Bem vindo(a) hoje a mais um episódio do podcast oficial da Tribo Forte!
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Neste episódio diferente respondemos à várias perguntas da comunidade sobre vários temas distintos!
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Transcrição do Episódio
Rodrigo Polesso: Olá, olá para você! Você está ouvindo o podcast oficial da Tribo Forte. Eu sou Rodrigo Polesso e hoje a gente vai fazer um podcast um pouco diferente, um podcast especial de perguntas e respostas. Inclusive, se você gostar desse tipo de formato, deixa nos comentários, para saber se a gente faz esse tipo de pergunta e resposta ou não. São perguntas de temas variados, postados por pessoas normais como eu e você. Eu acho que por trás de cada pessoa que pergunta alguma coisa, existem outras centenas, senão milhares de pessoas que pensam a mesma coisa, mas não chegaram a perguntar. Então eu acho que isso pode… esse tipo de discussão pode ser útil à muita gente. Dr. Souto, tido tranquilo? Como está?
Dr. Souto: Tudo tranquilo. Boa tarde. Boa tarde aos ouvintes.
Rodrigo Polesso: É isso aí. Então a gente tem… eu estava coletando perguntas aqui, como eu falei de temas variados e eu acho que vamos começar com a pergunta mais longa, na verdade. Que ela conta um pouquinho da situação dela. E se você acompanha o nosso trabalho, você pode ver de cara qual é a solução da pergunta, a resposta da pergunta. Mas é interessante a gente ler a pergunta toda e a gente poder entender, como eu falei, que por trás de uma pergunta como essa… as pessoas perguntam porque elas realmente estão pensando sobre o assunto. A maioria das vezes! A maioria das vezes elas não sabem a resposta mesmo. Então por mais, digamos, básica que a pergunta possa soar, vamos lembrar que existem milhares de pessoas que podem estar pensando a mesma coisa e a gente pode ajudar elas. E claro, para quem já sabe sempre é bom lembrar também, a gente vai sempre tentar colocar informação que pode ser nova também à todo mundo. A primeira pergunta, vamos lá, vem da Angélica Batista: “Olá, Rodrigo e dr. Souto. Tudo bem?” A pergunta é um pouco longa. “Sempre tive um perfil físico normal, sem problemas para engordar e aprendi recentemente sobre o emagrecer de vez e alimentação forte, concluindo que comia muita coisa errada para a saúde. Porém há 9 meses eu comecei a engordar, depois de começar a tomar o anticoncepcional porque casei. Hoje gostaria de perder uns 5 quilos para me sentir bem e voltar ao normal, mas não tenho obtido êxito, parece que está bem difícil. E melhorei bastante a minha alimentação depois do Emagrecer de vez. Enfim, minha dúvida é se o feijão e o arroz, que eu sempre comi e fui criada comendo no almoço e jantar (mas quando adulta apenas no almoço), fazem parte da alimentação forte? Meu café e janta são basicamente ovos, um pedaço de batata doce e frequentemente uma fatia de queijo com uma xícara de café com duas colheres de chá de açúcar demerara. No almoço o feijão com arroz de sempre, com carne e geralmente uma salada de tomate com cebola, coentro e gotas de limão. Além disso, de vez em quando, como alguma bolacha, bolo e frutas (principalmente banana). Poderia me ajudar? Me dizer por onde melhorar? E responder sobre o arroz e feijão?” Ela diz que continua tomando o anticoncepcional. Bom, acho que o pessoal que acompanha já o trabalho deve ter subido várias bandeirinhas ao longo dessa pergunta, não é dr. Souto? Mas é uma pergunta, como eu falei, básica, de uma pessoa que eu acredito estar interessada em saber realmente. Porque na cabeça dela, ela está fazendo tudo o que ela pode fazer. Mas onde é que são os pontos principais que eu acho que a gente pode ajudar ela a resolver essa situação.
Dr. Souto: Rodrigo, uma coisa que você tem razão é que nós estamos há tanto tempo trabalhando com isso, mexendo com isso, que algumas coisas que a gente considera óbvias, as pessoas não sabem. E até de nomenclatura. Então vamos começar pelo básico para ajudar a nossa ouvinte. A ideia da abordagem de alimentação forte, da abordagem de alimentação low carb é reduzir os carboidratos na dieta, com isso diminuir a insulina, facilitando a queima de gordura. Mas o que são carboidratos? Muita gente tem dúvida disso. O que é carboidrato? Então assim, carboidrato para fins de alimentação significa duas coisas: ou açúcar, ou amido. Açúcar é qualquer tipo de açúcar, e aqui a gente já vai responder uma das dúvidas dela. Não importa se o açúcar é o açúcar branco, se é o açúcar mascavo, se é o açúcar demerara, se é o açúcar de coco, se é o açúcar magro (aquele que tem o supermercado). Tudo é açúcar. Então açúcar é carboidrato e açúcar é o pior carboidrato que tem e a primeira coisa que a gente tem que tirar. Então essa é uma das versões do carboidrato. Mas a maior parte do carboidrato na dieta das pessoas está na outra forma, que é o amido. E o amido o que que é? O amido é aquele pó branco, aquela coisa branca que tem por exemplo… a maisena é o amido do milho, o polvilho é o amido da mandioca, a farinha de trigo é o amido do trigo. E existem os alimentos in natura que são extremamente ricos em amido, por exemplo a batata, por exemplo a batata doce, por exemplo o arroz, por exemplo o aipim. E se a nossa ouvinte prestar atenção, a maioria ou a totalidade desses alimentos que eu citei são brancos ou quase brancos. Porque essa é a cor do amido. Se pensar numa farinha de trigo, ou se pensar em uma tapioca, ou se pensar na maisena são brancos. Mas aquilo ali é feito de glicose, a mesma glicose que você vai encontrar no açúcar. Então, que fique bem claro, quando nós falamos aqui carboidratos, nós estamos nos referindo indistintamente à açúcar e amido, e todos esses devem sair da sua alimentação se você quiser perder esses 5 quilos com mais facilidade. Açúcar adicionado sempre é ruim para a saúde, não importa se é demerara, não importa se é mascavo, não importa… Açúcar adicionado, aquele que você coloca no cafezinho, aquele que você coloca em um chá, aquele que você coloca para fazer um doce, isso nunca é bom para a saúde. O amido presente naturalmente nos alimentos, por exemplo, quando eu como uma batata, quando eu como um arroz, ele não é necessariamente ruim para a sua saúde se você não está precisando perder peso, se você não é diabético. Agora, no caso dessa nossa ouvinte, que quer perder o peso que ganhou depois que casou, uma alimentação forte, uma alimentação low carb… low carb é baixo carb, esse carb é do inglês, é baixo carboidrato. Então low carb significa baixo carboidrato e agora essa nossa ouvinte já sabe, carboidrato é açúcar e amido. O açúcar então ela já entendeu que tem que tirar. E o amido dessa explicação dela aí, onde é que está? Está no arroz, por exemplo.
Rodrigo Polesso: É, feijão.
Dr. Souto: Está no feijão. O amido do feijão não é tanto quanto o arroz, mas tem também. Ela falou também que come batata doce. Um pouquinho de batata doce não seria um problema, mas dependendo da quantidade já vai ser uma quantidade grande de amido. E ela fez uma pergunta longa, talvez eu esteja esquecendo de alguns outros itens, mas claro, quando ela fala que de vez em quando come um doce, uma coisa assim, ela também está comendo açúcar dentro daquele doce.
Rodrigo Polesso: Sabe o que eu entendo quando as pessoas falam: de vez em quando eu como uma bolacha? É todo dia eu como uma bolacha.
Dr. Souto: É, porque assim… obviamente o resultado, o sucesso que uma pessoa vai ter com uma estratégia, qualquer estratégia, de qualquer coisa, vamos sair um pouco da comida para ficar mais claro. Vamos imaginar que a pessoa diz assim: eu estou com… a conta do banco está no negativo, então eu preciso economizar dinheiro, mas de vez em quando eu faço um gasto que não precisa, que não é essencial. Se como o Rodrigo diz de vez em quando é todo dia, você vai se afundar nesse cheque especial. Então, quem é que vai ter mais sucesso em equilibrar o seu orçamento? É quem faz menos gastos imprevistos, maneja melhor isso. Então é a mesma coisa. Se o de vez em quando é a cada 15 dias eu como um doce, uma fatia de pizza, uma coisa assim, provavelmente eu vou ter sucesso com a minha estratégia. Mas se 4 ou 5 vezes por semana eu faço uma escapada dessas, é provável que não funcione. Então quanto mais a pessoa puder se aplicar dentro do método, mais resultados ela vai ter. Mas isso é verdade para absolutamente tudo na vida.
Rodrigo Polesso: Exatamente. E outra coisa que eu já vejo a pessoa perguntando como follow up dessa resposta é essa que ela menciona frutas. Fruta também é carboidrato. Acho que é interessante falar isso também.
Dr. Souto: Existem frutas com pouco carboidrato. Está aí o coco, está aí o abacate, está aí as frutas silvestres tipo moranguinho, mirtilo, framboesa, amora, está aí o próprio kiwi que é uma fruta que não tem muito carboidrato. Agora, se nós estivermos falando de manga, doce, se nós estivermos falando de uma banana madura já pintadinha, se nós estivermos falando de maçã…
Rodrigo Polesso: Uva…
Dr. Souto: nós já estamos em uma quantidade maior de carboidrato. Agora, obviamente depende de como ela maneja essa fruta. Se a pessoa, por exemplo, comer vamos imaginar uma maçã que tenha sido fatiada em finas fatias dentro de uma salada. Então a pessoa vai comer a salada e talvez junto com a salada venham duas ou três finas fatias de maçã. Isso não tem importância nenhuma. Agora, se a pessoa pegar e comer uma maçã inteira e comer em jejum no meio da tarde, às 4 da tarde, ela vai ter um pico de glicose, de insulina, vai ficar com fome depois quando a glicose baixar. Não seria a melhor estratégia. “Mas maçã é bom. Maçã é natural.” Sim, batata-doce também é natural. O ser natural não significa que é low carb. “Mas quer dizer que maçã engorda?” Não, não é isso. Mas se você quer usar baixo carboidrato como estratégia para perder peso… Você poderia, por exemplo, estar usando outra estratégia… Comer frutas e tal, mas controlar suas calorias. Você poderia perder peso passando fome. Mas se a pessoa optar por aquilo que a gente está conversando aqui, né, Rodrigo… Que é uma estratégia na qual você não precisa passar fome… Bom, a contrapartida disso é dar uma segurada nos carboidratos.
Rodrigo Polesso: Muito bem dito, muito bem dito. No caso ela quer perde cinco quilos, então se ela ouvir essa resposta ela vai saber direto as modificações que ela pode fazer. Tem várias fontes de carboidrato que ela ingere várias vezes por dia. Ela pode eliminar isso. Acho que não teria problema nenhum em eliminar esses cinco quilos. Eu não acho que essa dificuldade toda está sendo por causa do anticoncepcional em si, tendo em vista toda essa descrição que ela deu para a gente. Cabe a ela consultar alguém para acompanhar ela e ver essas modificações. Mas acho que é um objetivo bastante atingível – digamos assim – com essa sabedoria que a gente acabou de compartilhar.
Dr. Souto: Aí também tem o aspecto de que se ela chegar à conclusão de que o anticoncepcional está dificultando a coisa, bom, existem outros métodos anticoncepcionais que ela pode conversar com o médico dela. Tem o diu de cobre associado com o preservativo… Dá uma boa solução.
Rodrigo Polesso: Aí já é outro universo para ser discutido, com certeza. Bom, a próxima pergunta é do John Manfred. Ele fala o seguinte. “Eu gostaria de deixar aqui uma sugestão de tema para discussão que acredito que não tenha sido abordado ainda: jejuns prolongados. Ou seja, três dias ou mais.” Bom, a gente poderia falar um monte sobre isso. Vamos dar um take… Uma pitada… Uma pincelada no que a gente acha… No que você acha desses jejuns mais longos. Relembrando que quando a gente fala em jejum a gente fala de jejum intermitente que é tipicamente de menos de 24 horas. Vinte e quatro horas no máximo. E intermitente. De vez em quando você faz… Ou todo dia você faz 16, 14 horas. Tem várias formas de fazer. Mas tipicamente são de 24 horas no máximo. Recebi recentemente várias perguntas de pessoas perguntando sobre jejuns mais prolongados. Como ele falou, de três dias ou mais. Claro, a gente não sugere que você faça isso do nada. Faça um acompanhamento, enfim. Mas qual é sua opinião sobre isso, Dr. Souto?
Dr. Souto: Rodrigo, recentemente num curso em São Paulo montei uma aula sobre esse assunto. O resumo seria o seguinte. O jejum intermitente, como você bem disse, no qual a pessoa alterna períodos em que ela come e períodos em que ela não está comendo. Tipicamente períodos de até 24 horas, ou 36 de jejum, alternados com alimentação. Isso aí está bem estudado. Está associado com uma séria de benefícios metabólicos. Em organismos inferiores… Em leveduras e roedores, inclusive, está associado com a diminuição do risco de desenvolvimento de tumores, aumento à tolerância de determinados estresses metabólicos… Enfim. Tem benefícios. Agora, a questão do jejum longo… Ela é complicada por vários motivos. Essas é uma daquelas situações em que a gente precisa falar um pouquinho da fisiologia. Quando a gente faz um jejum de 24 horas, o corpo vai buscar no glicogênio que está armazenado no nosso organismo a sua fonte de glicose. Ou seja, o corpo não precisa desmontar massa magra… Não precisa consumir músculo num jejum curto, num jejum de 24, 36 horas. Agora, num jejum de mais de 72 horas, a gente já esgotou completamente o glicogênio e existe um turnover… Quer dizer, uma remodelação das proteínas do corpo que ocorre todos os dias. Então, se nós não estivermos colocando proteína nova no corpo depois de alguns dias, nós começamos sim a perder massa magra. Não tem como ser diferente. Isso, inclusive, os estudos mostram… A perda de nitrogênio na urina. É uma forma da gente medir a quantidade de proteína que está sendo perdida. O Dr. Jason Fung, que nós já entrevistamos aqui, que é um especialista em jejum… Ele comenta que o jejum é uma situação na qual o corpo poupa proteína. Mas isso é relativo, Rodrigo, no sentido… Sim, o corpo poupa. Ele consome muito menos proteína no jejum do que ele consome quando você não está de jejum. Mas quando você está de jejum, você está comendo proteína para repor aquilo que o corpo está reciclando. Então, digamos… Vamos dar um exemplo. Vamos dizer que o corpo queime… Vamos usar um termo popular… Queime um terço da proteína que ele normalmente queimaria quando a gente não está em jejum, mas quando a gente está em jejum, ele queima um terço disso. Então, sim, ele está tentando poupar proteína. Mas como você não está comendo nada no jejum prolongado, você estará perdendo um pouco de massa magra todos os dias. Então, isso é uma das coisas. A outra é a seguinte. Continua-se perdendo sódio, água, eletrólitos. E isso pode dar desequilíbrios hidroeletrolíticos. Nos anos 60 houve uma moda de tratamento da obesidade com jejum prolongado. E foram descritas 5 mortes na literatura, sendo que algumas delas foram com 13 dias, 14 dias. Então, não foram apenas jejum de um mês, dois meses que essas pessoas começaram a morrer. Então, uma vez que aconteceu isso aí, se parou com isso. Então, quando a gente pesquisa a literatura sobre os jejuns prolongados, ela é uma literatura antiga. Ela é uma literatura que terminou lá nos anos 60. E nós simplesmente não temos estudos modernos com a tecnologia moderna para ver o que acontece ou como nós podemos prevenir determinadas complicações. E hoje, no Século XXI, provavelmente nenhum comitê de ética consideraria ético fazer um estudo desses, porque… Pelos riscos já demonstrados nesses estudos da década de 60. Então, eu diria o seguinte: não tem porque fazer isso. Eu acho que é um risco que não vale a pena tomar. Os benefícios dos jejuns prolongados são completamente teóricos. Isso tem que ficar muito claro para os nossos ouvintes. “Mas e o aumento da sobrevida? A redução do câncer?” Ninguém sabe se isso acontece em seres humanos. A gente sabe que as pessoas morrem se o jejum for muito longo. Agora, se elas vão viver mais ninguém sabe. Se vai diminuir a incidência de câncer… Eu sei que o Thomas Seyfried acredita, mas isso é uma crença dele. Isso nunca foi testado em ensaio clínico randomizado e provavelmente nunca vai ser, pelos motivos que a gente já colocou. Então, o que nós temos é uma situação com riscos reais e benefícios não comprovados.
Rodrigo Polesso: Uma coisa também é ter em mente o que a gente sempre fala aqui… De estilo de vida. Quando a gente fala em jejuns prolongados, de 3 dias ou mais, tem muita aplicação que o pessoal usa, terapêutica que é focado no tratamento de uma condição específica que seja. Isso já não é estilo de vida. Outra coisa que também acho muito importante o pessoal ter em mente é que é diferente a reação de um organismo doente a um jejum prolongado, de um organismo saudável a um jejum prolongado. Isso também é outra coisa que acho que varia muito a reação de uma pessoa saudável… Com o metabolismo aberto à queima de gordura… Está adaptado à queima de gordura e tudo mais. Nutritivo… Um estilo de vida saudável. Uma pessoa dessa provavelmente vai encarar um jejum de 72 horas e até mais bem mais facilmente, com menos riscos… Isso é tudo especulação… Do que uma pessoa que está doente metabolicamente. E hoje em dia a maioria que a gente sabe está doente metabolicamente. Antes de chegar e… O pessoal tende a querer exagerar sempre. Isso que é preocupante a gente falar… “O chá verde é bom…” Aí o pessoal toma cinco litros por dia de chá verde. Ou “jejum é bom”. “Pode fazer uma semana?” Não é assim, pessoal. É que nem aspirina. Se você tomar 15, não vai passar a dor de cabeça mais rápido. Vai dar outras dores. Eu acho bom ter isso em mente, segurar o freio, pessoal. Acho que antes de colocar a carroça na frente dos burros, é melhor andar com os burros um pouquinho para decidir o que fazer.
Dr. Souto: É. Eu acho que esse pêndulo estava originalmente num lado muito ruim, que era a ideia de que a gente tinha que comer de 3 em 3 horas… Que ficar 12 horas sem comer seria um absurdo… O pêndulo saiu desse extremo e agora o pêndulo foi para o extremo oposto de jejuns muito longos cuja a segurança não está estabelecida e que a gente simplesmente não vê necessidade. Então, vamos dizer… Quando a gente diz que jejum intermitente não produz perda de massa magra, nós temos referência bibliográficas, mas normalmente são o quê… Estudos nos quais as pessoas fazem jejum em dias alternados. Não comem num dia e comem no outro. Nestes aí não há perda de massa magra. Jejuns… Aquele esquema 5/2. A pessoa faz 2 dias de jejum na semana e come nos outros 5. Agora, ninguém diria que um jejum de 7 dias não perde massa magra porque é fisiologicamente impossível não perder massa magra num jejum de 5 dias. “Mas eu estou me exercitando.” Sim, acontece que parte das proteínas são recicladas e são perdidas na urina. Se você não está comendo, você não está repondo. Então, é evidente que se perde massa magra num jejum longo. E perder massa magra não é uma coisa boa. Então, eu diria o seguinte. Sugestão geral. Bom senso. Deixa o pêndulo voltar um pouquinho, pessoal. Jejum… A pessoa está querendo dar um “up” na sua perda de peso… Já está acostumada com uma low carb… Sente pouca fome… Quer fazer umas 48 horas… É uma pessoa saudável… Está bem. Toca a fica. Não tem problema. Mas coisas muito longas… Passou de 72 não tem nossa bênção. E se for alguém que usa, por exemplo, insulina, ou usa remédio hipoglicemiantes, então nem pensar.
Rodrigo Polesso: Não, por favor, pessoal. Vamos nos manter com os pés no chão um pouquinho. Segurar para não aumentar os riscos desnecessariamente, sem ter benefícios claros.
Dr. Souto: Foi uma boa pergunta e permitiu a gente esclarecer acho que bem isso aí.
Rodrigo Polesso: Sim, com certeza. Bom, a próxima pergunta é o Cristian Luiz Litvin. Ele pergunta… “Olá, Rodrigo, Dr. Souto. Seguido eu sou questionado. E os agrotóxicos nos legumes, vegetais, frutas e afins? Como se faz para neutralizar isso ao ingerir esses alimentos agredidos dessa forma? Teria como mencionar isso no podcast ou me responder? A comunidade Tribo Forte agradece.” Bom, começa lá, Dr. Souto, manda ver. Como você vai atacar esse tema?
Dr. Souto: Não é muito simples. Existem algumas dessas substâncias que são aplicadas na superfície que a gente consegue remover alguma coisa com a lavagem. Tem ouras que penetram. Essas que penetram… Por exemplo, na fruta… Penetram na maçã… Simplesmente limpar ou tirar a casca já não vai resolver. E tem outras que são absorvidas pela raiz. Aí, paciência. A resposta seria: num mundo ideal, comprar orgânico e fugir o máximo possível dessas substâncias. Saiu recentemente um artigo interessante. Eu vou providenciar a referência e vou mandar para o Rodrigo para ele disponibilizar aqui no final. Mas é uma referência mostrando que uma solução de bicarbonato é capaz de anular alguns tipos de agrotóxicos. Circula por aí uma ideia de que uma solução de iodo poderia fazer isso, mas não tem referência bibliográfica para isso. Não tem como a gente saber. Eu procurei no Pubmed. Agora, esta aí sim. Esta tem referência. Tem o estudo. O pessoal mostrou em laboratório lavando com diferentes soluções e a que teve melhor resultado foi com a solução de bicarbonato, cuja a alteração do pH produz a desintegração de determinadas moléculas que estão na superfície dessas plantas. É interessante. É um negócio que eu li há poucos dias. Eu não me lembro exatamente a proporção… Qual é a concentração de bicarbonato. Mas tem no estudo. A gente vai disponibilizar para vocês.
Rodrigo Polesso: Muito bom. Acho que a mensagem que você deu dos integrais… Comprar, quer dizer… Comprar os orgânicos quando possível é uma ótima dica. Comprar orgânico quando possível. Outra forma de comprar orgânico é talvez não comprar no mercado, que talvez seja mais caro, mas é você indo na feira. Na feira da fazendo e ver o produtor direto vendendo. É outra forma que talvez seja mais barata de consumir legumes frutas e vegetais que sejam orgânicos… Você conhece de onde é a fonte dele. Outra coisa: quanto mais gente for comprando orgânico, mais barato vai ficando com o tempo. Acho que o mundo está indo nessa direção já. Invariavelmente, acho que no futuro acho que os orgânicos vão ser… Espero que sejam a maioria, porque a demanda está aumentando bastante. A consciência está aumentando bastante. Mas para responder essa pergunta, gostaria de dar um passo para trás e falar o seguinte. Ele falou que as pessoas questionam ele a respeito disso. “E os agrotóxicos dos legumes?” Essas pessoas… Eu perguntaria assim para elas: vocês já otimizaram todo o resto da alimentação? As pessoas adoram focar nos detalhezinhos… Aqueles detalhes. Mas você já cuidou do elefante na sala? Você já poliu ele… Já lavou o elefante da sala antes… Já retirou os refinados, açúcares, já melhorou seu estilo de vida… Parou de fumar? Parou de se intoxicar? Esse tipo de coisa antes de pensar nesse detalhe nos agrotóxicos nos legumes? Vale a pena primeiro ter certificado de ter tomado conta dos elefantes da sala antes de focar nessas minúcias aí.
Dr. Souto: É bem lembrado isso aí. Eu vou traduzir o que ele deve estar querendo dizer. Quando ele vai falar para as pessoas que ele faz um estilo de vida no qual ele foca em alimentos naturais low carb, o pessoal questiona: “Mas e os agrotóxicos dos legumes?” Então, eu pergunto: Essas pessoas que comem pão e açúcar só comem legumes orgânicos? Elas comem legumes com agrotóxicos e pão e açúcar. Então, se você comer legumes com agrotóxico, mas não comer pão e não comer açúcar, você já está melhor. Então, assim… No fundo é… As pessoas tentando puxá-lo para baixo. Tentando achar defeito. A minha dieta não é uma dieta da proteína, como vocês pensam. É uma dieta que eu como um monte de vegetais. “Mas esses vegetais têm agrotóxicos.” Sim, e quem está dizendo isso não come agrotóxicos. Quem está dizendo isso, se não se dá nem ao trabalho de tirar os processados da dieta, deve botar agrotóxico na boca como se fosse ketchup.
Rodrigo Polesso: Exato. É uma perspectiva de se ver ao responder.
Dr. Souto: Telhado de vidro.
Rodrigo Polesso: É. A próxima pergunta é muito básica. Mas, lembrando, pessoal: Cada pergunta dessas tem por trás milhares de pessoas com a mesma coisa na cabeça. Só mostra quanto a gente tem que evoluir e disseminar essa informação. A pergunta vem da Ciudénia Diniz. Ela fala o seguinte. Eu gosto de mingau de maisena. Isso engorda? Bom, a gente já falou disso. A maisena é o amido do milho. O milho eu não considero nem alimento… O milho de hoje, pelo menos. O mingau de maisena é puro amido. Puro amido. Isso vai proporcionar aí um ganho acelerado de gordura, porque vai estimular a insulina, vai entrar aquela glicose toda no sangue, você vai bloquear a queima de gordura… Enfim, vai colocar seu corpo já… Eu suspeito que ela coma de manhã esse mingau de maisena. Coloca seu corpo de manhã no estado propenso ao armazenamento de gordura.
Dr. Souto: Eu acho que… Se ela nos escutou desde o início no podcast, ela agora já entendeu. Maisena é amido e amido é carboidrato. É tudo glicose. Dito isso, eu posso imaginar muito pouca coisa que engorde mais do que um mingau de maisena. Mingau de maisena seria uma estratégia que eu utilizaria para engordar alguém. Imagina uma pessoa que está saindo de uma anorexia e precisa fazer um tratamento para engordar. Eu acho que mingau de maisena estaria no meu top 10, junto com farinha láctea.
Rodrigo Polesso: Bom, tem uma diferença entre engordar uma pessoa e nutrir uma pessoa.
Dr. Souto: Sim, sim. Isso seria para recompor o subcutâneo da pessoa doente. Precisa ganhar gordura, então eu usaria mingau. Porque o mingau… O que acontece? Como ele foi aquecido, aquela maisena ficou mais fácil de digerir. Sempre quando a gente cozinha o amido, o amido fica muito fácil de ser digerido. O pico de glicose, de insulina, fica bem acentuado. Outra coisa… Como é um negócio pastoso, não precisa mastigar. Ele desce mais fácil. Vamos dizer… Seria muito difícil eu comer a mesma quantidade de carboidrato na forma de batata. A bata sacia muito. A bata tem muita água, tem muita fibra. A maisena não. A maisena é um pó de amido puro. Purificado. É só o amido. Aí a gente mistura aquilo com leite e açúcar. Realmente, eu não consigo imaginar nada que engorde mais do que isso. Acho que o resto é parelho.
Rodrigo Polesso: Para engordar mais que isso, só aquecendo junto um tablete de manteiga. Aí fica uma maravilha.
Dr. Souto: Essa é uma boa ideia.
Rodrigo Polesso: A gordura vai direto para estoque, automático.
Dr. Souto: Daí o que acontece? A gordura entra no corpo e aquela insulina super alta garante que essa gordura vai ser jogada direto para os adipócitos. Então, agora respondendo diretamente para ela: sim, realmente engorda muito. Na realidade, o objetivo é tirar os carboidratos, especificamente açúcar e amido. E especificamente os refinados. E a maisena é tudo isso. É amido puro e refinado. E ainda por cima numa forma pastosa e adoçada.
Rodrigo Polesso: É. E pobre em nutrientes. Aí uma combinação muito ruim.
Dr. Souto: Acho que a maisena nunca viu um nutriente. Se ver, periga morrer de susto.
Rodrigo Polesso: Exatamente! Bom, a última pergunta de hoje aqui. Eu fiz um vídeo bem recente essa semana sobre o café da manhã. Falando que não existe regra universal para se tomar café da manhã, não existe evidência científica nenhuma para dizer que o café da manhã emagrece ou engorda, enfim, quebrando um pouco esses mitos. E a pessoa perguntou o seguinte, quem perguntou é da Silva o nome, não sei. “Quando eu pulo uma refeição a minha cabeça dói bastante. No meu caso isso sempre acontece.” Eu costumo dizer que quando você pula uma única refeição e você se sente mal, isso pode ser sinal de que alguma coisa está errada no seu organismo. Porque eu dou aquela analogia: se você estiver fazendo trilha na floresta e você se perde por, sei lá, 3 ou 4 horas e você teve que pular o lanche, se você sentir dor de cabeça para baixo, não conseguir nem andar, isso não é uma coisa boa para a sua sobrevivência. Então a humanidade se fosse assim não estaria aqui até hoje. Então eu tendo a achar que se a pessoa pula uma refeição, uma pessoa que não está grávida… uma pessoa que pula a refeição e se sente mal, dor de cabeça, eu acredito que tenha algum problema enroscando esse metabolismo aí. Não sei. O que que você acha, dr. Souto?
Dr. Souto: Eu concordo. Agora, a minha sugestão para esse nosso ouvinte, é o seguinte: não pule a refeição se você sente dor de cabeça.
Rodrigo Polesso: Não é o primeiro passo, não é?
Dr. Souto: Escolha uma refeição low carb, escolha uma refeição de alimentação forte e aí você vai comer um alimento que não vai prejudicar os seus objetivos. Então, o problema maior não é pular ou não pular uma refeição. O problema maior é o que a gente come na refeição. E eu uso, viu, Rodrigo, como estratégia até no consultório… Hoje eu atendi, por exemplo, uma primeira consulta, então a menina chegou e queria saber como fazia e eu expliquei. E aí depois ela perguntou: e sobre o jejum? E aí eu digo assim: o jejum fica para daqui um mês. Se nesse… falei bem assim para ela… Se nesse meio tempo você sentir que a fome está diminuindo bastante, o que é uma coisa bem provável, e lá pelas tantas você estiver ocupada… digamos assim, poxa, está numa correria, tem trabalho pendente, chegou na hora do almoço, não está com muita fome e quer aproveitar a hora do almoço para trabalhar? Pode fazer, não tem problema nenhum. Então, eu disse para ela assim: o melhor jejum é o jejum espontâneo, aquele que a gente faz sem problema porque não está com fome mesmo. E aí o que acontece? À medida que ela for consertando o seu metabolismo, baseando o seu metabolismo menos em glicose e mais em ácidos graxos, o corpo começa a não ter esse problema. Essa dor de cabeça eu entendo que é uma espécie de síndrome de abstinência do corpo. Que a pessoa está acostumada a consumir carboidrato várias vezes por dia, de repente tira. Então, você no seu vídeo estava querendo dizer que o café da manhã não é essencial.
Rodrigo Polesso: Opcional.
Dr. Souto: É, você não estava dizendo que o café da manhã é ruim, é deletério para você. Então talvez o nosso ouvinte tenha interpretado assim: puxa, eu deveria tirar o café da manhã, o certo é pular o café da manhã. Não. Inclusive nós falamos em um podcast anterior, tem até alguns estudos sérios sugerindo que se tivesse que pular uma refeição, entre café da manhã e janta, pular a janta talvez fosse melhor. Para fins de emagrecimento e síndrome metabólica e tal. Mas acho que a mensagem principal é essa que você disse. Provavelmente ele ainda está precisando consertar um pouco o metabolismo, isso às vezes leva tempo. Mas não tem problema, porque tem tanta coisa gostosa e low carb para comer no café da manhã.
Rodrigo Polesso: Se tem! Com certeza. Ficou respondido aí. Então falando em comida, porque você não colabora com o pessoal e compartilha o que você degustou na sua última refeição.
Dr. Souto: Pois então no café… no almoço hoje eu comi uma coisa parecida com a que eu falei já num episódio anterior, que estava gostoso e eu resolvi repetir o cardápio. Que é um picadinho de frango com bacon mais vagem e tomates junto com arroz de couve-flor. É a mesma coisa que eu comi esses dias. Estava muito gostoso e eu resolvi pedi para fazer mais.
Rodrigo Polesso: Ótimo! Maravilha! Hoje eu fiz um baita de um ribeye steak, que é um bifão de 450 gramas, um pound, não é? Muito bom! Muito bom mesmo! Um avocado do lado, sensacional! Também não sinto fome por muitas, muitas horas. Assim foca fácil fazer jejum, não é? Quando você nutre seu corpo fica fácil fazer jejum.
Dr. Souto: Aí é uma barbadinha com um ribeye de 1 kg.
Rodrigo Polesso: Ah, está louco! Maravilha pessoal! É isso aí. Foram só perguntas e respostas, conte pra gente nos comentários se você curtiu esse formato. Acho que a gente pode fazer mais no futuro, acho que fica um assunto bastante variável. E claro, se você está ouvindo, você quer emagrecer passo a passo eu tenho o programa Código Emagrecer de Vez, você pode seguir passo a passo. E convido você a se tornar membro da Tribo Forte também para você conhecer o universo de receitas low carb, alimentação forte tem lá dentro, umas delícias aí que você pode começar a experimentar, além de todas as palestras gravadas dos eventos ao vivo da Tribo Forte e muito mais coisas. Então a Tribo Forte é só você acessar TriboForte.com.br. E para o programa de emagrecimento é só você acessar CódigoEmagrecerDeVez.com.br. Obrigado, dr. Souto! A gente se fala na próxima semana.
Dr. Souto: Obrigado. Até lá!