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No Episódio De Hoje:

Neste episódio:

  • Dicas e exemplos de como se comer BEM quando fora de casa, fora da sua cidade, do país e até mesmo na Rússia! Sabendo a filosofia alimentar da Alimentação Forte, não tem desculpa para não se alimentar bem viajando.
  • Diabetes tipo 2 é reversível! Essa mensagem está ficando cada vez mais popular, veja detalhes.

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Ouça o Episódio De Hoje:

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Transcrição do Episódio

Rodrigo Polesso: Olá! Bom dia, boa tarde para você. Esse é o episódio de número 80. Episódio especial do podcast oficial da Tribo Forte. Seu podcast número 1 de saúde, boa forme e estilo de vida… Emagrecimento saudável. O assunto de hoje vai ser interessante para muita gente que usa como desculpa estar fora de casa para não ter sua alimentação forte correta. Sacrificar sua saúde e estilo de vida por causa de falta de praticidade ou o que seja. O assunto principal de hoje vai ser como comer de acordo com a alimentação forte ou mais low carb mesmo fora de casa, ou até em outro país. Não usar isso como desculpa. A gente vai falar sobre esse assunto. E também uma chamada rápida aqui para a questão da diabetes tipo 2, como doença reversível. Pouca gente sabe, apesar de ser uma coisa conhecida na ciência já há bastante tempo. Esse episódio vai ser bastante valioso para você, eu espero. Bom dia para mim, boa noite para o Dr. Souto. Tudo bem por aí, Dr. Souto?

Dr. Souto: Tudo bem, Rodrigo. Boa noite. Boa noite aos ouvintes.

Rodrigo Polesso: Dr. Souto está nesse momento na Rússia. Você já vai entender o porquê. A gente vai falar um pouco mais sobre como fazer um estilo de vida low carb, alimentação forte em outros países – até mesmo na Rússia. Ele vai compartilhar a experiência dele lá também. Antes dessa questão, deixe eu trazer uma coisa importante. É a questão da diabetes tipo 2 como reversível. Saiu um artigo agora, dia treze na revista Time dos Estados Unidos, sobre essa questão do diabetes tipo 2 ser reversível. Vou traduzir simultaneamente o que eles colocaram. Uma análise publicada no Jornal Britânico de Medicina (British Medical Journal) tem como objetivo mostrar para os médicos e para o público um segredo pouco conhecido. A diabetes tipo 2, em muitos casos, é curável. Eles usam o termo “curável”. As pessoas podem reverter a diabetes perdendo 33 pounds de peso. 33 pounds dá uns 13 quilos mais ou menos. É o que dizem os autores desse novo estudo. Apesar do senso comum de que o diagnóstico de diabetes tipo 2 é permanente. Eles continuam. Se mais pessoas tentarem atingir esse objetivo de perda de peso, e se mais médicos foram documentando os efeitos de remissão do diabetes… As taxas de complicação e etc… O preço do cuidado da diabetes vai cair drasticamente, dizem os autores desse estudo. O professor de nutrição humana da Universidade de Glasgow, na Escócia, um dos líderes desse novo estudo… O nome dele ironicamente é Mike Lean – ou seja, “Mika Magro”. Coincidência à parte. Ele fala o seguinte: “Diabetes tipo 2 é uma doença que pode ser evitada quando você evita o ganho de peso.” Ele fala que programas de perda de peso baseados em evidência científica podem ajudar pessoas com diabetes tipo 2 atingirem remissão permanente, ou seja, a cura de fato. Eu percebo que ele fala bastante da questão do peso… Como o peso sendo entendido com a causa do diabetes. Na minha opinião e na do Dr. Souto também, acredito, não é essa a perspectiva. A gente acredita que o que causa o ganho de peso é a mesma coisa que causa diabetes… Que causa todos os outros problemas… Possivelmente a síndrome metabólica… É um problema metabólico causado pela qualidade da sua alimentação em si. Bem recentemente tive o prazer de conversar pessoalmente com o Dr. Jason Fung, que é uma das maiores autoridades do mundo hoje em reverter diabetes tipo 2 em pacientes. Ele faz isso há vários anos já. Eu sentei na frente dele e perguntei várias coisas. Ele deu uma verdadeira aula para a gente sobre essa questão. Ele disse categoricamente que diabetes tipo 2 é sim reversível. Ele faz isso todo dia. Para você ver essa conversa você pode ir no YouTube, no canal do Emagrecer de Vez. Eu coloquei o vídeo lá com a entrevista completa e com legendas em português. Se você entrar no EmagrecerDeVez.com você acha a transcrição em português completa. Se você está bem no inglês você pode ouvir o episódio 79 aqui do podcast da Tribo Forte, onde tem essa conversa completa lá. Dr. Souto… Saiu na revista Time… Dizendo que diabetes tipo 2 é uma doença curável… Acho que é uma notícia um tanto bombástica.

Dr. Souto: Pois é. Para nós não é novidade. Eu não tive a oportunidade de assistir a entrevista do Fung. Estou em viagem. A gente realmente não teve tempo. Estou muito curioso para assistir. A gente já conversou com o Jason Fung uma outra vez, num outro episódio. Eu já li o livro dele. Concordo plenamente com o que o Fung pensa. Mais do que isso, tenho a experiência de dia a dia, de consultório, de reversão de diabetes tipo 2. Como você disse, a obesidade está altamente associada ao diabete tipo 2. Mas daí a dizer que é uma causa é um pouco difícil, porque daí nós teríamos que explicar porque existem pacientes… E não são poucos… Existem pacientes com diabetes tipo 2 e que são magros. E que nunca foram obesos. Eu acho que o problema é muito mais a questão da resistência à insulina… Da hiperinsulinemia crônica que favorece tanto o ganho de peso como o diabetes tipo 2, que nada mais é do que uma situação extrema de resistência à insulina. Ou seja, a obesidade é mais um marcador da doença do que uma causa. Um marcador que pode, ou não, estar presente.

Rodrigo Polesso: Sim. Acho que esse tipo de informação traz uma grande liberdade e paz para pessoas que estão enfrentando essa doença. A gente sabe que o diagnóstico padrão dessa doença, como dito na revista Time é que você está fadado a uma doença progressiva sem cura. Quando as pessoas escutam isso, entram num estado mental de aceitação, de que tudo vai piorar daqui para frente. É um terrível estado mental de se estar.

Dr. Souto: Eu sempre digo para as pessoas… Por que se diz que a diabetes tipo 2 é uma doença progressiva? Incurável e progressiva. Porque se for feito o que atualmente se faz, que é ficar medicando esses pacientes sem orientá-los a diminuir os carboidratos da dieta… O diabete tipo 2 é uma doença de intolerância aos carboidratos… Isso, sem mesmo saber… Os próprios endocrinologistas admitem. Por que eu digo isso? Porque um dos critérios de diagnóstico é a pessoa não tolerar a glicose num teste de tolerância oral à glicose. Como eu diagnostico o diabetes? Uma das formas é eu administrar uma dose de glicose para a pessoa e fazer uma curva glicêmica. Se ela apresentar uma intolerância severa à glicose, eu chamo isso de diabetes. Então, diabete é uma intolerância à glicose. Agora, eu pego a pessoa que é intolerante à glicose e mando ela continuar comendo grandes quantidades de glicose… Tipo mais de metade das suas calorias diárias na forma de glicose todos os dias… Obviamente ela terá uma doença crônica e progressiva. Mas isso valeria para qualquer doença causada por uma exposição crônica a alguma coisa que a pessoa não tolera. Doença celíaca é dita como uma doença crônica e progressiva? Não. A gente não tem cura para doença celíaca. O paciente celíaco poder voltar a comer glúten. Isso não tem. Mas se ele parar de comer glúten, a doença deixa de ser progressiva e regride. O intestino dele cicatriza. Ele passa a não ter mais diarreia, perda de peso e má nutrição. Ou seja, a doença entra em remissão enquanto o celíaco parar de comer glúten. O diabetes, numa fase inicial… O diabetes tipo 2… Entra em remissão enquanto a pessoa parar de comer carboidrato. É simples assim. A pessoa que tem hiper-reatividade do pulmão, dos brônquios, porque fuma, vai melhorar quando parar de fumar. Mas se essa pessoa continuar fumando todos os dias, a doença será sim crônica e progressiva. A diabetes é a única doença causada por uma exposição conhecida em toda humanidade na qual a medicina não consegue se dar conta que basta retirar a exposição àquilo que a pessoa não tolera para a doença deixar de ser progressiva. É tão simples, tão evidente, que chega a ser constrangedor. É muito legal ver isso publicado no British Medical Journal. Uma revista peer-review respeitada e, portanto, repercutida na Time. Acho que os tempos estão mudando.

Rodrigo Polesso: Estão mudando com certeza. Espero que essa informação chegue em quem precisa. Vamos partir para nosso assunto principal de hoje aqui, que é como manter o estilo de vida alimentar da alimentação forte, low carb, cetogênica, paleo… Como você preferir… Fora de casa. Fora de casa, fora do país ou ainda na Rússia. Dr. Souto, como eu falei, está de férias na Rússia. Ele vem degustando pratos incríveis e bastante low carb pelo o que tenho visto também. Nesse ano eu passei quase metade do tempo fora de casa. Viajando pulando entre Canadá, Brasil, Estados Unidos, Japão. Sempre conseguindo manter esse estilo de vida sem o menor problema. Agora a gente quer passar algumas ideias para você sobre como manter sua alimentação forte fora de casa e parar de usar desculpas. Às vezes pode ser um pouco mais desafiador quando você está fora de casa, ou em outro país. Você não está acostumado. Você não vai achar o mesmo mercado que você sempre vai. Você não vai ter a cozinha em que está acostumado a cozinhar. Tem que fazer aquele esforço extra. A gente tem que parar de ser mimado e priorizar nosso estilo de vida. No mundo todo, em todo lugar, você encontra possibilidades para manter esse estilo de vida. Eu quero perguntar, curiosamente… Na Rússia… Dr. Souto está aí há vários dias já. Mais de uma semana por aí. Pelo o que tenho visto está degustando pratos sensacionais, extremamente nutritivos, de acordo com a filosofia da alimentação forte. Eu quero saber quais são os desafios. Está sendo difícil de encontrar? Quais são as dicas?

Dr. Souto: Rodrigo, está sendo fácil. Muito fácil. Eu não conhecia a Rússia. Não tinha ideia do que encontrar. Mas sempre vai ter opções. O que estou fazendo diferente é o seguinte. Eu não tinha Instagram. Agora passei a usar. Estou usando ele como ferramenta para que eu possa ajudar as pessoas de uma forma mais visual. Às vezes as pessoas enxergando as fotos conseguem entender mais do que mil palavras. Para quem tiver curiosidade de olhar, olha. É jcsouto. É o meu handle no Instagram. O que a gente faz? Para mim sempre facilita fazer um café da manhã bem reforçado. Eu não sou acostumado a fazer café da manhã em casa, no Brasil. Eu acordo muito cedo. Para mim é mais fácil tomar um café preto com uma colher de chá de nata. Aquilo ali me sustenta a manhã toda e não me toma tempo. Em viagem eu normalmente lanço mão do café da manhã incluso. Aquele café da manhã que já está pago na diária do hotel. Tomo um café da manhã bem reforçado. Existem hotéis onde o café da manhã incluído é muito ruinzinho. Mas mesmo nesses a gente vai encontrar pelo menos frios. Frequentemente uma omelete, queijo. Dificilmente a gente não vai ter um mínimo de opção. Aqui, por uma questão cultural do país eles têm, aparentemente, um café da manhã bastante compatível com a filosofia de uma alimentação forte. Tem ovos, tem omeletes. Tem frios de altíssima qualidade. Mas tem também coisas que a gente não está tão acostumado assim.

Rodrigo Polesso: Você adicionou vodca no seu café da manhã?

Dr. Souto: Não, não. Alimentação forte. Quem sabe. Tem coisas pouco usuais, como vegetais grelhados, tomates, picles. Nesse hotel que estou agora tem inclusive peixe no café da manhã. Se a pessoa quiser, se a pessoa gostar. Tem peixe cru, inclusive, para quem quiser no café da manhã. De acordo com a região onde a gente está no mundo, a gente vai encontrar mais ou menos opções. Mas um café da manhã bem reforçado acaba facilitando muito aquilo que para mim está se tornando um hábito em viagem, que é fazer um jejum intermitente durante o dia. Para mim, a viagem sempre acaba sendo uma viagem cultural, com visita a museus, salas de concertos. Muitas vezes a gente faz excursões. Faz um passeio de barcos nas cidades que têm rios. Aquilo ali acaba ocupando o tempo. Não tem necessidade da pessoa comer de três em três horas, como a gente sempre fala aqui. Se eu como um café da manhã bem reforçado, por que não deixar a próxima refeição só para a janta, economizar dinheiro de comida durante o dia… Tempo… E a questão do dinheiro, por que não?  A Rússia não é um país caro. O real aqui vale bastante. Na Europa a gente gasta muito em qualquer coisinha… Qualquer lanchinho custa caro. A gente sempre brinca da dieta do jejum intermitente. A dieta do jejum intermitente que consiste em não comer é muito barata. Obviamente, a pessoa pode, se quiser comer alguma cosia… Sempre vai encontrar um restaurante onde tenha qualquer opção. Qualquer restaurante tem um menu. O menu significa que você tem a opção. Ninguém vai lhe forçar a comer nada. Quem quiser olhar no Instagram… Eu sugiro muito porque vai ilustrar o que estamos falando aqui. Os pratos que eu tenho experimentado na viagem são ratos deliciosos. Não há aquela ideia de “a pessoa até consegue comer, mas perde a graça”. A minha mulher estava comentando ontem. “Por que você salienta que não perde a graça?” Porque as pessoas alegam isso. As pessoas dizem, “Afinal estou em viagem… Gastei esse dinheirão em passagem.” Aí a pessoa chuta o balde. Engorda vários quilos durante a viagem. Depois tem dificuldade de perde-los. Quando volta para o Brasil diz, “Não consigo fazer mesmo.” Aí depois aparece para consultar com 10 ou 15 quilos a mais dizendo que o começo da perda de controle foi uma viagem. O que quero mostrar com aquelas fotos é o seguinte. Desde saladas… Desde entradas… Desde pratos principais… De peixes, de carnes… A gente tem opções deliciosas. Opções típicas. Opções características de cada país, que sempre vão ser compatíveis. Se a pessoa quiser experimentar uma sobremesa diferente… A gente sempre diz aqui. Não é o que você faz de vez em quando que vai definir o resultado. É o que a pessoa faz no dia a dia. Resumindo em uma frase: não é nada difícil. Pelo contrário, ainda não jantei nu restaurante ruim aqui na Rússia.

Rodrigo Polesso: A gente vê o que muda de um país para outro, seja no continente que for. São as indústrias daquele país. O que sempre tem em qualquer país é comida de verdade. Sempre vai ter um rio com peixe, vai ter terra, vai ter gado, vai ter porco, vai ter ave, vai ter galinha, vai legumes… Vai ter o que é que seja. Sempre vai ter alimento de verdade. As indústrias podem variar. Essa é uma constante no mundo inteiro. É uma experiencia cultural você degustar o que o país tem a oferecer. Se você for para Europa, países mediterrâneos, você pode focar mais em peixes, frutos do mar. Se você for no deserto… Você pode conseguir minhas tâmaras no deserto. Na Rússia você pode querer a vodca, quer dizer, você pode ter outros alimentos também.

Dr. Souto: Eles gostam muito de picles, repolho, beterraba… Esse tipo de coisa. Tem sopas disso. Sopas de cogumelo. Cogumelos recheados. Cogumelos assados. Com um tempero todo especial, característico. “Mas estou indo para a Itália”. Acho que isso insulta um pouco a culinária italiana… Falar só de massa e pão. Isso seria mais ou menos a mesma coisa do que resumir para um estrangeiro… “Me fala como é a culinária no Brasil.” “É arroz com feijão.” Será que estou sendo honesto com a culinária do Brasil se eu disser que a culinária do Brasil se resume a arroz com feijão? Assim como a culinária do Brasil não é só arroz com feijão, a culinária da Itália, mediterrânea, não é só massa e pão. As pessoas veem o que querem ver. Você falou em mimimi e eu vou concordar. “Eu não pude fazer porque eu estava na Itália.” A pessoa utilizou a ida para a Itália como uma justificativa para alargar. Isso é uma opção pessoal. Quando você apresenta o passaporte, o sujeito não diz assim: “Coma um pão na minha frente, senão não deixo entrar no país.” Ninguém vai enfiar a massa na sua boca. É uma opção. O motivo das postagem fotográficas no Instagram é justamente olhem as fotos e reflitam um pouco se elas acham que aquilo é restritivo, se foi pouco aproveitado do ponto de vista gastronômico. As fotos podem dizer isso melhor do que qualquer coisa que a gente possa falar.

Rodrigo Polesso: Eu gosto de pegar nessa questão que você falou do mimimi. Muitas pessoas dizem isso. Eu vejo comentários nos meus vídeos. “Mas eu moro na Itália. Aqui tem muita massa.” “Moro nos Estados Unidos, tem muita porcaria.” A polícia não vem para sua casa e te escolta até o fast food para você comer. É uma opção sua. Pare de ser essa pessoa imatura e mimada e priorize o que você quer atingir na sua vida. Se você quer ficar em forma, com saúde e viver até os 150 anos de idade, pratique os hábitos. Faça o esforço necessário para criar esse estilo de vida. Pare de colocar desculpa nas circunstâncias. É isso que adultos fazem. Não tem outra forma de falar isso. Se você não gosta, provavelmente você está nessa situação. Que se dane. Eu prefiro falar direto para as pessoas que podem ouvir. Quem ouve esse podcast sabe que uns têm menos papas na língua do que outros. Uma dica bacana de quando está comendo fora do país é que todo restaurante tem um menu. A menos que seja um fast food, você tem no menu uma opção de uma proteína grelhada. Um frango, um hambúrguer (não o pão), um bife, um peixe. Tem sempre uma opção de salada. Nunca é obrigatório vir com o molho por cima. Você pode sempre pedir o molho do lado. Você pode pedir sem croutons, por exemplo. Você ode pedir azeite de oliva. E pedir sua proteína com legumes na manteiga ou legume feitos no vapor. Basicamente todo restaurante (não fast food) tem opções semelhantes a essa. Esse é o exemplo mais fácil, talvez, de você manter uma alimentação forte fora de casa com proteína de qualidade, gorduras boas e carboidratos inteligentes, que são as fibras e legumes de baixo índice glicêmico. Seria uma fórmula simples de se aplicar em qualquer lugar.

Dr. Souto: É extremamente simples de ser aplicada em qualquer lugar. Está me surpreendendo num lugar que para mim é diferente. Eu não conhecia e está sendo muito simples. Nos Estados Unidos é extremamente simples utilizar essa fórmula que você falou. Lá existem algumas opções que são… Se a pessoa estiver curta de dinheiro e quiser ir num fast food, pede sem o pão. Eles fazem. Quem quiser olhar um exemplo disso aí, pode no Google “Souto Dieta Viagem”. Vocês vão encontrar uma postagem de como fazer low carb em viagem feita nos Estados Unidos. Nos Estados Unidos existem aqueles restaurantes intermediários. São redes que tem em todas as cidades, mas que não são exatamente fast food. Coisas como Applebee’s, Outback. É possível pedir um bom filé com salada e legumes na manteiga por um preço razoavelmente acessível.

Rodrigo Polesso: Até o Cheesecake Factory. Eu estava em Fort Lauderdale há pouco tempo atrás. A gente foi no Cheesecake Factory. Claro que tem o cheesecake. Mas tem ótimos pratos quentes. Você consegue customizar da forma que quiser. Nos Estados Unidos não tem desculpa. Eu já ouvi gente falando que é difícil nos Estados Unidos, na América do Norte porque tem muito fast food.

Dr. Souto: Tudo é difícil quando a gente não quer.

Rodrigo Polesso: Perfeitamente. Isso resume tudo na minha opinião.

Dr. Souto: A facilidade que está sendo aqui é uma coisa incrível. Às vezes eu vejo os comentários que as pessoas fazem no Instagram. “A Rússia é o paraíso low carb.” Não. A gente pode transformar qualquer lugar num paraíso low carb. Isso depende da gente. Não pensem vocês que estão me ouvindo e que acompanham as postagens do Instagram que no menu não tem alternativas high carb. O menu está cheio de pães. O menu está cheio de massas. A gente que faz a diferença com as escolhas. Eu recebi um meme uma vez por email. Tinha uma foto de uma pessoa rezando. “Estou fazendo a dieta da fé. Como de tudo e espero por um milagre.” Existe essa dieta da fé. Todas as outras, sem nenhuma exceção, vão restringir alguma coisa. Todas. Existem aquelas que restringem calorias. A pessoa está sempre com fome. A pessoa tem que comer de três em três horas. Não funciona. E existe a alternativa. Vamos restringir carboidratos. Vamos comer bem. Comer com alegria. Vamos ter menos fome durante o dia. É uma alternativa. Não é única. A da fome existe para quem preferir. A da fé não costuma trazer bons resultados.

Rodrigo Polesso: Verdade. A fé pode mover montanha, mas não move gordura. Para finalizar esse episódio, vamos ver o que você degustou na última refeição. Afinal, já está chegando na hora do jantar. Não sei se você já jantou hoje ou vai jantar depois do podcast. Tem alguma coisa planejada? Se você não comeu, pode mencionar o que comeu no café da manhã.

Dr. Souto: Eu não jantei ainda porque agora são 19 horas aqui. A última refeição foi o café da manhã. O café da manhã foi omelete. Aqui no hotel tem um sujeito que faz omelete. Eu mando ele misturar tudo. Cebola, tomate, presunto, queijo e cogumelos. Ele faz uma omelete com tudo isso aí. Eu comi isso aí mais uns tomatinhos. Mais um iogurte natural. Comi bastante coisa, porque o objetivo era comer mais nada durante o dia. Hoje de tarde, quem acompanhou as fotos, viu que caiu uma chuva. A gente entrou num café que parecia simpático. Naquele café pedimos uma tábua de queijos. Não precisa pedir croissants porque você está num café. Dá para pedir uma tábua de queijos. O plano agora é entrar na internet e ir num novo restaurante. Vai ser algo nos moldes que você falou. Um peixe, uma carne, um grelhado, salada, legumes na manteiga. Aqui tem algumas outras coisas típicas. Ontem eu comi um prato muito interessante. Era quase como um escondidinho, mas em vez de ser escondido em purê de batata ou mandioca, era queijo gratinado. Era um negócio espetacular.

Rodrigo Polesso: Você não provou os pirogues?

Dr. Souto: Nem sei o que e isso. Talvez eu tenha provado mas não saiba o nome.

Rodrigo Polesso: Não é low carb. Assim como coxinha é famoso no Brasil acho que pirogue é bem famoso na Rússia. Mas não é low carb. Aqui são 10 para o meio-dia. Vou fazer uma carne moída com espinafre cremoso feito com óleo de coco, que é uma das minhas novas descobertas caseiras que eu adoro. Óleo de coco não, leite de coco. Corta cebola, põe na panela com um pouco de manteiga. Deixa ela ficar um pouco douradinha. Depois coloca uma lata inteira de leite de coco integral dentro. Dá uma cozinha rápida. Quando começar a ferver, você abaixa. Daí coloca um balde cheio de espinafre dentro. O espinafre vai diminuir em volume bastante rápido. Coloca um pouco de alho em pó, um pouco de sal. Dá uma cozinha por 5 minutos. Pronto. Fica uma sopa de espinafre extremamente saborosa. Eu peguei quando fui numa churrascaria nos Estados Unidos chamada Ruth’s Chris. Eu pegava um baita de um bife e tinha esse espinafre cremoso. Eu provei e falei, “Que beleza, mas não sei o que tem aqui dentro.” É basicamente cebola, manteiga, leite de coco e espinafre. Uma delícia. Eu faço a carne moída do lado como fonte de proteínas. Vai me alimentar perfeitamente por muitas horas. Dr. Souto, espero que continue aproveitando sua experiência russa. A gente se fala na próxima semana. Obrigado pelo seu tempo. Uma boa noite para você.

Dr. Souto: Obrigado, Rodrigo. Obrigado aos ouvintes. Na próxima sexta-feira já no Brasil.

Rodrigo Polesso: Beleza. Até mais.

Dr. Souto: Tchau.