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No Episódio De Hoje:

A verdade precisa ser dita:

  • (Dejavù) Mais uma vez precisamos falar da gordura saturada porque Harvard (novamente) faz um papelão publicando um estudo “repetido” e fraco para ataca-la. Vamos ver o que as evidências de fato dizem…
  • Como é possível se comer 1027 kcal a menos por dia sem ao menos tentar comer menos? Low carb é a resposta!
  • O que comemos na última refeição.

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Referências do Episódio

Novo estudo de Harvard condenando a gordura saturada

Artigo do Dr. Souto sobre fome e lowcarb

Estudo sobre fome e lowcarb

Estudos mostrando que NÃO há associação entre gorduras saturadas e problemas cardíacos: 1 2 3 4 5

Transcrição do Episódio

Rodrigo Polesso: Olá, bom dia boa tarde ou boa noite para você. Você está ouvindo o episódio número 39 do podcast oficial da Tribo Forte. Esse é o podcast número 1 do Brasil em audiência na área da saúde. Você está ouvindo o podcast oficial da Tribo Forte, com o Rodrigo Polesso e o Dr. José Carlos Souto. Assuntos como emagrecimento, saúde, alimentação e estilo de vida são tratados de forma imparcial doa a quem doer. Para se tornar um membro da Tribo Forte, entre em TriboForte.com.br. Estou aqui de novo com o Dr. Souto. Se você já vem nos acompanhando há um tempo, terá bastante déjà-vu. Falaremos de bastante coisas que já falamos antes, mas será interessante dar um take novo nisso aqui. Falaremos sobre a volta do medo da gordura saturada. Falaremos sobre um estudo de Harvard disseminado pela mídia mundial de várias formas e continua gerando uma impressão errada nas pessoas. Falaremos sobre o que tem por trás disso… Porque isso está acontecendo… Será que temos que ter medo mesmo? Vamos falar sobre isso. Mostraremos também um estudo bastante bacana que mostra como sua ingestão de calorias pode ser espontaneamente reduzida com uma alimentação forte low carb. Falaremos sobre um estudo que mostrou isso. Como as pessoas podem comer menos focando na qualidade dos alimentos? Se você nos acompanha, essa informação não é nova, mas é legal ver um estudo que mostra isso em pessoas reais. Boa tarde, Dr. Souto, tudo bem?

Dr. Souto: Boa tarde. Agora já é até boa noite. Tudo bom, Rodrigo. Boa tarde aos ouvintes.

Rodrigo Polesso: Temos um relato da comunidade. É legal ver o pessoal tendo resultados positivos com alterações no estilo de vida. O Grabriel Santos Albert fala o seguinte: “Boa noite. Após três semanas seguindo as dicas do livro (o livro do Emagrecer de Vez) e ouvindo os podcast da Tribo Forte já se foram 5 quilos. Além disso, a disposição voltou – não é mais necessário jogar litros de água no rosto após o almoço. E o melhor de tudo é a quebra de mitos e paradigmas totalmente equivocados que segui durante a vida toda. Obrigado a todos que fazem o Emagrecer de Vez. Está mudando a minha vida.” Nunca nos cansamos de ver que as vidas das pessoas estão mudando através da transformação da alimentação. Ficamos cada vez mais querendo que as pessoas compartilhe mais isso.

Dr. Souto: Volta e meia eu mando para o Rodrigo por Whatsapp o relato de alguém. Isso é o que faz a gente querer continuar trabalhando. É muito legal. É uma sensação sensacional.

Rodrigo Polesso: Para cada um que vem falar existem muitos outros que não falam. Alguns comemoram em silêncio. Pessoal, vamos sair do silêncio! Vamos aumentar ainda mais essa bola de neve de saúde e estilo de vida. Caso você ainda não siga a Tribo Forte, entre em TriboForte.com.br. É uma coisa que só aumenta a cada dia. É um organismo vivo que aumenta em tamanho e qualidade a cada dia. É só entrar em TriboForte.com.br. Lá eu explico certinho o que você encontrará lá dentro. Se torne um membro dessa família sensacional. O primeiro assunto de hoje será a gordura saturada e problemas cardíacos… esse velho assunto. Quem acabou postando um artigo novo sobre isso foi nada menos que a Universidade de Harvard. Esse é um grande déjà-vu. No episódio número 21 da Tribo Forte a gente falou a gente falou exatamente da mesma coisa. Era um estudo de Harvard falando a mesma coisa sobre gorduras saturadas… problemas cardíacos… falamos sobre todo esse assunto no episódio 21. Parece que Harvard acaba publicando vários estudos nesse ramo. Vamos entender um pouco mais do porquê que isso acontece. Só Harvard consegue publicar artigos quase duplicados. Outras instituições não conseguiriam publicar. E foi publicado no British Medical Journal, que é um jornal conceituado. A conclusão desse estudo, que foi publicado agora no dia 23 de novembro (bem recente), é a seguinte: “Uma maior ingestão de gordura saturada está associada com o aumento do risco de problemas cardiovasculares.” Eles também dizem o seguinte: “As recomendações dietéticas para a prevenção de doenças cardiovasculares devem continuar focando em substituir o total de gordura saturadas ingeridas com outras gorduras mais saudáveis.” O pessoal que faz alimentação forte, que é paleo ou low carb, deve estar se segurando na cadeira ao ouvir esse tipo de coisa. É isso que esse estudo novo de Harvard veio dizendo. O problema é que a mídia deu seu take sobre isso de diversas formas no mundo inteiro. A conclusão deles não é tímida, é bem petulante. A mídia usa isso para fazer seus títulos da forma que bem entendem. O importante para eles é colocar “gorduras saturadas” e “problemas cardíacos” na mesma frase. Isso tem sido feito há muitas décadas. As pessoas já sabem desse mito e o aceitam como verdade. Quando Harvard solta esse tipo de informação, acaba sendo mais um prego nesse caixão da gordura saturada. Dr. Souto, por que esse estudo de Harvard merece menos atenção do que ele acaba tendo? Por que Harvard insiste em publicar esse artigo? Você poderia falar mais sobre os bastidores de Harvard e a fonte das informações desse estudo? O pessoal vai ficar bastante chocado com a verdade.

Dr. Souto: Esse estudo é “novo”, mas na realidade é o mesmo estudo publicado várias vezes por Harvard em vários periódicos científicos diferentes. Outras instituições não conseguiriam fazer isso. Um estudo científico que é publicado deve ser inédito. Uma das coisas que a revista científica exige é que o estudo seja original, inédito e faça uma contribuição original para o conhecimento científico – é tudo que esse estudo não é! A Escola de Saúde Pública de Harvard tem um grande número de pessoas que são acompanhadas durante um tempo. Periodicamente são aplicados questionários que perguntam quanto a pessoa come, se ela fuma, se ela usa remédios, se ela faz exercícios. Periodicamente são feitos exames, como exames de sangue. Esses dados vão sendo acumulados num grande banco de dados. Esses serviços com muito dinheiro, como a Escola de Saúde Pública de Harvard tem muitos alunos de doutorado e pós-doutorado. E esse pessoal está sempre precisando publicar suas teses. Volta e meia o pessoal pega esse banco de dados, pesquisa uma coisinha diferente (faz uma pequena modificação)… e como leva o selo “Harvard”, as revistas aceitam a republicação eterna das mesmas coisas. Então, a Escola de Saúde Pública de Harvard já publicou N vezes a reanálise desses mesmos dados e sempre concluem a mesma coisa: “a gordura saturada faz mal para você”. O Rodrigo já falou qual é o problema: basicamente, está impregnado na cabeça de todas as pessoas que gordura saturada faz mal. Vou falar um outro detalhe dessa coorte. Essa coorte é feita só de profissionais da saúde. Harvard achou mais fácil incluir milhares de enfermeiras e médicos porque são pessoas que teoricamente fazem exames com mais frequência e vão ter mais facilidade para responder os questionários de saúde (porque conhecem a terminologia). Mas essas são justamente as pessoas que já estão convencidíssimas de que a gordura faz mal. Um profissional de saúde já aprende na universidade que gordura saturada faz mal, então, se mesmo assim ele consome gordura saturada, esse é um sujeito que gosta de ter comportamentos de risco… talvez ele use drogas, talvez fume, talvez beba antes de dirigir, talvez não use cinto de segurança, coma fast food, não vê problema em mergulhar a batata frita no sorvete todos os dias… afinal, se ele come gordura saturada, ele não se preocupa em comer “veneno”. O consumo de gordura saturada nesse tipo de população é um marcador de pessoas que têm um comportamento de risco no que diz respeito à saúde.

Rodrigo Polesso: Esse estudo é um estudo associativo e observacional no qual as pessoas relatam num questionário esse tipo de informação. Não é nada bem controlado.

Dr. Souto: Vamos repetir nosso mantra: observação não permite estabelecer causa e efeito. Um estudo observacional é melhor do que nada, mas não é esse o caso. Já temos ensaios clínicos randomizados, que são experimentos que permitem estabelecer causa e efeito mostrando o contrário: gordura poliinsaturada, dos óleos vegetais (das margarinas) aumenta seu risco cardíaco e seu risco de morte quando comparada com a gordura saturada. Não estou alegando que a gordura saturada é a coisa mais saudável do mundo. Conversamos em outro podcast que, possivelmente, a gordura monoinsaturada seja a campeã nesse sentido. Provavelmente, é melhor comer peixes, azeite de oliva, nozes, castanhas do que torresmo frito na banha e manteiga no café. Uma vez explicado isso, essa ideia de que a gordura saturada é inerentemente ruim e vai lhe matar simplesmente não é sustentada pelos ensaios clínicos randomizados. Mas esse estudo específico tem um detalhe muito interessante. No final dele aparecem os conflitos de interesse e financiamentos. Metade dos autores do estudo é vinculada à Unilever, que é um fabricante de margarina e óleos vegetais. Quando eu digo “vinculado”, não estou falando que receberam um financiamento para conduzir o estudo – metade dos autores do estudo são empregados da Unilever.

Rodrigo Polesso: Isso é chocante. A Nina Teicholz falou no Twitter: “Uma realidade desconfortável do século 21 – metade dos autores desse paper são empregados da gigante indústria de óleos vegetais.”

Dr. Souto: “Fulano, Sicrano e Beltrano are employees of Unilever.” Está bem claro. E ainda tem entre parênteses: “Unilever is a producer of food consumer products.” Ou seja: Fulano, Sicrano e Beltrano são empregados da Unilever e a Unilever é fabrica produtos de consumo alimentar. É um conflito de interesse. É absolutamente fantástico. A mídia como sempre relata isso sem crítica. Eu sugiro que você que estão ouvindo podcast deem uma pausa, votem no episódio 21 e o escutem. Eu não tenho certeza, mas acho que fiz uma profecia no episódio 21. Se eu me lembro bem, eu disse: a cada 6 meses (aproximadamente) Harvard pega suas velhas coortes e republica em algum periódico. Isso foi em julho de 2016. Estamos em novembro. Deu um pouco menos de 6 meses. Confirmem depois para eu saber se fui profético ou não.

Rodrigo Polesso: Você pode tentar ser profético novamente.

Dr. Souto: Antes da metade de 2017 isso vai aparecer novamente. É uma forma de entupir a literatura com essa bobagem. Quem está sempre analisando, já conhece os nomes desses autores. Eu já sei que o Dr. Frank Hu vai aparecer lá. Eu já sei que o Dr. Walter Willtett vai aparecer lá. Quando eu vejo determinados nomes, eu já sei o que eles vão concluir. A verdadeira ciência é o contrário. Eu formulo uma hipótese e vejo se tenho alguma forma de falsificar essa hipótese com os dados. Se de alguma forma eu conseguir derrubar a hipótese, saberei que ela não é verdade e eu terei que melhorar minha teoria. Esses autores específicos consideram que eles já chegaram na verdade. Para eles, a verdade é que a gordura saturada faz mal. Então, eles procuram dados que confirmem essa opinião. Essa coorte tem esses vieses de serem pessoas que trabalham na área da saúde e acham que gordura faz mal – naturalmente, isso vai aparecer no resultado do estudo. Como eles estão em Harvard, eles conseguem publicar mil vezes. Quem não é da área e não reconhece os nomes dos autores vê que existem vários estudos mostrando que a gordura saturada faz mal. Mas é o mesmo estudo publicado várias vezes! É o mesmo estudo, com os mesmos problemas, publicado várias vezes. Não é textualmente o mesmo estudo, já que eles reescrevem e fazem reanálises matemáticas da mesma coisa. É como pegar a mesma modelo fotográfica, fazer vários ensaios fotográficos diferentes e publicar várias vezes… será a mesma modelo!

Rodrigo Polesso: A fonte de dados é mesma. Não importa quanto maquiagem existe nos dados… a fonte é a mesma. É um estudo de longo prazo baseado em questionários. Existem outras bandeiras vermelhas sobre esse estudo também. A primeira coisa foi eles falarem que esses resultados estão alinhados com as diretrizes correntes do USDA dos Estados Unidos. Para que dizer isso? Por que não concluir imparcialmente? Por que não dizer que estão simplesmente alinhadas com o governo?

Dr. Souto: O British Medical Journal publicou vários estudos mostrando que a gordura saturada não é problema. Podemos relembrar o ensaio clínico randomizado de Minnesota com mais de 9 mil pacientes que mostrou que a substituição de manteiga por óleo de milho provocou uma mortalidade maior. Isso tudo saiu no British Medical Journal. Então, acho que fizeram questão de submeter esse estudo no British para que os leitores do British pudessem ver que Harvard está defendendo as diretrizes vigentes. Acho que foi uma coisa bem chapa branca.

Rodrigo Polesso: Outra bandeira vermelha é que o primeiro artigo que mencionou esse estudo disse que essa conclusão vem para mostrar que essa “mania” de que manteiga faz bem está errada. Pela perspectivas da Unilever, isso é interessante. Eles querem falar que comer manteiga é uma mania e que o melhor é encher o bucho de óleos vegetais – e você acabou de falar que é provado que isso não é verdade. Essa é uma bandeira vermelha muito grande de conflito de interesse que surgiu a partir desse estudo.

Dr. Souto: Vamos lembrar da correlação do consumo de chocolate com o Prêmio Nobel. A correlação não estabelece causa e efeito. Hoje eu estava lendo um estudo da minha especialidade, urologia. Eu encontrei o seguinte estudo “periodontite crônica e o risco de disfunção erétil – uma revisão e metanálise”. Eles chegaram à seguinte conclusão: há uma associação entre disfunção erétil (problemas de impotência sexual) e periodontite. Isso é uma associação forte… 2.28 significa que existem 2.28 vezes o risco de ter disfunção erétil se a pessoa tiver periodontite. Provavelmente, ao invés de tomar Viagra, você pode começar a escovar os dentes.

Rodrigo Polesso: Exatamente.

Dr. Souto: Obviamente, não é o fato do sujeito escovar os dentes mal que está causando isso. Há variáveis ocultas aí. Os fatores de risco para ambas as coisas são os mesmos. Quando o caso é bizarro, fica fácil ver isso. Nesse caso, a correlação é forte… Temos 2.28 vezes o risco de ter disfunção erétil se eu tiver periodontite. Já esse estudo de Harvard, são números do tipo 1,07 de risco – ou seja, está dentro da margem de erro. Normalmente, nem se dá bola para riscos relativos menores do que 2 em estudos de associação. Estudos de associação têm uma chance muito grande da associação ser espúria, como é o caso do chocolate e Prêmio Nobel. A associação tem que ser muito forte para que consideremos que aquilo é uma hipótese razoável a ser testada em ensaio clínico randomizado. No caso da gordura saturada, ela já foi testada em ensaios clínicos randomizados e já foi refutada. Eles deveriam ter vergonha de republicar isso novamente. Quando um estudo de associação é publicado sem existir um ensaio clínico randomizado… aquilo está contribuindo para o conhecimento e para a ciência, pois está gerando hipóteses. Mas depois de um ensaio clínico randomizado já ter selado o caso, republicar isso é uma vergonha. E digo mais, Rodrigo. Vamos lembrar que uma das coortes que está publicado nesse estudo de Harvard é a mesma coorte que nos anos 90 já esteve errada no que diz respeito à reposição hormonal feminina. É a mesma coorte que mostrou que a reposição hormonal diminuía o risco cardiovascular e depois os ensaios clínicos randomizados mostraram que era o contrário – isso, na verdade, aumentava o risco. As pessoas que faziam a reposição hormonal eram as que tinham um nível socioeconômico melhor, mais acesso a médicos, fumavam menos e faziam mais exercício. Ou seja, é uma coorte que já se mostrou errada várias vezes, e eles continuam publicando. Eu fico louco.

Rodrigo Polesso: É uma grande vergonha que uma instituição como Harvard passe esse vexame de publicar um negócio desse. Existem esses ensaios clínicos randomizados sobre a substituição de gorduras saturadas por gorduras vegetais que mostram que isso é uma péssima ideia. Vamos colocar no EmagrecerDeVez.com pelo menos 5 estudos que mostram metanálises de vários estudos observacionais que concluem exatamente o oposto. Por exemplo, existe um de 2015 que conclui que gorduras saturadas não estão associadas com todos os tipos de mortalidade, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e um monte de outras coisas.

Dr. Souto: Tem um de 2016, bem recente, com 42 países, que mostra uma relação inversa: quanto mais gordura saturada, menos problemas cardiovasculares. O que significa quando eu tenho um monte de estudos observacionais que dizem coisas diferentes? Significa que a gente precisa deu ensaio clínico randomizado. Felizmente, eles existem e já resolveram o problema. Gordura saturada não é causa de doença cardiovascular. Vamos trocar o disco, virar a página.

Rodrigo Polesso: Exatamente. Essas metanálises vêm para mostrar o seguinte: a maioria dos estudos que analisam isso mostram que não existe uma associação. Tem uma metanálise de 2015, uma de 2014, uma de 2016, uma de 2010 e uma de 2009. Vou colocar todos os links no EmagrecerDeVez.com no artigo desse podcast. Você verá que, nem em estudos observacionais a maioria deles mostra o que esse estudo de Harvard mostrou.

Dr. Souto: Eu falei errado. O de 2016 não é uma metanálise, mas sim um estudo isolado. Enfim, quero dizer o seguinte. Se for para mostrar estudo observacional, posso escolher um que diz o que eu penso. Na verdade, as metanálises ajudam porque agregam estudos. E a maioria das metanálises mostram que não existe associação nenhuma. Eu concordo que isso não torna a gordura saturada algo que deva ser consumido em grande quantidade ou que “quanto mais, melhor”. Não é isso que estamos dizendo. Estamos dizendo que ela é provavelmente neutra. Portanto, consuma alimentos que são mais nutritivos, pobres em carboidratos refinados… Se esses alimentos tiverem uma quantidade maior de gordura saturada, não tem problema. A gordura saturada não está associada com doença cardiovascular. Se eu puder consumir alimentos que não estão associados com doenças cardiovasculares e que protegem o coração (nozes, azeite de oliva, peixe) melhor. Mas tem que parar com a fobia da gordura saturada. Isso é simplesmente ridículo em 2016. É ignorar um grande corpo de literatura publicada de alta evidência. Harvard está fazendo um papelão.

Rodrigo Polesso: Na minha opinião, você não precisa nem saber o que significa gordura saturada. A natureza já fez um bom trabalho químico em selecionar o que é bom ou não para nós. Então, foque em se alimentar com alimentos verdadeiros.

Dr. Souto: Na realidade, você está corretíssimo.

Rodrigo Polesso: Para complementar, vou dizer que existe uma associação positiva entre gordura saturada no plasma sanguíneo e problemas cardiovasculares. Mas aí é outro assunto, assim como a questão do colesterol. Assim como existe associação positiva entre o colesterol no sangue e problemas cardiovasculares… A gordura saturada no plasma (que é aquela que vem de carboidratos convertidos pelo fígado e não pela ingestão de gordura saturadas)… Se alguém tiver dúvida sobre isso, vamos tirar agora.

Dr. Souto: Podemos linkar esse estudo também. É um estudo experimental. É um ensaio clínico piloto no qual ele administrou para as pessoas uma dieta tradicional (pirâmide alimentar) e uma dieta low carb. A dieta low carb tinha muito mais gordura do que a dieta da pirâmide alimentar. Eu não tenho o estudo na minha frente e estou lembrando de cabeça. Mas, se não me engano, o grupo que consumiu três vezes mais gordura na dieta teve bem menos gordura no sangue. Não lembro dos números exatos para dizer para vocês. Não sei se “três vezes” era três vezes mais consumo na dieta e menos no sangue ou era três vezes menos no sangue. Enfim, o fato é que a relação é inversa, como o Rodrigo falou: quanto menos carboidrato você consome, menos gordura saturada você tem no sangue – muito embora você esteja comendo muito mais gordura. As pessoas têm uma noção simplista: “vai comer beterraba e vai ficar roxo”, “vai comer alface e vai ficar verde”. Esse mesmo pensamento diz: “Vai comer gordura e vai acumular gordura nas artérias” – mas não é assim. O corpo é uma coisa complexa. Assim como a beterraba não nos torna roxos, a gordura que a gente come não aumenta a gordura no sangue – pelo contrário, uma dieta de baixo carboidrato reduz a gordura no sangue porque terá menos glicose para ser convertida em gordura pelo fígado.

Rodrigo Polesso: Resumindo tudo: é uma balela. É um papelão. É uma falta de vergonha na cara da Harvard publicar esse tipo de coisa desse jeito novamente. Talvez vamos ter que voltar para falar sobre outro estudo que fala sobre exatamente a mesma coisa vindo de Harvard na metade do ano que vem.

Dr. Souto: Acho que até julho do ano que vem vamos estar falando a mesma coisa de novo.

Rodrigo Polesso: Vamos ver. Espero que não, mas vamos ver. Com o olho crítico, conseguimos refutar alguns títulos que a mídia acaba espalhando. Temos menos força do que a mídia geral e menos força do que Harvard para disseminar a verdade. Mas um estudo desse acaba causando um mal muito grande. Harvard ligada à mídia tem uma força grande e isso faz com que as informações cheguem nas pessoas de maneira totalmente errada. As pessoas não têm tempo e muito menos interesse de estudar a verdade por trás disso. Dr. Souto, vamos partir para o próximo assunto. Vamos dar um break para falar o que comemos na última refeição. Depois, fecharemos com o segundo ponto. Você quer começar?

Dr. Souto: Pode ser. Hoje eu almocei num restaurante perto do meu consultório. Comi uma grande quantidade de vegetais. Eles têm um buffet de saladas muito bom. Eu enchi o prato e fiz uma verdadeira montanha. Junto eu coloquei uma moqueca de peixe… um ensopado. Agora já são quase 20 horas. Se eu não tivesse janta para comer eu virava até amanhã sem nenhum problema.

Rodrigo Polesso: Então tem opção para comer saudável fora de casa.

Dr. Souto: Tem. Eu sempre acho que fora de casa é mais fácil, na realidade. Qual lugar não tem um buffet?

Rodrigo Polesso: É muito prático. Agora que eu voltei para casa. Quando eu estava no Brasil, eu gravei uma matéria com a TV Gazeta de São Paulo. Me colocaram num jaleco ridículo, mas enfim… Fomos num buffet para montar um prato de alimentação forte. Sabendo o que escolher, é fácil. Você tem opções infindáveis. É muito prático e com certeza tem opção. Eu comi uma salada grande com pelo menos 5 tipos de folhas misturadas. As folhas já vêm misturadas num pacote. Era rúcula, espinafre e etc. Eu coloco tudo numa cumbuca. Eu também pego algumas goji berries secas. Eu não acredito que goji berries vão salvar o mundo de uma colisão de um asteroide ou algo do tipo. Mas eu gosto da textura que a goji berry tem. Eu gosto do gosto doce sutil dela também. Depois, sementes de abóbora, porque gosto do crocante. Coloco também alguns pedaços de salmão defumado na salada – eu adoro. Sal em generosa quantidade e azeite de oliva. Isso já é uma refeição sem nenhum problema. Estou sem fome até agora. Dr. Souto, vamos para o segundo assunto, que foi publicado no seu site recentemente – vou colocar o link. É um ensaio clínico que mostra que low carb reduz espontaneamente a fome e melhora a saúde no processo. Vamos fazer um overview rápido aqui. É um estudo pequeno, mas foi muito bem controlado, então vale a pena falar. É um estudo com 10 pacientes obesos onde se controlou tudo o que eles comiam. Tudo foi controlado. Não foi questionário, foi algo controlado. Eles foram alimentados. A fase de alimentação low carb que foi de 14 dias. É basicamente uma dieta da fase de indução da dieta Atkins e um pouco parecida com a fase 1 do Código – ela segue os mesmos princípios dos alimentos da cor verde. O pessoal do Código sabe do que estou falando. Nessa fase, o consumo de carboidrato foi reduzido a 21 gramas por dia. É uma dieta bastante baixa em carboidratos. Eles não contaram calorias, não controlaram porções e não controlaram quantidade de nenhuma forma nessa fase. Mesmo assim, as pessoas comeram 1027 calorias a menos por dia, sem controlar quantidade, só respeitando a fome. A intervenção alimentar com baixo carboidratos causou uma redução espontânea na fome equivalente a 1000 calorias a menos por dia naquelas pessoas. Além disso, as pessoas perderam 2,5 quilos de gordura (não água). As pessoas não passaram fome – e isso é muito importante. As pessoas tiveram uma melhora acentuada na glicemia do sangue também. Outra coisa interessante é que o aumento no consumo de proteínas foi irrisório. Isso corrobora a ideia de que é difícil comer proteína em excesso. Uma dieta baixa em carboidratos, na realidade, é uma dieta alta em gorduras e não em proteína. Então, por favor, não cometa a gafe gigantesca de falar que uma dieta low carb é uma dieta alta em proteína. É um estudo bacana, Dr. Souto. Muito bem controlado. Dez pacientes. Acho que a conclusão dele foi bastante interessante.

Dr. Souto: O pessoal pode dizer “Dez pacientes? Que bobagem!” Mas é um estudo com 10 pacientes em um ambiente absolutamente controlado onde um sujeito não tem como dizer que comeu pouco e na realidade come muito. É tudo pesado até a última vírgula. Pode ser muito interessante um estudo controlado. É pequeno porque custa muito caro e é difícil achar voluntários dispostos a ficarem prestos numa ala hospitalar por 21 dias… Quem dirá por mais tempo. Acho que você salientou bem algumas coisas importantes. Eu vou começar pela última. Na fase Atkins do estudo, as pessoas podiam comer quanta proteína e gordura quisessem. Estava liberado. Quantos gramas de proteína a mais elas comeram? Quatorze por dia! Ou seja, é nada. A quantidade de proteína basicamente não mudou. Chamar isso de dieta da proteína é ignorância. É uma dieta de baixo carboidrato. Por que eu gostei desse estudo? Porque às vezes as pessoas colocam da seguinte forma: para perder peso é preciso comer menos. Enquanto que outras pessoas dizem: para perder peso, a melhor alternativa é restringir carboidratos. O que esse estudo está mostrando é que não existe nenhuma contradição entre essas duas coisas. Quanto restringimos carboidratos, a gente tende a comer menos na naturalmente, já que temos uma alimentação que é mais saciante, ficamos mais nutridos, a insulina diminui e passamos a queimar a própria gordura… os motivos são vários, mas o fato é que as pessoas perdem peso porque efetivamente estão comendo menos. Mas essas pessoas nesse estudo foram entrevistadas com questionários sobre o apetite, vontade de comer, sensações de fome… eram várias perguntas. Na primeira fase estavam consumindo 3 mil e poucas calorias e na segunda fase 2 mil e poucas. Ou seja, comendo mil calorias a menos elas não estavam com mais fome. O apetite ficou exatamente o mesmo. Tem remédio que produza uma redução tão significativa no apetite e sem efeitos colaterais, com uma alimentação mais saudável e melhorando a glicemia – eles eram diabéticos. Dois pacientes precisaram diminuir as doses de insulina. Dois tiveram que diminuir as doses de hipoglicemiantes orais. Um deles teve que interromper completamente a medicação. Isso tudo em 14 dias! As pessoas não estão tomando um remédio para tirar o apetite que vai aumentar o risco de ter uma arritmia cardíaca fatal ou de ter uma crise hipertensiva. Elas simplesmente tiraram os carboidratos da dieta e isso diminuiu o apetite delas em mil calorias por dia.

Rodrigo Polesso: Você mencionou que elas acabaram comendo menos… que a dieta low carb faz com que as pessoas comam menos. Eu diria que uma dieta low carb fez com que as pessoas voltassem a comer normalmente. Eu acho que o que elas estavam fazendo antes era comer demais. As pessoas estão comendo corretamente. O que elas estavam fazendo antes que era o absurdo.

Dr. Souto: Tem uma parte que eu escrevi que vou ler para vocês. Sempre vai ter um amigo nutricionista que vai falar no Facebook: “Mas isso só funciona porque as pessoas comem menos.” Eu sempre fico pasmo quando as pessoas citam estudos nos quais os grupos foram alimentados com dieta low carb versus dieta low fat, mas as calorias foram artificialmente mantidas iguais. Têm vários estudos assim. Eles pegam dois grupos, um come low carb e outro come a dieta da pirâmide alimentar. Mas eles fornecem o mesmo número de calorias para os dois grupos. Aí, no final, eles concluem que os dois grupos emagreceram a mesma coisa. Aí conclui-se que low carb e low fat são equivalentes. Isso é um argumento de uma imbecilidade bizarra. Seria a mesma coisa que dizer: eu tenho uma Ferrari e um Fiat 147 lado a lado, para disputar uma corrida. Mas tenha uma regra imposta pela corrida: a velocidade máxima é 40 Km/h. Ambos carros terminam juntos na linha de chegada. Conclusão? A Ferrari e o Fiat 147 são equivalentes. Não podemos ser bobos quando lemos a literatura científica. Se o autor tem como interesse mostrar que low carb não é bom, ele vai montar o estudo controlando as calorias. Em condições de vida livre, se a Ferrari e o Fiat concorrerem sem limite de velocidade, a gente já sabe quem vai ganhar. Se eu mandar as pessoas restringirem a gordura na dieta, ou se eu mandar elas restringirem carboidratos, a gente já sabe quem vai ganhar. Tem um ensaio clínico de 2014 com 140 e poucos pacientes que durou 2 anos. Ele mostrou uma diferença absurda entre os grupos. Por que alguns estudos mostram diferenças e outros não? Depende de quem está desenhando o estudo. Depende dos objetivos do pesquisador. Teve uma coisa que me chamou a atenção nesse estudo: 3200 calorias… o pessoal estava comendo para caramba.

Rodrigo Polesso: Eles eram obesos, na verdade.

Dr. Souto: Eles eram obesos e diabéticos. Está escrito textualmente no estudo que, na fase inicial (primeiros 7 dias), que era para saber quantas calorias eles comiam, eles podiam comer aquilo que estavam acostumados. Então, eles podiam pedir a comida que quisessem. Aquilo que a cafeteria do hospital não tinha para oferecer eles estavam autorizados a pedir de fora do hospital – incluindo “sanduíches do McDonald’s, Dunkin’ Donuts e biscoitos recheados Oreos”. Quando tiramos os carboidratos nesse contexto, a gente está tirando todo esse lixo também. O outro lado da moeda é o seguinte: às vezes a gente pega alguém que já vinha fazendo uma dieta limpa, já não comia lixo, nem comia essa quantidade louca de calorias. Então, a pessoa faz uma dieta low carb e não tem aquela perda de peso tão grande e tão rápida. Ela já está vindo de uma dieta linda e não tem um monte de calorias. Isso ajuda a explicar um pouco porque às vezes tem tanta disparidade na resposta de diferentes pessoas. Essa seria mais uma explicação.

Rodrigo Polesso: Com certeza. As pessoas que estão obesas, comem demais e estão ficando cada vez mais obesas. É toda aquela história que vemos no livro do Gary Taubes. As pessoas comem mais porque estão engordando, não engordando porque comem mais. Uma vez que a pessoa arruma a alimentação, o corpo começa a regular novamente o apetite, a saciedade e voltam a comer normal. E isso é menos comparado ao absurdo que elas estavam comendo antes.

Dr. Souto: Tem um outro detalhe nesse estudo que achei interessante e acho que você também achará interessante. Durante a fase low carb do estudo, as pessoas podiam comer tantos alimentos com gordura e proteína quanto quisessem… No entanto, eles limitaram a quantidade de queijo e cream cheese. Mas queijo e cream cheese são low carb. Eles não dizem de que forma eles controlaram. Eu me lembrei imediatamente que no Código Emagrecer de Vez na primeira fase do Código você também colocou uma limitação quanto a isso. Por que a primeira fase do Código limita e o que você acha disso?

Rodrigo Polesso: É essa questão dos laticínios. Eles deviam suspeitar que o consumo desses laticínios como queijo e cream cheese são processados de alguma forma. O queijo é uma massa concentrada de algum dos componentes do leite. Precisa de muito leite para fazer o queijo e é muito fácil comer bastante. Algumas pessoas não toleram bem isso. Também sabemos que os laticínios são bastante insulinogênicos. E sabemos que a insulina promove o ganho de peso. Então, para ter as maiores chances de resultado positivo, eu acho que o pessoal desse estudo acabou limitando a ingestão desses alimentos que são fáceis de se comer demais. Foram os mesmos motivos meus quando desenhei o Código Emagrecer de Vez. Eu resolvi alertar as pessoas na primeira fase sobre a ingestão de laticínios. Queremos ter as maiores chances possíveis de conseguir os melhores resultados possíveis.

Dr. Souto: Eu pensei a mesma coisa. Na parte de materiais e métodos do estudo, eles citam que há uma limitação de queijo e cream cheese. Eles não colocam a magnitude dessa limitação, não comentam o assunto e não explicam o assunto. Mas eu não tenho dúvida de que os motivos sejam exatamente esses aí. Para quem está nos ouvindo, não precisa entrar em pânico. Isso não significa que você não possa comer queijo numa dieta low carb. Se você está fazendo uma dieta low carb, perdendo, tendo toas as melhorias e comendo queijo à vontade, eu não tenho problema nenhum com isso. Mas a pessoa tiver dificuldades, não estiver evoluindo como gostaria… esse pode ser um dos motivos. Como o Rodrigo colocou muito bem, o queijo é muito denso do ponto de vista calórico. Em comida de verdade, comer aquela quantidade de gordura num volume tão pequeno e tão saboroso, é difícil. A quantidade de leite que seria necessário beber para consumir a quantidade de queijo que muitas pessoas consomem seriam litros e litros. Por que às vezes vemos homens comendo queijo à vontade, churrasco à vontade e perdendo peso com low carb? Muitas vezes são homens que têm uma massa muscular grande, têm atividade física, são altos… então a taxa metabólica desses indivíduos é alta. É um sujeito que precisa consumir 3300 calorias só manter seu peso. Se ele começa a comer low carb, comendo 500 calorias a menos por dia, ele perde peso igual, mas comendo muito queijo. Isso talvez não se aplique para aquela menina de 1 metro e meio de altura, que está gordinha, que tem uma massa muscular pequena, que é sedentária e que comendo 1700 calorias por dia ela mantém o peso. Será difícil ela comer menos de 1700 calorias por dia com low carb se ela começar a comer muito queijo e muito cream cheese. Como saberemos se é o caso ou não? Só testando. Eu acho que sua ideia de limitar o queijo e os laticínios na fase inicial do Código vai nesse sentido. A pessoa retira uma coisa que tem uma chance razoável de dar uma trava na perda de peso e numa segunda ela reintroduz. Se aquilo não ajudar, ela pode sempre retirar depois. Então, para quem está tendo sucesso com low carb comendo queijo, pode comer. É só uma observação que eu fiz a partir desse estudo. Não deixa de ser interessante.

Rodrigo Polesso: Colocando de lado a questão da gestão metabólica do queijo e dos outros alimentos, o mesmo alerta vale para outros alimentos que são processados ou refinados de alguma forma: óleo de coco, azeite de oliva… Não encontramos na natureza um pote de óleo de coco ou uma mangueira de azeite de oliva.

Dr. Souto: Ou a capa de gordura da picanha. Se quisermos utilizar o argumento da dieta paleolítica, a carne de caça é uma carne muito mais magra. O animal que foi domesticado para carne é um animal gordo, especialmente se forem terminados com grãos, como é comum. Aquela pode ser uma quantidade de gordura que, embora não via lhe matar (como Harvard diz), talvez não ajude. A gente tem que ter um pouco de bom senso em quantidades exageradamente densas de caloria e gordura.

Rodrigo Polesso: Bom senso é uma das poucas coisas que, demais, nunca faz mal. O bem senso se aplica em tudo. Vamos fechando o podcast. Hoje falamos sobre o estudo de Harvard. Um estudo publicado falando a mesma coisa… um papelão… uma vergonha que eles passam publicando um negócio desses quando já temos provas suficientes e convincentes de que o oposto é verdadeiro. A ciência, em sua maioria, mostra que as gorduras saturadas não estão relacionadas a problemas cardíacos. Vimos também que sua fome voltará a ficar regulada, funcionando normalmente novamente, se você voltar a comer alimentos verdadeiros e nutritivos, principalmente com a alimentação low carb. Ela faz com que você volte a comer normalmente, se esse é seu objetivo. Saíram também outros bônus na nossa conversa. Acho que foi um episódio bastante suculento. Fique à vontade para passar essa mensagem adiante. Espalhe ou publique o link e os podcasts. Já estamos no podcast número 39. Tem muito conhecimento aí para as pessoas absorverem. É tudo gratuito e é para ser espalhado mesmo. Para o pessoal que quer entrar no Programa Código Emagrecer de Vez é só entrar em CódigoEmagrecerDeVez.com.br. Fácil, fácil. Dr. Souto, muito obrigado mais uma vez pelo seu tempo. A gente se fala no próximo episódio na próxima terça feira. Um grande abraço.

Dr. Souto: Obrigado, Rodrigo. Vou deixar uma sugestão de filme para nossos ouvintes. Quem não assistiu ainda… “O dia da Marmota”. É em homenagem aos estudos observacionais repetidos de Harvard.

Rodrigo Polesso: É isso aí! Um grande abraço.

Dr. Souto: Um abraço.

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