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Neste Podcast:

  •   Baseando-se nas evidências, o que será melhor, emagrecimento rápido ou lento;
  •   Documentário na Netflix;
  •  Pergunta da comunidade;

Escute e passe adiante!!

Saúde é importante!

OBS: O podcast está disponível no iTunes, no Spotify e também no emagrecerdevez.com e triboforte.com.br

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Quer Emagrecer De Vez? Conheça o programa Código Emagrecer De Vez

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Abaixo eu coloco alguns dos resultados enviados pra mim por pessoas que estão seguindo as fases do Código Emagrecer De Vez, o novo programa de emagrecimento de 3 fases que é o mais poderoso da atualidade para se emagrecer de vez e montar um estilo de vida alimentar sensacional para a vida inteira.

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Caso de Sucesso do Dia

Referências

Link do Artigo da MensHealth

Vídeo do Pirula

Ensaio Clínico Randomizado no Jama

Transcrição do Episódio

Rodrigo Polesso: Olá! Bem vindo ao episódio número 194 do podcast oficial da Tribo Forte! Eu sou o Rodrigo Polesso e essa é a sua dose semanal de nutrição baseada em evidência né?!! Será que emagrecimento mais rápido é melhor? Será que emagrecimento mais lento é melhor? O que será que a gente pode dizer disso baseando-se na melhor evidência que tem disponível no momento agora. A gente vai falar um pouco sobre isso, mas antes também falar de um assunto interessante aqui que é meio que um follow up do que a gente falou nuns 2 ou 3 episódios atrás. Mas antes deixa eu dar as boas vindas ao Dr. Souto a esse episódio. Como está Dr. Souto, tudo bem?!!

 

Dr. Souto: Tudo bem! Bom dia Rodrigo, bom dia aos ouvintes. E desde já me desculpo com  pessoal se houver ruídos de fundo, porque estou com obras em casa, tá bom?

 

Rodrigo Polesso: Maravilha! Olha só, tava dando uma olhadinha no Twitter, e tem umas coisas preocupantes. Enfim, vamos lá, vou colocar em contexto… a gente falou sobre o documentário do Netflix, Game Changers, que no Brasil se chama Dieta de Gladiadores. A gente falou disso no episódio 190. Esse é o 194. Então se você não ouviu ainda você pode voltar atrás e dar uma escutada. E, basicamente, é a nossa forma de ajudar as pessoas que estão em contato com a nossa informação a não cair inocentemente nessa grande propaganda. Porque a base científica, basicamente é não existente, é terrível, é péssima. Só que muita gente ve, muita gente vem me contar também, a Rodrigo, a minha irmã viu e vai virar vegana. Ah, não sei quem assistiu e foi a gota d’água e vai virar vegano. Eu tava olhando agora no Twitter e vi uma mensagem do Dr. Assem Malhotra, respondendo a uma pessoa chamada Erika Andersen, que é uma influenciadora aí, enfim… ela falou o seguinte essa pessoa: “Eu assisti o Game Changer no Netflix e estou seriamente pensando em me tornar vegana. Eu vou tentar por 30 dias, onde estão meus veganos pra dar apoio? Ajuda!”. Isso que ela postou. Daí o Assem Malhtra postou: “Querida Erika, se você realmente valoriza a sua saúde por favor não faça isso. Esse é um documentário fraudulento com muitos interesses envolvidos por trás das cortinas”. E daí ele postou 2 links de pessoas que falam um pouco mais sobre esse documentário. Daí ele assina: “Sinceramente, um cardiologista muito preocupado”. Ele responde assim pra essa menina. Então, não só pra gente ta vindo pessoas assim, que tão sendo fortemente influenciadas por esse documentário e documentários do gênero, que não tem base científica nenhuma, e realmente é uma ferramenta de marketing, de manipulação de opinião, de hábitos. Interessante que um dos links que o Dr. Assem Malhotra, que é esse cardiologista bastante respeitado no Reino Unido né, esse que acabei de falar, um dos links que ele postou, foi um artigo que a Men’s Health, aquela revista grande, a Men’s Health, postou sobre esse documentário, com a seguinte manchete: “Este novo documentário fala que a carne vai te matar, e aqui está porque ele está errado”. Interessante, então eles começam a falar de vários aspectos como a gente fez, e começam a comentar que tipo de evidência foi mostrado, que tipo de promessa foi dito no documentário e que a evidência de fato diz. E um dos pontos que esse documentário pega, tenta focar bastante, é performance atlética, ganho de massa, algo que o documentário focou bastante nessas pessoas. E uma parte aqui desse artigo da Men’s Health fala o seguinte, ah, por exemplo, numa das instâncias Wilks, que é um dos protagonistas desse documentário, citou uma pesquisa peer review, que enfim, de mais qualidade, que na maioria das referências que eles listaram são de péssima qualidade. Mas em um dos casos ele listou um que era peer review. Daí ele falou que ele narra a seguinte coisa nesse documentário, quando se trata de ganho de força e ganho de massa, os estudos mostrando proteína animal e vegetal, ambos tem mostrado quando você ingere a quantidade correta de aminoácidos tanto importa a fonte deles. Aí o pessoal daMen’s Helath falou, ah, o que o Wilks esqueceu de dizer, é que o mesmo estudo fala o seguinte: que mulheres vegetarianas estão com maiores riscos de anemia, deficiência em ferro. E isso pode limitar a performance atlética. E também como um grupo todo, vegetarianos, tem menor concentrações de creatina muscular do que onívoros. E isso pode afetar a performance no exercício também. Isso é o que o mesmo estudo que eles falaram disse. Então uma das coisas que ele diz é que esse documentário ta escolhendo as evidências, ou seja, parte até das evidências, e ignorando todo o resto, pra tanta colocar a frente das pessoas essa mensagem de marketing no caso. Dr. Soutro, enfim, a ente já falou sobre esse assunto, mas eu acho sempre preocupante ver pessoas que estão assistindo e estão se comovendo com esse documentário, que foi o objetivo deles, comover as pessoas, e acabam tomando atitudes que pode levar a saúde delas ladeira abaixo, onde não tem evidência para isso.

 

Dr. Souto: Então Rodrigo, o irritante desse documentário é o uso falacioso, mentiroso mesmo de informações, no sentido de usar como propaganda. E o que é típico desse tipo de manipulação das pessoas é que você mistura coisas verdadeiras com falácias. E aí quem não é muito especializado na área tem dificuldade de diferenciar o que é o que. E daqui a pouco a pessoa vai ver, nossa, isso que eles falaram aqui é realmente correto. E aí a pessoa tende a assumir que o resto também é. Eu vou dar um exemplo pra vocês, uma das partes que mais nos irritou, mais nos deixou loucos no documentário, é quando eles argumentam que a dentição e o aparelho digestivo do ser humano é característico de herbívoros. E uma leitora nossa, minha e sua Rodrigo, mandou um link que eu acho interessante recomendar pro pessoal ver. O link é do canal do Pirulla, Pirulla. Ah, é um sujeito que faz divulgação científica, e veja bem, o Pirulla é um cara interessante pra falar nisso porque ele é normalmente pró vegetarianismo. Então ele não é um sujeito anti-vegetarianismo. Ele, aliás, é bastante cético sobre low carb, eu já tive uma interação com ele no Twitter, bem educada, enfim. Mas eu sei que ele é um sujeito que defende o vegetarianismo. E o Pirulla é biólogo e trabalha com biologia evolutiva, tá certo?!! Então ele também ficou enlouquecido com isso. E postou um vídeo, cujo título é: Vegans, vegetarianos e o Gary Yourofsky. Ele não estava falando desse documentário em si, mas esse argumento de que o nosso intestino é um intestino típico de herbívoros, é utilizado por vegetarianos a muitos anos. É uma falácia que circula no mundo dos vegetarianos como uma peça de propaganda para converter as pessoas pra sua religião. Então, é muito interessante, é um vídeo no qual ele vai pra um laboratório de paleontologia, pega os crânios de diferentes animais, mostra as diferenças da dentição e destrói esse argumento. E isso sendo feito por uma pessoa que normalmente é favorável ao vegetarianismo, porque eu acho que ele ta muito correto no que ele coloca. Tudo bem você ser favorável ao vegetarianismo, errado é você mentir pra você avançar a sua agenda. E é o que aquele documentário Game Changers faz o tempo todo. No fundo o que eles deveriam estar fazendo? Eles deviam ta discutindo a questão ética, a questão é correto ou não matar animais pra comer? É correto ou não haver abatedouros, criar animais? Essa é a questão que eles gostariam de discutir. Mas na realidade o que eles tão fazendo é usar argumentos falaciosos, usar argumentos mentirosos pra tentar convencer as pessoas, e isso é eticamente insustentável. Falam tanto em ética né?!! Não é ético convencer as pessoas através da mentira.

 

Rodrigo Polesso: Claro, claro. Não. Perfeitamente. Só um grão de sal aí, você falou do Pirulla… bom, eu nunca vi muita coisa dele, mas só pra deixar claro pessoal, eu, Rodrigo, não recomendo ele como fonte de informação. Só pra dizer pra vocês. Mas eu fiquei feliz de saber que ele pelo menos teve essa sobriedade dos crânios aí.

 

Dr. Souto: Não, repito, não é que eu esteja recomendando o Pirulla como fonte de informação. Eu to dizendo que até ele, que é um sujeito que se bate na internet com esses assuntos, com a questão do impacto ambiental e ecológico do consumo de carne vermelha. Sabe, mesmo ele, ficou chocado com um dos argumentos centrais desse documentário, que é a mentira. Então quero dizer o seguinte, uma coisa é o sujeito acreditar que o correto é seguir determinada abordagem. O correto para o ambiente e para a saúde humana seria não comer carne. Outra coisa bem diferente é você escolher todo tipo de mentira pra defender a sua posição.

 

Rodrigo Polesso: Inaceitável com certeza! Bom pessoal, se você não viu nosso podcast sobre isso ainda,  podcast 190, aqui da Tribo Forte, eu também fiz um vídeo no meu canal do Youtube de quase 50 minutos falando desse documentário. É só procurar dieta de gladiadores Rodrigo Polesso no Youtube você vai achar também. Bom, migrando para o próximo estudo aqui, que é um novo ensaio clínico randomizado, que testou aí a efetividade do emagrecimento em dois tipos de intervenção. Basicamente uma intervenção mais severa e outra mais moderada. Ambas feitas em 101 mulheres pós menopausa. A intervenção moderada foi uma restrição calórica de 25 a 35% das calorias por 12 meses. E a intervenção severa foi uma restrição calórica de, pasmem, 65 a 75% das calorias por 4 meses. E depois seguindo isso com uma restrição moderada pelos restos dos 8 meses pra completar 1 ano. Ambas dietas tentaram colocar 1 grama de proteína por quilo. Bom, as conclusões aqui do estudo em si: “um restrição severa em energia não teve maiores efeitos adversos em relação a quantidade total de massa magra do corpo ou força, comparando a uma restrição moderada, e foi associada com uma perda de duas vezes mais peso em 12 meses. No entanto houve uma significante maior perda de minerais, densidade mineral,  dos ossos da bacia. No caso da restrição severa comparando a restrição moderada. Portanto existe, cuidado é necessário quando implementando uma dieta de restrição severa de energia em mulheres pós menopausa, particularmente aquelas que tem osteopenia ou osteoporose. Então, basicamente em outras palavras, eles deixaram, colocaram metade das pessoas com restrição enorme calórica, por 4 meses, depois uma moderada por 8 meses. E outro grupo a moderada por 12 meses em si. A gente viu que o pessoal que teve maior restrição calórica, pra não muita surpresa de muita gente, perdeu mais peso no final do ano. Óbvio que a restrição foi maior. Só que também teve maior perda total de massa magra, proporcional a perda de peso. Só que o que não foi proporcional foi essa questão de desmineralização dos ossos, que acabou sendo um foco de preocupação desse estudo. Agora pontos a se considerar, que eu acho interessante a gente tirar tudo isso como, enfim, tirar essas conclusões e achar que passa fome de uma vez é melhor… o grupo da intervenção severa consumiu o que nesses 4 meses? Consumiu shakes, substitutos de refeições, durante esses 4 meses. Então durante esses 4 primeiros meses de restrição forte, de 65 a 75 das calorias diárias, eles consumiram shake. Então eles não fizeram refeições, fizeram esses shakes, então é fácil de aderir. Enquanto o outro grupo, o da restrição moderada, somente recebeu uma direção de como reduzir em 25 a 35% as calorias diárias deles. Outro ponto que a gente vê, é que as pessoas pararam, as pessoas do grupo moderado pararam de perder peso aos 6 meses. Enquanto o grupo da dieta severa começou a ganha peso depois dos 6 meses. Esse foi outro ponto que não foi enfatizado no estudo mas ta lá publicado. Outra coisa, ambos grupos perderam boa quantidade de massa muscular, que no geral comparar o pior ao péssimo tudo bem, mas poderia ter um grupo melhor onde não haveria uma perda significante de massa muscular também, a gente pode falar um pouco mais sobre isso… e efeitos adversos, outro ponto interessante, o estudo comenta que tiveram 8 casos de efeitos adversos no grupo intervenção severa, e isso é 16% dos casos que tiveram problema. Enquanto nenhum na intervenção moderada. Então os efeitos adversos foram hemorroidas, perda de cabelo e pedra na vesícula, nesse grupo que fez a restrição severa. E o último ponto a se considerar também, que eu acho que é bastante relevante, é qual é o efeito psicológico resultante de uma restrição severa assim? Qual o efeito psicológico que se delonga depois dessa intervenção? Então Dr. Souto, a gente viu um estudo aqui que mostrou que existiu uma maior perda de peso com uma restrição mais severa de calorias, que não deveria ser surpresa pra todo mundo. Só que a gente vê um detalhe que não foi enfatizado no estudo mas tá lá no estudo, dizendo que a partir dos 6 meses não houve perda de peso no pessoal que fez dieta moderada, e começou a ter uma ganho de peso no pessoal que fez a dieta severa questionando bastante na minha opinião a aderência a uma restrição calórica, uma diet de fome que seja nesse fato. E tem toda questão psicológica, tem a questão da desmineralização dos ossos, da carga nutritiva dessas dietas, então o que eu quero colocar aqui é que não dá pra tirar a conclusão do estudo e achar que é melhor passar fome e perder peso rápido, mas eu sei que te muita gente que acha isso a melhor forma. Então eu não sei, quero saber qual a sua opinião sobre essa coisa toda aí…

 

Dr. Souto: Então Rodrigo, eu acho que ele é um estudo interessante, porque ele pontua algumas coisas, tem várias coisas que a gente pode tirar daqui tá? A primeira delas é que uma restrição calórica extremamente severa pode não ser bom pra sua saúde, porque você vai perder não apenas gordura, mas massa magra, incluindo não apenas músculo mas também osso. Então é possível a gente ver no dia a dia, a gente ver na prática, perdas de peso muito rápidas e significativas com cetogênica, por exemplo, no qual a pessoa ta consumindo uma quantidade adequada de nutrientes e proteínas, não é uma restrição calórica pura e simples. Então a forma como foi produzida essa restrição calórica severa nesse estudo não é exatamente a forma mais saudável. Existem estudos também que mostram que durante a perda de peso é necessário aumentar a quantidade absoluta de proteína pra você preservar a massa magra. Então tem um ensaio clínico que uma vez nós comentamos, muitos episódios atrás, em que se viu que entre 2 e 2,5 gramas de proteína por quilo de peso poderia ser necessário pra manter a massa magra numa dieta de perda importante de peso. Ou seja, 1 grama por quilo de peso, que era o que eles tavam consumindo aqui, era previsível que com uma restrição calórica de 60% que fosse haver uma perda significativa de massa magra. Pra mim chamou atenção um detalhe interessante que é o fato de que o grupo que teve a perda de peso mais rápida e mais acentuada, que fez a restrição maior, ao final do estudo, ao final de 12 meses, ainda tinha uma perda de peso que era o dobro da do outro grupo. Então sim, a tendência dos grupos é voltar a ganha com o tempo, mas isso é uma tendência que ocorre com toda e qualquer dieta, com todo e qualquer estudo de dieta, porque o corpo luta contra essa perda de peso, e também as pessoas começam a ter uma queda na adesão. Eles começam a comer uma coisinha que ta fora da dieta, e como nós tamos medindo a média do que ocorre com um grupo de pessoas que tá num grupo versus o que ocorre no outro grupo, a gente ta vendo também a queda de adesão que ocorre. Mas é muito comum que a gente escute as pessoas dizendo assim: “a perda de peso tem que ser muito lenta e gradual, porque se você perder o peso rápido você também vai ganhar o peso rápido de volta”. E observem que não é exatamente o que esse estudo está mostrando. O grupo que perdeu peso rápido, o grupo que ter a perda mais acentuada de peso, é o grupo que ao final de 12 meses ainda tinha uma queda de peso que era o dobro do outro grupo ao final de 12 meses. Então a gente tem que pontuar o nosso censo comum com experimentos, com a realidade. O que a realidade mostra? Que embora todo mundo diga e repita isso, o problema de uma dieta que produz uma redução rápida e peso é que você vai ganhar o peso rapidamente de novo, esse estudo está mostrando que a redução rápida foram os que ao final do estudo ainda tinham perdido mais peso.

 

Rodrigo Polesso: Exato, exato. Eles fizeram isso com shakes… eu só imagino o tamanho da força de vontade necessária pra diminuir 75% a quantidade calórica por isso tomando substitutos de refeição assim…

 

Dr. Souto: Eu acho que essa força de vontade aí tinha um dinheirinho junto também. Normalmente pra conseguir recrutas as pessoas pra fazer esse tipo de estudo muito doido os pesquisadores oferecem uma recompensa em dinheiro, olha nós vamos te pagar, sei lá, 500 dólares por mês pra você participar desse estudo.

 

Rodrigo Polesso: É, um incentivo um pouco maior, é verdade. Mesmo assim a partir dos 6 meses começou a mudar… enfim, esses hábitos nas pessoas é difícil se manter por longo tempo, principalmente quando você se restringe literalmente. Inclusive a dieta de restrição calórica que eles fizeram de 25 a 35% foi baseado na pirâmide, nas diretrizes normais, então imagino que as pessoas realmente comem menos daquilo que já estava fazendo elas engordar, digamos assim, que é sempre um problema. E a questão do psicológico também eu acho importante…

 

Dr. Souto: O que…

 

Rodrigo Polesso: Diga…

 

Dr. Souto: O que eu tenho certeza, é que uma vez esse estudo terminado, na hora que ele terminou, todas essas pessoas vão ganhar o peso todo de novo. Porque elas não mudaram a sua forma de comer, como você bem pontuou, a estrutura da dieta é a mesma dieta que fez elas engordaram, pra começo de conversa, só que pouco, em pouca quantidade. De modo que as pessoas emagrecem pela pura restrição calórica, todo mundo sabe que é possível emagrecer com restrição calórica. Mas por isso que eu especulo que esse pessoal recebeu dinheiro pra participar do estudo. Porque imagina a fome que essas pessoas sentiram durante a duração do projeto né?! Agora, existem outras formas de produzir efeito semelhante com você comendo bem, comendo alimentos que matam a fome, que são saborosos, e você pode ter resultados semelhantes. E é basicamente isso que a gente faz aqui toda semana, falando pra vocês que existe um outro caminho.

 

Rodrigo Polesso: Exato! Um caminho onde você foca na qualidade do que come e não na quantidade, como é o paradigma atual. Na verdade em todo episódio tem um caso de sucesso aqui e hoje não é diferente, de pessoas que estão perdendo peso, esquecendo contagem de caloria. E somente mudando a forma com que come, o que come. Focando em nutrição, focando em se alimentar de acordo com o que a ciência mostra ser o melhor pro nosso metabolismo. Quem mandou pra gente foi o Miguel, o Miguel falou que está muito feliz com os resutados, obrigado Código. No caso ele seguiu o programa Código Emagrecer De vez, em 2 meses ele perdeu 14 kg. E foi sem contar calorias, de novo, mencionando isso. E na média, foi maior a perda dele do que o pessoal perdeu em 12 meses nesse estudo aí. Mas enfim, detalhe. E sem tomar shake por 4 meses, sem restringir em 75% as suas calorias e manter uma dieta moderada depois. Somente reprogramando o metabolismo aí, ganhando saúde primeiro, e depois permitindo que essa perda de peso acontecesse naturalmente. Se você tem interesse é só seguir o codigoemagrecerdevez.com.br . Que é o programa onde eu nada mais, nada menos, eu coloco passo a passo o que a gente já sabe da ciência pra emagrecimento. Então existe um outro lado da moeda, ta em todo lugar, a gente compartilha aqui sempre com você, pra motivar e mostrar que sim, é empiricamente possível e tem estudos mostrando que isso é verdade. Maravilha, então vamos lá Dr. Souto, o que você vai degustar ou já degustou na sua última refeição aí?

 

Dr. Souto: A última refeição foi ontem. A última refeição teve carne moída, com ovinho picado, e asinha de frango. Aquelas pequeninhas com a pele, queimadinha…

 

Rodrigo Polesso: Mas a pele não é cheia de hormônio?

 

Dr. Souto: Não, não tem hormônio nenhum no frango pessoal. É sério isso tá? Que tiver dúvida pega e volta lá naquele episódio, tem dois episódios com a Dra. Anna Flávia, zootecnista, onde ela menciona isso aí. Então eu sei… é uma das coisas que se diz, se você quiser viver pelo senso comum tudo bem, opte por outro podcast. Aqui é baseado em evidência, baseado em realidade. Não, não se usa hormônio pro frango crescer, ele cresce por seleção genética que raças que crescem rápido. Então sim, a pelezinha é uma delícia especialmente quando ela ta mais queimadinha, ela dá um gostinho todo especial.

 

Rodrigo Polesso: Com certeza! Inclusive eu lembro que a doutora Anna Flavia disse que não só não usam hormônios por 20 anos já, mas também não usavam antes de ter sido proibido, porque cada país tem uma lei que permite proibir isso. No brasil eles proibiram o uso de hormônios em frango 20 anos atrás pelo menos, mais de 20 anos atrás, e ela comentou também que colocaram a lei ainda que eles nem tavam colocando hormônio, mas só pra garantir que agora existe uma lei pra isso, e não sei da onde que surgiu… eu não sei se tem alguma jogada de marketing talvez da indústria do porco ou da carne vermelha, tentando demonizar o frango. Você sabe se teve alguma coisa nesse sentido? O que o pessoal acha? Por que que é senso comum hoje achar que frango tem hormônio?

 

Dr. Souto: Eu não sei. Eu tendo a pensar que isso é parte da estratégia dos vegetarianos pra tentar convencer as pessoas a não comer determinados alimentos de origem animal, usando todo tipo de argumento, inclusive os mentirosos pra tanto. Mesmo assunto que a gente começou o podcast aqui. Então você ai espalhando isso aí e as pessoas dizem “nossa, carne vermelha eu já não como porque vai me matar, e o aquecimento global”. “Ah, mas então eu comia frango”. “Não, mas frango é cheio de hormônio”. Sabe, aí você vai eliminando todas possibilidades e a pessoa diz assim “é, não adianta, realmente o jeito é consumir o hamburger vegano, pão e tal”.

 

Rodrigo Polesso: É, hehe, exatamente… cuidado pessoal, cuidado. Ontem na janta eu comi peixe com bacon, delicioso, uma combinação muito boa, o peixe é mais levinho, o bacon vem pra dar aquela salgadinha assim, muito bom, simples de fazer na frigideira, dois toques tá pronto. Bom, pessoal, siga a gente aí no Instagram, siga o Dr. Souto lá @jcsouto , eu sou o @rodrigopolesso lá também, tem a ablc.org.br , tem a triboforte.com.br , tem vários recursos que você pode se apoiar aí, tirar proveito pra seguir em frente, sendo o melhor que você pode ser, na melhor saúde e na melhor forma. Semana que vem a gente ta aqui novamente com mais informação pra te ajudar. No mais ajude-nos a espalhar esse podcast, é gratuito, tá aí quase 200 episódios já. Dr. Souto, obrigado pela atenção, a gente se fala na semana que vem.

 

Dr. Souto: Obrigado, obrigado Rodrigo! Um abraço para os ouvintes! Até a próxima!