas não é o açúcar. Chocantemente não é o açúcar, na verdade. Mas o que mais – digamos – adiantou a menopausa das mulheres por 3,6 anos… Fez uma menopausa de 3,6 anos mais cedo… Foi proteína texturizada vegetariana. Olha só. Vegetarianismo e veganismo… Vegetarianismo em mulheres e a menopausa… Olha o que o estudo diz. Estou traduzindo simultaneamente. O estudo demonstrou que mulheres que eram vegetarianas tiveram uma menopausa natural mais cedo, comparado às não vegetarianas. Esses achados estão alinhados com outros estudos que também reportaram uma menopausa natural mais cedo entre mulheres vegetarianas. Mais uma coisa a se pensar. São resultados de um estudo epidemiológico… Mas é prospectivo… Acompanharam as mulheres e tudo mais. Mas eu gosto de pegar os opostos… Ver se tem algum número que realmente parece chamar a atenção. Como no caso dos órgãos, a gente sabe que são extremamente saudáveis, e eles foram os que mais retardaram a menopausa, em 3,9. E os que mais adiantaram foram os refinados, que a gente já sabe por vários outros fatores… Por vários outros estudos que eles não são saudáveis… E agora a surpresa foi essa proteína texturizada vegetariana, que na verdade, eu não conheço nem um pé disso na natureza. Você conhece? Você mora no Rio Grande do Sul, não sei se aí tem pé de proteína texturizada.

Dr. Souto: Pé de tofu? Acho que não. Nunca vi esse troço brotando.

Rodrigo Polesso: Pois é. E ela só que interessante. Falando em vegetarianismo, Dr. Souto, estava falando antes do podcast… Não estava nem na pauta, na verdade. O Dr. Souto perguntou: “Você viu esse artigo que saiu… Repercutiu na mídia…” O que aconteceu? Saiu um artigo na mídia dizendo que Harvard… Claro, nossa queria Harvard de sempre… Que odeia carne e tudo mais. Eles vieram dizendo o seguinte: “Um terço das mortes prematuras poderiam ser prevenidas se todo mundo deixasse de comer carne.” Um terço das mortes… Acho que são as cardíacas que eles falam… “Um terço das mortes prematuras poderiam ser prevenidas se todo mundo deixasse de comer carne, diz Harvard.” Dr. Souto, conta um pouco para a gente… O que é esse negócio que saiu aí…

Dr. Souto: Bom, sobre esse artigo que a gente falou antes… A gente traz para vocês até porque… Enfim… Divertido e tal. Mas o Rodrigo já salientou. É um estudo epidemiológico, é um estudo observacional. Então, ninguém leva muito a sério aquilo ali. Não dá para dizer… “Olha, se você quiser fazer uma menopausa mais tardia, coma peixe.” Por quê? Porque ele é um estudo observacional. Não foi um ensaio clínico randomizado. Não tem como dizer se é o fato de comer peixe que retarda a menopausa ou se é o fato de comer proteína texturizada de soja que faz com que essa menopausa seja mais precoce. Por que estou dizendo isso? Porque se basear em estudos observacionais acaba provocando este tipo de pensamento errôneo, é o que o pessoal da Escola de Saúde Pública de Harvard sempre faz. Bom, eu tinha visto as manchetes circulando por aí… De que um terço das mortes precoces poderiam ser prevenidas desistindo da carne. Como é que eu poderia dizer isso aí? Só se eu fizesse um ensaio clínico randomizado, no qual eu pegasse…

Rodrigo Polesso: Claro que você tem referências científicas para provar isso, né?

Dr. Souto: É, se eu pegasse metade das pessoas e tirasse a carne das suas dietas… Acompanhasse por um período longo de tempo e visse que deu para evitar um terço das mortes. Isso não existe. Isso não foi feito. E o que acontece é o seguinte. Da onde é que saiu isso aí? Foi um novo estudo? Também não foi um novo estudo. Foi simplesmente um press release… Um comunicado de imprensa de uma conferência que é a quarta conferência internacional do Vaticano, chamada Unite to Cure (Unindo-se para Curar). As pessoas que foram convidadas para compor um painel nessa conferência no Vaticano, foram o Walter Willett, que é o chefe da Escola de Saúde Pública de Harvard… Que é um sujeito que tem tendências vegetarianas…

Rodrigo Polesso: “Tendências” é uma fora de colocar.

Dr. Souto: É. Cada oportunidade que ele tem, ele vai tentar falar mal da carne vermelha, sempre fez isso. O David Jenkins, que é a mesma coisa, também de Harvard. O outro vocês todos já ouviram falar, que é o Neal Barnard. O Neal Barnard é aquele cara que no documentário What The Health dizia que comer ovo era a mesma coisa que fumar cigarro. E é o mesmo sujeito que foi flagrado com cartazes protestando contra uma feira de bacon, porque ele é um vegano forte. O que a gente quer dizer é o seguinte: existe um conflito de interessa grande nessas pessoas. Eu vou ler para vocês aqui. Além de serem devotos de uma dieta vegetariana ou vegana, eles também recentemente foram co-presidentes do International Carbohydrate Quality Consortium… Consórcio Internacional da Qualidade dos Carboidratos… Cujos patrocinadores incluem companhias alimentícias tais como a Barilla, que você acabou de citar, que também patrocinou aquele estudo, que falava que massa era bom… Nestlé e General Mills. Então, assim… O que me espanta não é que essas pessoas estejam falando que não deva comer carne. Vamos dizer o seguinte… Vamos imaginar que nós estivéssemos falando de políticos e que o partido ABC encomendou uma pesquisa… E nessa pesquisa apareceu que o candidato do partido ABC é o melhor colocado. A imprensa não diria, “o candidato do partido ABC vai ganhar a eleição”, porque a imprensa teria o bom senso de dizer, “o partido ABC havia que, segundo suas pesquisas internas, seu candidato está muito bem colocado”. Mas obviamente as pessoas esperariam pesquisas eleitorais independentes. Mas na hora que pessoas altamente envolvidas com a coisa do ponto de vista ideológico e financeiro fazem uma conferência no Vaticano… E daí citam do nada… Não foi um estudo novo. Simplesmente fizeram um painel e disseram assim… Out of the blue, do nada… Que se a gente tirar a carne da dieta, vamos evitar um terço das mortes. A imprensa pega e repete isso e bota de manchete em jornais…

Rodrigo Polesso: Deixa eu só ler literalmente o que eles disseram sobre essa parte para o pessoal concluir a fonte toda confiável de toda repercussão. Eles disseram o seguinte, “Nós apenas estávamos fazendo alguns cálculos olhando a questão de quanto a gente poderia reduzir a mortalidade mudando para uma dieta mais baseada em planta, saudável.” Olha a parte interessante: “Não necessariamente totalmente vegana.” Até eles, eu acho… Que acham não é uma boa ideia… “E nossas estimações mostram que mais ou menos um terço das mortes poderiam ser prevenidas.” Essa foi a fonte confiável de informação para a repercussão toda.

Dr. Souto: Absolutamente incrível. Segue aqui… Nós estamos lendo um texto da Nutrition Coalition comentando esse assunto. Então, os três painelistas são conhecidos por embasar suas alegações quase que inteiramente em estudos fracos observacionais e epidemiológicos. Por isso que eu já estava falando mal do estudo da menopausa, embora ele se alinhe… Ele se alinhe com o que a gente pensa, mas a gente tem que ser honesto e dizer que ele é um estudo observacional.

Rodrigo Polesso: Sempre.

Dr. Souto: Tem que ter a honestidade que esse pessoal aqui não tem.

Rodrigo Polesso: Exatamente.

Dr. Souto: Eles citam, por exemplo… Um estudo recente… Foi publicado no British Medical Journal. “Uma análise de 2011 de 52 alegações feitas baseadas em epidemiologia nutricional testados em 12 ensaios clínicos controlados encontram que nenhuma… 0% das 52 alegações foram confirmadas.” Um outro estudo, do epidemiologista John Joanides… Ele está em todas… Concluiu que achados de estudos observacionais altamente citados da nutrição foram confirmados em ensaios clínicos randomizados em apenas 20% dos casos. Ou seja, a epidemiologia nutricional acerta entre 0% e 20% das vezes. Ela tem entre 100% e 80% de chances de estar errada. Acontece o seguinte. As pessoas não sabem a diferença entre um estudo observacional, epidemiológico ou de um ensaio clínico randomizado. E como está vindo de Harvard… “Harvard disse”. Dentro do Vaticano, então, deve ser santificado essa opinião. Veio de Harvard e foi numa conferência no Vaticano… De ter o mesmo efeito de uma bula papal.

Rodrigo Polesso: O interessante é que eles nunca mencionam essa questão questionável desses estudos epidemiológicos. Estou vendo o último parágrafo… Vai estar o link depois…

Dr. Souto: O último parágrafo é bizarro. É muito bizarro.

Rodrigo Polesso: O Dr. Jenkins, uma das pessoas que estava nesse painel… A recomendação dele é que você coma igual um gorila. Um gorila é herbívoro, pessoal. Incluindo 63 porções de fruta e legumes por dia.

Dr. Souto: Não, Rodrigo, deve ser 6,3. Não.

Rodrigo Polesso: 63! Nem se eu for um panda eu consigo comer esse tanto.

Dr. Souto: É impossível comer 63 porções de qualquer coisa durante um dia.

Rodrigo Polesso: Qualquer coisa, exatamente. Ainda mais comer igual um gorila. Por que vou comer igual um gorila se sou um ser humano? A gente evoluiu para quê?

Dr. Souto: É absolutamente inacreditável. É inacreditável. O comentário que faz aqui no artigo, eu acho bem interessante, é o seguinte. “É desapontador que a mídia promova de forma não crítica declarações completamente livres de evidência ao mesmo tempo que praticamente ignora avanços surpreendentes na literatura científica. Por exemplo, em fevereiro… A Virta Health… Nós repercutimos isso no podcast na época… Publicou achados na literatura científica de um ensaio clínico… Ou seja, um tipo muito mais rigoroso de ciência… Não era um estudo observacional… Era um ensaio clínico… Mostrando que 60% dos pacientes eram capazes de reverter seu diabetes tipo 2 depois de 1 ano aderindo a uma dieta low carb. Isso não foi repercutido pela mídia de forma significativa. No entanto, três pesquisadores veganos e financeiramente ligados à indústria do carboidrato se reúnem numa conferência no Vaticano, falam da sua cabeça… Não baseado em literatura… Falam entre si num painel que se as pessoas não comessem carne isso reduziria um terço das mortes desnecessárias. Isso não é um estudo. Isso não foi baseado em ciência. E isso é repercutido na mídia. Saiu por aí. Periga vocês estarem vendo daqui a pouco aí… Quando o podcast sair, já ter saído na Folha de São Paulo, no UOL, no Terra, onde for. A gente nunca vai ter falta de assunto, né, Rodrigo? Toda semana tem. Nunca vai faltar.

Rodrigo Polesso: Mas a gente vai continuar aqui, persistente, teimoso até o negócio mudar. Enfim… Pelo menos a gente muda, ou deixa mais cientes as pessoas que estão ouvindo a gente. A gente muda pelo menos a nossa tribo. O resto… A gente não pode salvar o mundo inteiro por enquanto. Então, maravilha. Agora por que você não compartilha… Não sei se você já degustou a sua janta… Ou vai ainda degustar depois do podcast? Mas o que que foi?

Dr. Souto: Para mim aqui é de manhã. Hoje de manhã eu comi um pãozinho low carb. De vez em quanto eu tenho no congelador. Aí eu descongelo aos pouquinhos. Eu passei um requeijão no pãozinho low carb, tomei um café preto e é isso aí. Agora o que eu jantei ontem… É bom porque isso mostra que esses estudos epidemiológicos baseados em questionário são complicados. Vou ter que pensar um pouco para me lembrar o que eu jantei ontem. Eu não tenho bem certeza. Eu acho que eu comi um iogurte com alguma coisa. Eu faço meu iogurte e deixo na geladeira. Acho que eu comi um iogurte com um scoopzinho de whey, uma coisa assim. Não foi uma janta formou. Não comi comida ontem de noite.

Rodrigo Polesso: Esse foi um exemplo muito bacana que mostra a credibilidade nos questionários. Eles perguntam: “Qual é a média de hambúrgueres por semana que você comeu nos últimos quatro anos?” Não lembro. Se eu não lembro nem o que comi ontem à noite…

Dr. Souto: Aí tem outro detalhe… Isso está bem demonstrado. Isso que estou falando agora não é uma hipótese. Tem estudos mostrando isso. A tendência das pessoas é responder aquilo que elas imagem que o entrevistador quer ouvir. Imagina que está sentado aqui na minha frente o entrevistador. Aí eu estou com vergonha de dizer para ele que eu comi ontem de noite – sei lá – um churros de janta. Então, eu pego e digo para ele… “Ontem eu comi uma saladinha. Comi um salmão.” Aí claro… Mesmo que o entrevistador seja treinado para evitar isso… Ele acaba inconscientemente fazendo uma cara de aprovação, um sorriso, uma coisa assim… E começa a se estabelecer uma relação entre entrevistador e entrevistado na qual o entrevistado tende a responder mais dentro daquilo que é socialmente aceitável. Imagina quando chega na parte da carne vermelha. Você está sendo entrevistado por um pesquisador de Harvard. Todo mundo sabe que eles acham que carne vermelha é uma coisa absurda e só gente louca ainda come carne vermelha. Eu vou começar a dizer para ele, “Carne vermelha eu evito. Eu como pouco… Carne vermelha.” Até isso tem influência. A pessoa pode não estar mentindo de propósito. Ela pode estar sem querer tentando agradar o entrevistador.

Rodrigo Polesso: Claro, claro. Eu acabei de jantar, na verdade. Eu vi que em vários mercados aqui eles têm um monte de ovos em um líquido preto. Na entrada do mercado… No Seven Eleven… Mini mart da vida… É um monte de ovos. Tipo uns 50, 60 ovos banhados nesse líquido vermelho que parece estar quente. Eu falei, “hoje eu vou comprar esse treco”. E tem uma aparência muito feia. Assim como muita coisa que você vê na rua aqui… Estou falando de Taiwan… É basicamente China. Estou aqui em Taipei, capital de Taiwan. Muita coisa tem uma aparência muito feia. Vou experimentar… Peguei dois ovos, coloquei dentro do saquinho e vim para casa e comi. Era basicamente ovo fervido… Ovo cozido. Não sei porque eles usam aquele líquido preto. Dá uma aparência muito feia. Apesar da cor e da aparência, era ovo cozido. Coloquei um salzinho por cima, mandei para dentro. Comi com bacon. Aliás, o bacon daqui é o mais natural que eu vi na vida no sentido que eles cortam fatias barriga do porco. Só isso. Não é maturado, não adicionam conservante, nada. É o que é. Um filezinho da barriga do porco. Eles colocam isso na forminha e chamam de bacon. Então, eu chego em casa, coloco na frigideira. Adiciono sal e fica muito gostoso. Fica crocante também. Eu nunca vi tão como nossos bisavôs faziam na época… Dessa questão natural. Isso com alguns ovos mexidos também. Esse ovo esquisito eu já guardei o freezer… Na geladeira. Outra coisa que eu comprei hoje que eu estou ansioso para tentar é ovo salgado de pato. Eles vendem esse negócio. Uns negócios bizarríssimos. Eles são meio loucos com ovos aqui. É um ovo de quail. É um passarinho que não tem no Brasil.

Dr. Souto: Para mim, quail é perdiz.

Rodrigo Polesso: Beleza. Vamos chamar de perdiz. Procurei o Wikipedia e não consegui achar o nome. Imagina uma perdiz… O ovo desse bicho, só que é totalmente preto. Preto. Preto e vem num saquinho a vácuo. Eu falei, “caramba, que coisa feia”. Nunca que ia comprar isso. Vou comprar. Daí comprei… Daí comi. De novo. Tinha um gosto de ovo. Tem um gosto um pouco diferente. Alguma coisa deixa aquele ovo preto. Não sei o que que é. Não é doce. Não é salgado.

Dr. Souto: Tem coisas que é melhor não saber.

Rodrigo Polesso: Eu olhei no rótulo, mas na boa… É tudo em chinês. Não tem nada. Eu fico olhando tentando decifrar, mas é muito difícil. Então, outra experiência nova. E outra experiência nova inédita de hoje, na verdade, que eu nunca tinha vivido na vida… Eu acordei hoje com um terremoto. Eu estava na cama. O alarme tinha tocado já. Eu estava acordando. E comecei a notar a cama balançando. Falei, “Caramba, não é possível!” Eu acordei minha namorada e disse, “Você notou?” Ela não tinha notado. Eu falei, “Nossa, estava balançando, acho que é um terremoto.” Daí fui ver depois na internet. Até postei no eu Instagram lá. Fui na internet 7:44 da manhã terremoto de 5,5 na escala Richter. Cara… Uma experiência nova. Para mim é uma coisa emocionante. A pessoa que mora aqui, mora no Japão, aqui para esses cantos… Acho que eles têm terremotos bem mais seguidos, então não é tão emocionante assim. Mas a ponto de eu sentir a cama balançando… Inclusive a cortininha bateu na parede… Fez um barulhinho assim… Caramba, tenho uma experiência nova. Altas emoções, Dr. Souto, nesses últimos dias aqui.

Dr. Souto: Altas emoções. Lá em Londres eu vi para vender ovo de avestruz. Custava 25 pounds.

Rodrigo Polesso: Não é fraco não.

Dr. Souto: Aí eu digo… Não… Um ovinho de galinha mesmo. Sabe quanto tempo tem que vender um ovo de avestruz para ele ficar cozido?

Rodrigo Polesso: Quanto?

Dr. Souto: 50 minutos.

Rodrigo Polesso: Caramba! Mas é uma experiência.

Dr. Souto: 25 pounds dá uns 125 reais para comer um ovo. Se bem que aquele negócio deve dar para umas 5 pessoas também.

Rodrigo Polesso: É isso que eu ia dizer. Pega uma noite romântica. Põe um filme legal na Netflix. Deixa esse negócio fervendo. Depois você abre esse negócio gigante, corta na metade. Cada um de vocês senta no sofá com a metade do ovo com sal, e fica comendo ao longo do filme invés de pipoca. Olha só que maravilha.

Dr. Souto: É. Pode ser.

Rodrigo Polesso: É uma opção. Maravilha. A gente acaba em alto astral mais um episódio aqui da Tribo Forte. Se você não é membro da Tribo Forte ainda, tem uma coleção enorme de receitas lá dentro, inspiração, documentários, um monte de coisa lá. É só você entrar em TriboForte.com.br. Se torne um membro. Faça parte dessa comunidade, desse movimento que está crescendo cada vez mais. No mais, um grande abraço para todo mundo. Dr. Souto, obrigado por esse papo novamente. Semana que vem a gente está aqui, de novo, sem falta. Até lá.

Dr. Souto: Até lá. Obrigado. Um abraço.