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Neste Podcast:

  • Uma alimentação poderosa para criar guerreiros mais letais?
  • A agenda mundial ideológica que insiste em ignorar evidências… ainda continuamos saturados de balelas sobre gordura saturada;

Escute e passe adiante!!

Saúde é importante!

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Caso de Sucesso do Dia

Referências

Artigo no BMJ Escrito por Uma Série de Professores de Saúde ao Redor do Mundo

Outro Artigo Que Faz um Apanhado da Evidência Sobre Dietas Low Fat, Colesterol e Gorduras Saturadas

O Pentágono se Interessa Por Dieta Para Criar Guerreiros Mais Letais

Transcrição do Episódio

Rodrigo Polesso: Vamos lá, vamos lá! Tenha em posse a sua bebida quente, de preferência um cafezinho sem açúcar, óbvio, porque está começando o podcast número 175 aqui da Tribo Forte. Eu sou o Rodrigo Polesso e hoje a gente vai falar sobre alimentação poderosa para criar guerreiros mais letais. Qual seria essa alimentação para criar guerreiros mais letais que as próprias Forças Armadas dos Estados Unidos estão pensando em aplicar? E outra, a agenda mundial ideológica continua. Insiste em ignorar evidência e ainda nós continuamos saturados de balelas sobre gorduras saturadas. A gente vai ver um pouco mais sobre isso hoje também. Dr. Souto, bem-vindo a mais esse episódio do podcast.

Dr. Souto: Olá, olá! Bom dia, Rodrigo. Bom dia aos ouvintes.

Rodrigo Polesso: Então, pessoal, vamos começar com essa questão do estado atual das evidências, do estado atual das diretrizes. Teve um novo artigo publicado agora no British Meddical Journal, escrito por uma série de professores de saúde ao redor do mundo em revolta a um novo rascunho de diretrizes alimentares escritas pela Organização Mundial da Saúde. Eles falam o seguinte: a Organização Mundial da Saúde, nesse rascunho 2018 sobre gorduras saturadas e sobre gorduras trans, recomenda ainda que você reduza a ingesta de gordura saturada e substitua isso por o que? Gordura poliinsaturada e monoinsaturada, pessoal. Coisa velha, coisa que a gente sabe que vai contra a ciência. E eles dizem o seguinte: muitos governos consideram a Organização Mundial da Saúde, essas guidelines deles, como o estado da arte científico, baseado em evidência científica. Eles acabam traduzindo isso em diretrizes regionais e nacionais também. Ou seja, acaba influenciando muita gente. Eles falam que essas diretrizes tem o potencial de influenciar a saúde de bilhões de pessoas no planeta Terra, então a consistência da ciência por trás dessas recomendações e a validade delas é crucial, segundo eles. As críticas principais são as seguintes: eles falam que várias metanálises publicadas recentemente de estudos observacionais e também ensaios clínicos randomizados têm achado que o total de gordura saturada não está associado com doenças coronárias, problemas cardíacos e mortalidade de todas as causas. Eles criticam também que a Organização Mundial da Saúde se baseou em maioria em metanálises que analisam desfechos moles, desfechos substitutos como, por exemplo, o impacto da gordura saturada no colesterol LDL do sangue sendo que essas duas coisas não são comprovadamente causadoras de problemas, não é verdade? Outra grande crítica é a análise de gordura saturada como um todo e também analisada como algo desvinculado do alimento que a contém. Essa parte é interessante. Eles chamam o alimento em si como matriz alimentar, então, por exemplo, o queijo é uma matriz alimentar que contém gorduras saturadas, enzimas, proteínas e outras estruturas complexas dentro. Então, não é correto se isolar a gordura saturada do queijo, tentar isolar esse componente da sua matriz alimentar e tentar se achar o impacto disso isolado. E um outro artigo bem legal recém-publicado também, que faz um apanhado de evidências sobre dietas low fat, sobre colesterol e gorduras saturadas, ele conclui veementemente o seguinte: a preponderância das evidências indica que dietas low fat, baixas em gordura, podem sim reduzir o colesterol, mas a gente sabe que não reduz a mortalidade ou eventos cardíacos, especificamente as dietas que substituem gorduras saturadas por gorduras poliinsaturadas não reduzem eventos cardíacos ou mortalidade. É isso justamente que esse novo rascunho de diretrizes da Organização Mundial da Saúde está sugerindo que a gente faça. Então eles falam que essas conclusões estão em contraste com a opinião corrente. Vamos lá, dr. Souto, em pleno 2018, vamos ver se eles vão alterar ou não, mas coisa atual, de agora ainda recomendando que as pessoas incluam mais óleos vegetais do que gorduras saturadas. E uma coisa interessante que a gente vem mencionando bastante sobre a nova Ordem Mundial aí, mais tendenciosa para a questão do plant based, vegetariano, veganismo, a gente vê que gorduras saturadas são fortemente concentradas em que? Alimentos de fonte animal. Então não sei o que você acha, se você acha que talvez essa pressão por causa dessa tendência, dessa ideologia plant based pode ter alguma influência em continuar demonizando a gordura saturada, apesar da enorme carga de evidências provando o contrário disso?

Dr. Souto: Pois é, Rodrigo, é da gente pensar que sim e justamente por isso. Quer dizer, com essa massa de evidências tão grande que vêm se acumulando há tanto tempo, começa a se tornar estranha a insistência em uma coisa que claramente não tem base científica. Eu achei esse artigo sensacional. Ele inclui um grande número de autores que são pessoas muito importantes na cena da ciência nutricional mundial. Me chamou a atenção, inclusive até nós comentamos offline que um dos autores é o dr. Mozaffari, que é um sujeito que acha e já manifestou claramente no Twitter e em outros lugares, que os óleos vegetais seriam melhores. E, no entanto, ele colocou o nome dele nesse artigo, deixando muito claro que diretrizes que mandam restringir a gordura saturada para menos de 10% das calorias são simplesmente uma ficção, isso não tem base em evidência. A totalidade da ciência simplesmente não dá suporte para isso. Então, algumas coisas muito interessantes para salientar, que você já falou, mas eu quero sublinhar e reforçar. Eles colocam que esse draft, esse rascunho das próximas diretrizes da Organização Mundial da Saúde continua mantendo esses conceitos desatualizados e que o que acontece? As pessoas mundo afora acabam copiando e incorporando essas diretrizes nas diretrizes dos respectivos países. E isso é o que costuma acontecer. Então, ao invés de nós termos práticas de saúde baseadas em evidências, nós temos práticas baseadas em diretrizes. E mais, a diretriz é baseada em outra diretriz, que é baseada em outra diretriz, que é baseada em coisa nenhuma. É isso que nós estamos vendo. Então, quando nós pegamos aqui a diretriz da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a diretriz da Sociedade Brasileira de Pediatria, o que nós vemos é uma repetição basicamente ipsis litteris desse tipo de coisa que a diretriz americana ou a diretriz da Organização Mundial de Saúde colocam. Mas quando a gente vai ver da onde saiu aquilo que a diretriz da Organização Mundial da Saúde coloca, não é baseada em evidência. E é isso que esse estudo, que esse artigo está mostrando. Eles são muito claros nesse artigo que saiu no British Medical Journal em mostrar que sim, a Organização Mundial da Saúde cita, obviamente, literatura nas suas diretrizes. Mas é uma citação completamente seletiva, na qual estão citadas uma ou duas metanálises baseadas em desfechos substitutos, como você falou, se aqueles alimentos aumentam ou diminuem o colesterol, o que é absolutamente irrelevante. Porque, meu caro ouvinte, você não vai ter no seu certificado de óbito “morreu de colesterol”, ok? Então, o único motivo que você se preocuparia se uma dieta aumenta ou diminui o seu colesterol, é porque você acredita que esse desfecho substituto, que é o colesterol, está substituindo o que? Um desfecho concreto, que é morrer do coração, por exemplo. Acontece que a literatura já mostrou de forma praticamente inequívoca, e aí são muitas metanálises, incluindo ensaios clínicos randomizados mostrando que a gordura saturada na dieta não aumenta a sua chance de morrer do coração, não aumenta a sua chance de ter um derrame, independentemente o que aconteça com o seu colesterol com esse tipo de dieta.

Rodrigo Polesso: E normalmente o colesterol baixo está associado a mais morte, por incrível que pareça.

Dr. Souto: Sim, quando se pega morte por todas as causas, sim, colesterol baixo especialmente nos pacientes com mais de 60, mais de 65 anos, está associado com mais mortes. Então, a Organização Mundial da Saúde ao redigir esse draft, esse rascunho das suas próximas diretrizes, ignora todas essas evidências e cita apenas metanálises com desfechos substitutos. Ou seja, de qual a influência que a dieta teria nesses marcadores, em colesterol e tal. Quando nós já temos os estudos com desfechos concretos mostrando que a gordura total e a gordura saturada da dieta não alteram a sua chance de morrer dessas coisas. Então, o artigo está muito bem feito, eu achei sensacional porque eu tenho uma série de slides que eu tenho essas metanálises, esses estudos fotografados. Quem já me viu palestrar lá na Tribo Forte, eu costumo colocar sempre aqueles slides: “Olha, tem aqui a metanálise tal, a metanálise y, a metanálise x…” e esses estudos que eu cito estão todos citados nesse artigo do BMJ, mostrando que quem realmente vai atrás da evidência… Porque o corpo de literatura é um só, então não tem…

Rodrigo Polesso: E está disponível a todo mundo.

Dr. Souto: E está disponível para todo mundo. Então, assim, eu não achei coisas escondidas, eu não tive que ser um… como se diz? Um desbravador, entrar na floresta das referências bibliográficas.

Rodrigo Polesso: Um bandeirante!

Dr. Souto: É! Um bandeirante! Está no PubMed, está disponível para todo mundo. E basicamente o que eles estão mostrando e usando uma linguagem muito assertiva é que a Organização Mundial da Saúde optou por não citar grandes estudos de alta evidência que mostram que a gordura na dieta não tem relação. Então isso é uma coisa. A outra coisa que eu queria pontuar, que você também mencionou, é esse conceito da matriz alimentar. Por que qual é a grande falha da epidemiologia nutricional (uma das tantas) que levou a essa confusão toda? É que eles pegam, por exemplo, vamos imaginar que nós estejamos falando de um queijo, como você disse. O queijo é quebrado nos seus vários componentes: ele tem tanto por cento de gordura saturada, tanto por cento de gordura monoinsaturada, tanto por cento de proteína e dentre as gorduras tanto é ácido palmítico, tanto é ácido mirístico… sabe? Então eles colocam isso aí. Quando a pessoa responde num questionário, que já é questionável porque a pessoa não lembra direito o que comeu e quanto menos a quantidade, a pessoa responde num questionário que comeu queijo, aquilo entra no computador e esse queijo é separado em todos os componentes. O outro sujeito não comeu queijo, o outro sujeito comeu sorvete no fast food. E o sorvete no fast food também tem gordura do leite. Acontece que a matriz nutricional de uma pessoa que se alimenta com queijo e a matriz nutricional de uma pessoa que se alimenta de fast food e está comendo a gordura na forma de hambúrguer com soja e sorvete milkshake é completamente diferente. Uma pessoa está comendo um alimento minimamente processado, pouco processado e a outra pessoa está comendo o que há de mais processado e misturado com açúcar. São duas matrizes nutricionais completamente diferentes. Mas isso acaba entrando em um banco de dados como gordura saturada. E é óbvio, pessoal, que eu não posso comparar uma pessoa que tem um consumo alto de gordura saturada baseada em carnes, ovos, peixes, coco, com uma pessoa que tem um alto consumo de gordura saturada baseada em fast food, hot dog, sorvete e itens de pastelaria, que são sim ricos em gorduras saturadas também. Eu me lembro de um estudo que foi publicado uns poucos anos atrás que mostrava que a maior parte da gordura saturada da dieta dos norte-americanos vinha exclusivamente de pizzas e doces. Claro, se você tem na sua matriz alimentar pizzas e doces, aí o computador vai dizer que gordura saturada está associada com doença, porque gordura saturada nessa matriz alimentar vai estar associada com pizzas e doces. Então, o estudo clama assim: Pelo amor de Deus, Organização Mundial da Saúde caia na real! O que importa é a matriz alimentar do indivíduo. O tipo de alimentação que a pessoa faz, de onde esses nutrientes vêm, de que tipo de alimento vêm. E não se x% é ácido palmítico e x%… sabe? Então é um artigo muito importante. E aí isso serve como um alerta para que as pessoas parem um pouco com esse apelo à autoridade. Se é a Organização Mundial da Saúde que disse, então deve ser verdade. Não, a Organização Mundial da Saúde é capaz de fazer um trabalho muito ruim, com um viés ideológico violentíssimo. É um viés ideológico contrário à gordura saturada que, na minha visão, originalmente era devido a uma concepção errônea, porque as pessoas só se preocupavam com desfechos substitutos e a gordura aumentava o colesterol, depois isso ficou alinhado com interesses da indústria alimentícia e da indústria de medicamentos e agora está entrando um outro componente ideológico que é o plant-based.

Rodrigo Polesso: E eu fico imaginando, assim como acontece com o TMAO que a gente fala tanto, eu tenho certeza que a Organização Mundial da Saúde gosta da filosofia da dieta mediterrânea. E a gente sabe que a gordura saturada está em outras coisas consideradas por todo mundo como saudáveis, como por exemplo o salmão, o próprio azeite de oliva (14% da gordura do azeite é gordura saturada). Eu imagino o que aconteceria no cérebro deles se a gente perguntasse: é ruim, mas o azeite é bom e como você resolve esse conflito?

Dr. Souto: A Zoe Harcombe, pesquisadora que a gente cita muitas vezes aqui, costuma lembrar que em 100 gramas de carne vermelha e em 100 gramas de salmão você tem mais gramas de gordura saturada no salmão do que na carne vermelha.

Rodrigo Polesso: Assim como gordura de porco e azeite de oliva, os dois tem quantidade semelhante de gordura saturada. É ridículo!

Dr. Souto: A banha de porco tem mais gordura insaturada do que saturada. Ou seja, ela tem uma composição que não é tão distante assim em termos de perfil lipídico do azeite de oliva. E assim, isso que nós estamos falando não são coisas difíceis de confirmar. Quem quiser dá uma olhadinha. O database todo da composição do USDA está disponível em um site chamado Self Nutrition. Bota no Google lá: self nutrition. E aí você pode colocar lá lard (que é banha), normaliza para 100 gramas, e olha lá a composição em gramas do quanto tem de cada tipo de gordura. Depois bota lá: olive oil. Então nós não estamos inventando isso aí. Repito: 100 gramas de salmão têm mais gordura saturada do que 100 gramas de bife.

Rodrigo Polesso: Então fica esse conflito, né? Meu Deus do céu! Mas, enfim, vamos ver se o rascunho vai continuar tendo essas diretrizes. Eu acho que sim, eu acho que eles não vão modificar, mas vamos ver, né?

Dr. Souto: Eu acho que eles não vão modificar, porque eu vejo o que vem pela frente em termos de nutrição. E é interessante, porque se nós tivéssemos tendo essa conversa, como nós já tivemos há uns poucos anos atrás, eu estava muito otimista. Para mim, o tipping point, o ponto de inflexão tinha sido em torno de 2014, 2015, quando saíram publicadas essas grandes metanálises mostrando que não havia associação entre gordura saturada e gordura total e doença cardiovascular, saiu o livro da Nina Teicholz, começou a sair uma série de artigos em jornais e revistas importantes, no New York Times, no The Guardian, e isso tudo reverteu muito rápido agora, porque o foco mudou. Ele deixou de ser o problema tanto de que essas gorduras estariam associadas a esses desfechos, uma vez que a literatura mostra que não, e agora se tornou um problema de: você come essas coisas e está contribuindo para a morte de toda a vida na Terra, com o aquecimento global, esse tipo de balela.

Rodrigo Polesso: É como Einstein dizia, duas coisas são infinitas: o Universo e a estupidez humana. E ele não tem certeza sobre a primeira. Então, é incrível a capacidade das pessoas de fazerem esse tipo de coisas, com possível impacto a bilhões de pessoas, como a gente falou também. Então é realmente triste. Proteja-se se você conseguir. Salve-se quem puder! Bom, a gente vai falar sobre uma dieta espetacular para criar guerreiros mais letais, mas antes disso vamos parabenizar o caso de sucesso de hoje que a Juliane mandou para a gente. Ela falou: “Vamos aos resultados dos meu 40 dias. Cintura menos 9 cm, peso menos 5,4 kg. Considero um bom resultado, visto que dei umas belas jacadinhas no período, mas ainda assim me sinto muito satisfeita.” Parabéns para ela, em 40 dias menos 9 cm de cintura faz uma diferença grande no espelho, hein! E menos 5,4 kg mesmo jacando, como ela falou. Parabéns para ela! Se você quer seguir assim como ela assim passo a passo, entre em CódigoEmagrecerDeVez.com.br, um programa de emagrecimento baseado em ciência que te guia semana a semana pelos hábitos. CódigoEmagrecerDeVez.com.br. Esse artigo saiu recentemente publicado no jornal americano Washington Times. O pentágono se interessa por uma dieta controversa para criar guerreiros mais letais. Essa é a manchete. E a primeira linha da manchete é a seguinte: “Se livrar dos carboidratos pode ser a chave do sucesso militar nas guerras futuras dos Estados unidos.” Olha que coisa! Grandes oficiais do pentágono dizem que o corpo de pesquisas tem mostrado que o corpo humano quando em cetose, que é o objetivo da dieta popular e controversa chamada de dieta cetogênica, segundo eles, pode ficar embaixo da água por períodos mais longos de tempo, fazendo com que a gordura, com que essa dieta baseada em gordura e mais proteína seja de benefício para os mergulhadores militares. Por outro lado, segundo o artigo, sempre mostrando os dois lados da moeda, óbvio. Por outro lado, os críticos atacam dizendo que induzir os militares a comer esse tipo de dieta tira a liberdade das pessoas escolherem como elas consomem energia. Isso é engraçado demais! Porque o governo não fala para ninguém como comer, né? Eles dizem que é fato que a dieta cetogênica é eficaz na perda de peso e que isso pode ser uma vantagem também nas forças armadas. Bom, existem grandes pesquisas sobre isso. Talvez uma pessoa que pesquisa muito sobre isso é o Dominic D’Agostino, nos Estados Unidos. Ele fala, ele pesquisa bastante justamente essa questão de mergulhadores, quanto você consegue ficar embaixo d’água e como você consegue maximizar isso com uma dieta mais cetogênica. E agora está chegando aqui de forma mais influente na cabeça dos militares no Pentágono, como eles podem utilizar isso para deixar os guerreiros mais letais, conseguir ficar mais tempo embaixo d’água com menores consequências disso e poder prestar o serviço deles de forma mais eficaz. E o grande segredo aqui é a dieta cetogênica e a nossa cetose. Enfim, o dr. D’Agostino tem trabalhado com as Forças Armadas há muitos anos sobre isso, mas não tinha visto ainda isso sair na mídia popular como essa. Dr. Souto, o que você acha sobre essa super dieta?

Dr. Souto: Eu já tinha ouvido isso do próprio D’Agostino em podcasts que ele participa. Foi assim que ele começou a estudar isso daí. O problema é que os mergulhadores às vezes têm uma tendência… podem ter convulsões por causa da situação da descompressão. O que é uma coisa maravilhosa contra convulsões? Dieta cetogênica. Então ele começou a estudar isso aí e começaram a ver que traz uma série de vantagens. E como a maioria das pessoas já sabe, deixa você mais alerta, melhora talvez a acuidade mental. Uma coisa interessante de algumas áreas que são muito focadas em resultado, como é o caso do esporte e como é o caso dos militares, é que eles não estão nem aí se a Organização Mundial da Saúde diz alguma bobagem, como a gente estava dizendo antes. Se funciona, eles fazem. Então, pode ter certeza que o Pentágono não vai propor uma coisa para os seus militares de elite, se o Pentágono acha que é uma coisa que não vai funcionar. O atleta competitivo não vai tentar uma estratégia se ele está vendo, e são pessoas que medem cada segundo, cada centésimo de segundo, que aquilo está afetando de forma adversa o seu desempenho. O fato de que nós temos atletas abordando essa abordagem, o fato de que nós temos agora os militares americanos se interessando por essa abordagem diz muito a respeito da eficácia em mundo real da abordagem. Uma outra coisa que eu me lembrei quando vi esse artigo era uma outra reportagem que mostrava um problema, uma crise que existe nos militares americanos atuais que é a crise de obesidade. Nós temos hoje em dia uma crise de obesidade nos militares que só é piorada pelo fato de que… Veja bem, o governo, quando coloca as suas diretrizes alimentares, ele não obriga as pessoas a seguirem as diretrizes, exceto se você come a comida fornecida pelo governo. Que é o caso dos militares americanos. Então, a comida que é servida nas cantinas dos quartéis obrigatoriamente por lei tem que seguir as diretrizes nutricionais americanas. E o resultado é uma epidemia de obesidade nos militares. E, pessoal, militares não têm problemas de obesidade porque se movem pouco ou fazem pouco exercício. Então, eles estão comendo errado e pode ter certeza que vai acontecer logo, logo que os militares vão dizer assim: para os civis vocês podem manter essa diretriz de pouca gordura e bastante milkshake, mas para nós vai ser comida de verdade. Porque eles precisam de desempenho e não podem ter as suas Forças Armadas diabéticas e obesas.

Rodrigo Polesso: É verdade!

Dr. Souto: Então é bem interessante isso aí. Quem diria, né? Um ramo do governo, que é o que lida com o povo em geral prescreve uma coisa. Agora, os militares, que precisam de desempenho, gente fit, gente alerta, gente que resista fisicamente está propondo o que? 180° diametralmente oposto daquilo que as diretrizes propõem.

Rodrigo Polesso: É incrível como as duas coisas podem coexistir, né?

Dr. Souto: É, no mesmo governo, né?

Rodrigo Polesso: No mesmo governo.

Dr. Souto: É porque um talvez esteja alinhado com outros interesses, que não sejam exatamente os melhores para a população.

Rodrigo Polesso: Exato! Que seria outa conversa muito longa. Meu Deus do céu! Mas é isso, pessoal, você hoje tem liberdade para pegar as informações e fazer delas o que você quiser. Você não precisa necessariamente seguir nenhuma orientação de ninguém. Bom, falando em alimentação, claro, temos agora que comentar sobre o que foi degustado na última refeição. Você está gravando de manhã, então talvez você tenha comido ontem a noite alguma coisa. Quer compartilhar com a gente?

Dr. Souto: Agora de manhã eu estava beliscando um torresmo que eu ganhei.

Rodrigo Polesso: Meu Deus do céu!

Dr. Souto: E esse torresmo aqui é um torresmo especial. A pessoa que me deu de presente, se está nos ouvindo, vai me dizer depois. Ele é um torresmo de Xaxim, em Santa Catarina, que é aerado, é levezinho… É um negócio que a gente come e… nossa! Parece pipoca, não dá para parar de comer de tão bom.

Rodrigo Polesso: É muito melhor que pipoca, né? Para falar a verdade.

Dr. Souto: Sim, muito melhor!

Rodrigo Polesso: Eu não compro até porque não dá para parar de comer. É bom demais!

Dr. Souto: Eu nunca compraria um negócio desses, porque isso aqui é uma coisa que… Sim, é low carb, sim, é cetogênico, mas, nossa… Isso aí é só para exceções. Vai fazer uma viagem de carro longa, quer levar uma coisinha para comer no caminho, essa é uma boa pedida. Então, pessoal de Santa Catarina, Xaxim, melhor torresmo que eu já comi.

Rodrigo Polesso: Sensacional! E é um snack que eu acho que é milenar, que é apreciado por populações do mundo inteiro desde sempre. O porco é um animal muito versátil, realmente.

Dr. Souto: E falando em matriz alimentar, olha que interessante. A gente vai olhar aqui os ingredientes. Quantos ingredientes tem no torresmo de Xaxim? Ingredientes: pele suína desidratada.

Rodrigo Polesso: Não tem sal?

Dr. Souto: Acho que eles não botaram o sal, deviam por, porque tem. Mas assim, com certeza é diferente de eu dizer: eu como muita gordura saturada, mas a matriz alimentar da onde vem é itens de pastelaria. Quer dizer, a pessoa come muita gordura saturada na forma de croissant. É diferente de comer muita gordura na forma de torresmo. A gente não está aqui dizendo que você precisa comer muita gordura, não é isso. Eu quero dizer que os estudos da onde são derivadas essas observações que acabam caindo lá na Organização Mundial da Saúde não diferenciam a matriz curricular. É isso. E esse estudo foi muito feliz em trazer esse item à baila.

Rodrigo Polesso: Com certeza. Se você for no cinema, por exemplo e pegar a pipoca clássica como que eles chamam de manteiga. Vamos assumir que é manteiga de verdade e tem gordura saturada. Com certeza se você comer essa pipoca, você consegue comer muito mais do que se você levasse um torresmo desse, com certeza. Porque a hora que o corpo fala assim: já deu de energia com o torresmo, é já deu. Você não vai comer mais um pedaço. Agora com a pipoca, até atingir esse nível de satisfação, de saciedade demora, hein, dr. Souto? Essa combinação de gordura, com esse amido puro…

Dr. Souto: É muito diferente. Até porque o carboidrato (especialmente misturado com sal ou gordura) leva a um consumo hedônico, um consumo para o prazer, um consumo que não tem esse feedback da saciedade. Eu estava ouvindo esses dias um podcast de um médico americano, o sobrenome, se não me engano é Ciwes, alguma coisa assim. E ele colocou isso aí: pense em uma pessoa bebendo água, você está com sede e você bebe água. Mas você não precisa fazer controle de porções. Seu corpo vai dizer exatamente o momento de parar de beber água. E isso é o que costuma acontecer com comida de verdade que não tenha açúcar e amido. A gente come quando a fome termina a gente para. Existe um feedback, uma alça de feedback que nos informa, assim como na água. Que nos dá a sede e que nos tira a sede quando a gente bebeu o suficiente. Nos dá a fome e nos tira a fome quando a gente comeu o suficiente. Isso aí é abolido quando o açúcar entra na história, ou seja, quando a matriz nutricional muda, né?

Rodrigo Polesso: Perfeito! Ótima analogia, gostei dessa aí. Vai tomar água, você toma um copo no almoço. Coloca um suco ou uma coca para você ver quanto você toma.

Dr. Souto: É. Não tem risco de você fazer uma intoxicação hídrica tomando água.

Rodrigo Polesso: Exatamente! Bom, ontem a noite o que eu comi é uma coisa interessante. Bife, que é a principal parte nutricional do prato, mas também orelha de porco fatiada. Olha só que coisa bizarra. Eu fui em um… Bizarra, não, porque eu postei no Instagram e o pessoal falou que em Portugal, no Ceará, no interior do Paraná se come bastante. Eu achei interessante, eu que estava vivendo na ignorância, então! Então, orelha de porco é uma ótima fonte de colágeno. E veio fatiadinha e temperada já. Comprei no mercado chinês. Eu coloquei isso em cima de que? Pasmem: arroz branco. Eu fiz arroz branco ontem também, coloquei isso misturado, mais esse bife e aí está fechado o meu prato de alimentação forte. Lembrando que carboidratos não são ruins na sua essência. Existem carboidratos bons e carboidratos ruins. E o principal é você saber quando utilizar, que tipo de atividade você está fazendo que pode talvez demandar uma fonte de energia como o carboidrato. Por exemplo, exercícios de alta intensidade como eu estou fazendo agora, ele ajuda bastante na questão do glicogênio e performance também. Então, não existe xiismo, pessoal. E ainda assim, para qualquer standard, para qualquer padrão, mesmo uma alimentação dessa seria classificada como low carb. Inclusive nos estudos que a gente vê, dr. Souto, quando eles chamam de low carb, tem até o que? 150 gramas de carboidrato? Na minha opinião não entraria nem como sendo low carb. Enfim, a própria definição de low carb é controversa.

Dr. Souto: Bem elástica.

Rodrigo Polesso: Bem elástica. Eu consideraria 50 gramas, por aí. Mas, enfim, só para mostrar para vocês, pessoal, que não existe xiismo. Não sou, particularmente, alérgico a carboidratos, de forma alguma. E existem bons e ruins, como eu falei. Ruim o que é? É pipoca com coisa lá, é doce, é brownie. Bom é o que? Uma batata doce, tapioca, arroz que também é um carboidrato de qualidade. Tudo depende do seu objetivo e do seu entendimento sobre alimentação para você utilizar de forma inteligente.

Dr. Souto: Claro! Depende do objetivo. Se o indivíduo é diabético, por exemplo, bom, aí essas coisas não vão ajudar.

Rodrigo Polesso: Exato!

Dr. Souto: Mas se o sujeito é saudável, não tem problema de peso. Bom, então qual é o problema? Se for uma matriz nutricional… gostei desse termo! Se for uma matriz nutricional adequada. Bom, então você está obtendo o carboidrato lá da batata doce é muito diferente de você obter o carboidrato de balas duras que você compra no checkout do supermercado, que são açúcar puro.

Rodrigo Polesso: Exatamente. É isso aí. Pessoal, siga a gente lá no Instagram, se você não segue a gente lá ainda. Siga o dr. Souto: @jcsouto; se siga em @rodrigopolesso e também a ABLC, Associação Brasileira Low Carb: @ablc.org.br, que a gente sempre posta fotos de comida, o que a gente está fazendo no dia a dia. É legal para vocês se inspirarem também. É isso aí então, pessoal! Um grande abraço para todo mundo. Se você quer ter acesso a mais de 550 receitas, entre na Tribo Forte: TriboForte.com.br, você pode ver tudo lá. Ok? Então um grande abraço, pessoal e até o próximo episódio. Dr. Souto, obrigado e até o próximo.

Dr. Souto: Obrigado e até o próximo! E para você que está em jejum, vai o som do torresmo.

Rodrigo Polesso: Boa!

Dr. Souto: Tchau, tchau!