Bem vindo(a) hoje a mais um episódio do podcast oficial da Tribo Forte!
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Neste podcast de perguntas e respostas:
- Jejum, Platô no emagrecimento, Dia do Lixo, Chás, etc.
- Escute as respostas para muitas perguntas comuns sobre saúde e emagrecimento 🙂
Passe adiante!?
Saúde é importante!
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Ouça o Episódio De Hoje:
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Casos de Sucesso do Dia
Transcrição do Episódio
Rodrigo Polesso: Olá! Bem-vindo a mais um podcast Tribo Forte, sua dose semanal de saúde, estilo de vida, verdades nutricionais. Nosso objetivo é fazer você viver na sua melhor forma possível com grande vitalidade e longevidade. A gente tenta compartilhar semanalmente o que pode te ajudar a atingir este objetivo. Hoje… Esse é um podcast especial de perguntas e respostas para a celebração de muita gente. Eu tenho recebido mensagens das pessoas pedindo para que a gente faça mais episódios desse tipo de perguntas e respostas, onde a gente responde, dá nosso take a perguntas ardentes da nossa audiência. Tipicamente, esses episódios são variados em assuntos, porque as perguntas são, de fato, bastante variadas. Hoje a gente vai ter uma coleção de perguntas que eu espero que seja útil para muita gente. Tudo bem, Dr. Souto?
Dr. Souto: Tudo bem, Rodrigo. Boa noite e boa noite aos ouvintes.
Rodrigo Polesso: Beleza. Vamos começar a dar uma luz para essa galera. A primeira pergunta que vem aqui é do Caio Jonatas. Ele fala o seguinte. Na verdade, como a gente falou a poucos episódios atrás… A gente falou na questão da cerveja… Você mencionou que eu deveria fazer um experimento em nome da ciência e medir minha glicose. Ele colocou, “Assim como o Dr. Souto, eu te desafio, Rodrigo, a se picar e medir a insulina depois de consumir uma Russian Stout bem complexa. É de muito interesse para mim e tenho certeza para vários leitores do site.”
Dr. Souto: Só que medir a insulina não vai dar, a não ser que fosse num laboratório de análises clínicas… Medir em casa é glicose e cetose.
Rodrigo Polesso: Não sei o que ele quis dizer. Talvez ele quis dizer glicose, porque a gente estava falando em glicose na época. Talvez isso aconteça no futuro, não sei. Vamos ver. Agora a pergunta, de fato, dele é a seguinte. “Um tema bastante interessante de se abordar seria o famoso dia do lixo. Sei que já chegaram a comentar dessa prática, mas seria interessante abordar de forma mais aprofundada para termos o melhor aproveitamento a cerca do tópico. Particularmente, utilizo do meu sábado, aproximadamente 16 horas do dia, para comer, literalmente, porcarias. Isso me fortalece mentalmente para minha semana que costuma ser bem baixa, bem xiita em carboidratos. Não sei se 16 horas da minha semana prejudicariam tanto minha saúde quando colocadas frente a 152 horas restantes que passo em low carb. Seria interessante um papo sobre isso.” A gente já falou bastante sobre essa questão do dia do lixo, mas nem todo mundo vê todos os episódios, na verdade. O problema começa até com o próprio nome, como a gente já falou, de dia do lixo. Dr. Souto, dá seu take nisso aí.
Dr. Souto: Eu não gosto desse nome. Bom, primeiro… Meu take. Meu take é que não deveria ser um dia, deveria ser no máximo uma refeição livre. Vamos chamar de refeição livre e não de lixo, porque eu não como lixo.
Rodrigo Polesso: Quem vai comer lixo, né? Exato.
Dr. Souto: Mas assim, eu entendo. Ele quer dizer lixo porcaria. Bom, é uma opção individual, entendeu? Eu já passei por isso. Eu tenho 7 anos de low carb, então eu fiz experimentos desse tipo. A gente depois… É mais ou menos quando a gente antecipa que vai ser bom beber… Depois a gente bebe demais… Depois tem uma ressaca e se arrepende. A mesma coisa acontece com determinados alimentos que são porcaria mesmo… Produtos alimentícios. Então… Eu prefiro pensar em uma refeição livre eventual. Essa refeição livre é livre no sentido de que ela vai ter mais carboidratos. Ela daqui a pouco vai ter lá uma batata suíça. Daqui a pouco vai ter uma sobremesa que tem açúcar. Vai ter um sorvete, um cheesecake. Vai ter… Enfim, um fondue de chocolate, alguma coisa assim. E sim, isso aí dentro de uma refeição e no contexto de uma semana inteira, obviamente o impacto é pequeno. Inclusive, quando a pessoa está usando low carb para emagrecimento, frequentemente as pessoas continuam emagrecendo mesmo fazendo lá sua refeição livre esporádica. Agora, essa questão do impacto psicológico é extremamente individual.
Rodrigo Polesso: É verdade.
Dr. Souto: Por exemplo, para este nosso leitor, para este nosso ouvinte, ele diz que ganha forças para continuar seguindo uma dieta mais controlada no resto da semana. Para muitas pessoas, essa refeição livre… Ou pior ainda, se for um dia inteiro, é o gatilho do descontrole.
Rodrigo Polesso: É verdade.
Dr. Souto: Então, tem pessoas que dizem assim, “Olha, seu eu pegar e ficar um dia comendo porcaria, no outro dia eu acordo louco de fome, não consigo parar.” Aí, quando a pessoa vê, aquele um dia virou 7 dias, que virou um mês e a pessoa ganhou de novo todo o peso que tinha perdido e diz, “Não adianta, não consigo”. Então, não adianta. Existe um quê de autoconhecimento na jornada de cada um de nós no que diz respeito à alimentação e à saúde como um todo. Então… Pesa fora de alimento. A pessoa… Pensa em atividade física. Tem gente que diz assim, “Olha, eu preciso ter uma atividade física que eu goste, que eu possa fazer na minha casa. Se eu não fizer na minha casa, vou ter preguiça e tal.” Tem outros que dizem que não, “Eu tenho que pagar um ano de academia porque aí eu vou me sentir um imbecil se eu não for agora que eu já paguei. E eu vou pagar um personal trainer, porque aquele personal vai estar lá três vezes por semana, e se eu não for naquele horário, eu vou pagar ele igual. Aí eu vou me sentir um imbecil. Então, eu vou.” Entendeu que são personalidades diferentes? Para uma pessoa se ela tiver aquilo como obrigação, é chato e ela desiste. Mas se ela fizer na casa dela, aí ela tem vontade. Para outra pessoa é o contrário. Na casa dela, ela vai ter preguiça e não vai fazer. Ela precisa ter uma obrigação paga em outro lugar. Cada um sabe onde aperta o sapato. Mas, então, eu acho que uma refeição livre… A pessoa tem que ter em mente que isso esporadicamente vai acontecer, porque faz parte da vida. Situações sociais, casamento, batizado, aniversário. Agora… Se isso vai ajudar ou não do ponto de vista psicológico… É muito individual.
Rodrigo Polesso: Eu concordo. E tem outra coisa também. Quando você estipula um dia, como no caso o sábado dele… Estipula o sábado para fazer isso… O que acontece? Começa a pensar no sábado já na quarta-feira. Você começa já a antecipar o sábado. Fica segurando, construindo uma ansiedade… Uma ansiedade para chegar no sábado. No sábado acontece o quê? Você acaba comendo muito mais do que você comeria se você estivesse num dia normal que você come porcaria. O sábado é o único dia da semana que você vai comer porcaria… Você se entope e quase adoece de tanto comer. Se a gente perceber… O prazer tem uma curva que cai muito rápido. Se a gente passou a semana inteira comendo bem… “No sábado vou comer um doce… Comer um brownie.” Você come o brownie, come lá… Você vai ficar feliz, satisfeito, por esse doce. Se você comer daqui três horas um croissant e sorvete, o prazer comparado vai ser muito menor. E se você comer à noite mais porcaria, o prazer vai ser muito, muito menor também. Então, é uma curva que cai bastante. Pode ser uma armadilha que você mesmo aplica em você mesmo ao estipular um dia específico da semana para fazer esse tipo de coisa. Eu acho uma coisa que todo mundo pode se beneficiar nesse sentido do dia do lixo, digamos, é saber o que é sua vida sem um dia do lixo. Pelo menos por um tempo. Para você saber o que é não fazer. Para você saber o que são esses gatilhos. Se você passar, por exemplo, quatro semanas sem exceção, você vai ter um experimento que vai ser útil por sua vida inteira. Você vai saber que é possível e vai saber como você se comporta ao longo desses 30 dias… E que força o lixo tem sobre você no final desses 30 dias. Com isso você pode, de acordo com seu estilo de vida, de acordo com suas tendências psicológicas, estipular uma refeição aqui, um dia do lixo lá, ou reservar para, como o Dr. Souto falou, para acontecimentos que são inevitáveis como comemorações, happy hour e etc. Então, não tem uma resposta para todo mundo, mas é bom ficar pelo menos aware… Ficar ciente… Ficar ciente das armadilhas que podem ter a respeito disso. Como eu falei, são vários assuntos diferentes aqui. Vamos pulando de pergunta em pergunta. A próxima pergunta vem da Carol Palombini. Ela fala: “Eu entrei no efeito platô fazendo alimentação forte, jejum de 16 horas todos os dias e 24 horas uma vez por semana. E só adiciono azeite na salada.” Era um vídeo que eu fiz falando sobre o excesso de gordura na dieta. “O que pode estar acontecendo?” Quer ajudar ela? Dá seu take primeiro aí, Dr. Souto.
Dr. Souto: Pois é. É difícil eu saber o caso específico dela, porque isso pode variar para diferentes pessoas. Uma coisa que precisa ficar claro é que nenhum emagrecimento é linear. Existe um período inicial onde a perda de peso é mais rápida. Essa perda de peso vai ficando mais lenta. Um dos motivos é o seguinte… Depois que a pessoa já perdeu uma certa quantidade de peso, ela agora é uma pessoa menor. Ela é uma pessoa que, para manter o peso, gasta menos calorias. Seu metabolismo basal diminui. De modo que… Vamos imaginar uma pessoa que… Comia 2 mil calorias para ficar em equilíbrio calórico… Para não engordar nem emagrecer… Essa pessoa perde 15 quilos e agora, para manter o peso, ela vai comer, digamos, 1800 calorias. A gente não fala normalmente em calorias porque a gente sabe que uma alimentação forte, uma alimentação low carb produz uma diminuição espontânea de apetite. A pessoa come menos. Mas é ingênuo pensar que se a pessoa fizer exatamente a mesma estratégia alimentar ela vai continuar emagrecendo sempre até ficar com 40, 35 quilos. Não é assim que funciona. O corpo encontra um outro equilíbrio. Então, a gente não sabe se isso aconteceu porque ela já está próxima do peso que é o seu novo set point, aquele peso que seu corpo fica bem. Pode não ficar bem para a capa da revista, mas bem no ponto de vista de saúde. A gente não sabe se por acaso não existe um… Sem perceber… A pessoa está fazendo a alimentação qualitativamente correta, mas daqui a pouco existe um aumento progressivo das quantidades. Às vezes a forma de ver isso é fazer um diário alimentar. Anotar tudo o que come e ver se não tem uns lanchinhos low carb a mais do que deveriam. Umas nozes e castanhas a menos. Laticínios gordos, queijo, nata e etc. um pouco a mais do que deveria. E também existem outras coisas que é interessante ver com seu médico… De preferência alguém que tenha um pouco de experiência em low carb. Daqui a pouco, por exemplo, o T3 livre dela está baixo. Daqui a pouco existe uma resistência à insulina que está difícil de ceder simplesmente com dieta. Daqui a pouco tem uma insulina de jejum que permanece alta e vai precisar de uma metformina, de uma coisa assim. Daqui a pouco está faltando uma atividade física que não é fundamental para a perda de peso, mas ajuda às vezes para esses platozinhos. E tem que ver se esse platô é platô mesmo. Às vezes a pessoa passa um mês sem perder peso nenhum, continua fazendo seu low carb e daqui a pouco volta a perder peso de novo. Eu estou dando várias alternativas. Pode ser alguma dessas coisas, pode ser outra. Não sei o que você pensa, Rodrigo.
Rodrigo Polesso: Não tenho muito a adicionar, na verdade. Você cobriu muito bem. A primeira coisa que eu ia dizer era justamente isso. Tenha certeza de que você atingiu um platô, até porque na balança você não consegue ter a composição corporal. Às vezes tem muita gente que diz que “ganhei dois quilos, mas tirei as medidas e perdi cintura”. Então, você ganhou em músculo, pode ser, por causa do aumento nutricional da sua dieta. Pode acontecer. Pode ser outra coisa. Outra armadilha também é as pessoas achar que mais é sempre melhor. Aquela questão da Aspirina. Se uma Aspirina é boa, imagina dez? Dez é muito melhor. As pessoas podem pensar assim na questão do jejum também. Começam a se forçar a comer uma quantia… Começam starvation mesmo. Um regime de inanição, achando que aquilo é melhor e tentando se enganar, achando que está emagrecendo e que vai manter isso para o resto da vida. Depois que você para com essa coisa boba, e acaba ganhando um pouco de peso ou até parando de perder peso também, porque seu organismo se reajustou, e agora tem que voltar a funcionar normalmente. Acho que tem muitas variáveis, como você disse. Não tem uma coisa que se aplica a todo mundo. Mas o primeiro é ter certeza de que você de fato atingiu o platô. São várias e várias semanas de estagnação… Poderiam dizer isso. E sempre medir a composição corporal também para ter certeza do que está acontecendo.
Dr. Souto: Medir a composição corporal pode ser feito de formas mais sofisticadas, mas tem a coisa simples, que é a fita métrica para medir a circunferência abdominal, ver se está perdendo centímetros. E a máquina fotográfica. O selfizinho, aquele na frente do espelho, de frente e de lado, uma vez por mês, para ver como está evoluindo visualmente a composição corporal. É muito interessante. Às vezes passa um mês, a pessoa não perdeu peso na balança, mas perdeu alguns centímetros e nitidamente a coisa evoluiu do ponto de vista visual na foto. Isso ocorre especialmente em quem está fazendo atividade física.
Rodrigo Polesso: Uma dica extra é tentar tirar a foto no mesmo espelho. O espelho distorce também.
Dr. Souto: Mesmo espelho com a máquina na mesma altura. Não adianta bater uma vez com a máquina na altura da barriga e outra vez com a máquina na altura do tórax. Então, assim… O mesmo ângulo, digamos. Segura a máquina na mesma altura. Máquina ou telefone.
Rodrigo Polesso: Telefone. Olha só… Maravilha. Mais uma pergunta aqui… Eu coloquei essa pergunta porque a gente recebe muitas perguntas do mesmo tipo, com o mesmo formato, com a mesma fórmula. A pergunta vem da Ângela Maria Dias. Ela fala o seguinte. “Chá de lasca de gengibre, pode? Eu tomo.” Imagine qualquer combinação… Pergunta-se tudo… Tipo de fruta, casca, folha… As pessoas perguntam se chá disso pode tomar… Se não sei o quê. Eu imagino que o motivo da pergunta com esse “pode?” é para emagrecimento. Para começar, chá, como a gente já falou várias vezes, ou infusão de coisas não calóricas, não ajudam nem atrapalham, na minha opinião, desde que não seja um exagero, obviamente. Se você consumir água em exagero, você sabe que vai se desnutrir. Vai liberar minerais adicionais e você não precisaria fazer isso. Mas chá, sem você adoçar… Seja do que for o chá… Cada um tem as suas – digamos – propriedades medicinais que você pode estudar e decidir usar ou não, mas em termos de emagrecimento eu particularmente não vejo problema nenhum. Eu tenho certeza de que eles não pensam dessa forma. Acho que eles pensam no sentido… Se eu tomar chá de X… Chá de qualquer coisa que seja… Isso vai me ajudar a emagrecer? Ele é termogênico? Ou não é termogênico? Essa é uma grande falácia aí. Mas a gente vê demais perguntas assim, Dr. Souto. Não sei como você responde quando alguém te pergunta esse tipo de coisa.
Dr. Souto: Eu penso exatamente a mesma coisa. Chá não vai ter nenhum efeito mágico. Não tem chá emagrecedor, pessoal, não caiam nessa. Mas também não atrapalha. Chá é uma forma de saborizar a água, é isso. Então… Sabe quando a gente vai naqueles eventos e tem um negócio grande com água dentro e umas frutinhas boiando? Aquilo é um gostinho diluído em um monte de água. Não tem açúcar de forma significativa. Pela mesma lógica, chá de qualquer tipo também não tem problema. Mas, muito importante deixar claro para as pessoas… Chá aqui significa pegar folha ou casca e etc. e ferver na água. Botar na água quente. Essas coisas solúveis em pó que se compram por aí não são chás. Então, aparece lá “chá de hibisco”. Aí a pessoa vai ver… Ao invés de serem folhinhas de hibisco dentro de um sachezinho para botar na água quente, é um pó rosa solúvel. Aquilo é maltodextrina. Aquilo e açúcar é a mesma coisa. “Mas está dizendo ali que é zero açúcar.” Não, é zero açúcar porque é adoçado com adoçante artificial, mas maltodextrina é glicose. Então, quando eu estou falando chá, estou dizendo ou um mato que você larga dentro da água ou então sachezinhos que dentro daquele sachê tem mato, tem folhinha, tem florzinha, enfim… A coisa que você vai botar na água quente. Então, chá solúvel, esse que basta misturar na água com uma colherinha e beber, isso não é chá.
Rodrigo Polesso: É, não é chá. Mas se você for procurar na internet… Tem muitos vídeos ou artigos prometendo esse tipo de coisa. “Sopa emagrecedora. Perca 7 quilos em 1 semana.” Ou chá emagrecedor. As pessoas procuram por isso como loucas. Elas estão sempre procurando pelo maior resultado com o menor esforço. É natural do ser humano. Pílula mágica do emagrecimento não é diferente. Pessoal, não se enganem. Não existe nenhum chá medicinal que vai ser termogênico a ponto de fazer você emagrecer. Isso não existe. Pode fazer você suar e perder umas calorias que você vai repor depois na sua própria refeição sem mesmo perceber. Mas vamos cuidar com essa armadilha.
Dr. Souto: Isso aí.
Rodrigo Polesso: Maravilha. Meio-campo… Intervalo para o caso de sucesso do dia, que é da Cláudia. A Cláudia mandou a foto do antes e depois dela. Muito bacana. Mandou a foto de perfil aqui. Ela fala, “Venho aqui agradecer. Eu consegui entender o que é comer de verdade e que para ter saúde eu preciso comer melhor e não mais ou menos.” Olha só que beleza. Entendeu o paradigma qualitativo da alimentação que a gente vem falando há muito tempo aqui, que é basicamente o fundamento da alimentação forte. Se você quer aprender isso passo a passo, como sempre eu digo aqui, entre no programa CodigoEmagrecerDeVez.com.br porque muitas pessoas se beneficiam do passo a passo, de ter tudo certinho, semana a semana, instrução por instrução para levar você na mão até seu objetivo de emagrecimento. CodigoEmagrecerDeVez.com.br. A Cláudia perdeu 17,4 quilos. É uma mudança bem grande. Dá para ver no antes e depois dela aqui. Muito bacana, muito bacana. Pronto para a próxima pergunta, Dr. Souto?
Dr. Souto: Manda.
Rodrigo Polesso: Essa é uma outra que eu também vejo direto, direto… Muito, muito, muito… A Juliana Motta pergunta. “Pode fazer exercício físico em jejum?” Manda bala. O que você acha?
Dr. Souto: Argumento que sempre uso… Tem estudos mostrando que pode. Mas nem precisa. Vamos pensar na lógica. Os nossos antepassados… Cláudia, né?
Rodrigo Polesso: Juliana Motta.
Dr. Souto: Juliana, desculpa. Nossos antepassados, Juliana. E quando digo antepassados, estou falando antes da agricultura, lá no paleolítico. Pessoal, não tinha supermercado. Não tinha pomar. Não tinha feira. Não tinha açougue. Então, como é que as pessoas comiam? Elas precisavam fazer exercício para comer. Você está com fome, então, se você não quiser morrer de fome, você tem que fazer exercício – e não é pouco – para conseguir a sua comida. Ou vai ter que caçar ou vai ter que sair caminhando para achar raízes e tal… Comestíveis. Então, é evidente, não apenas que você pode fazer exercício em jejum, mas que durante toda a evolução da espécie o ser humano só fazia exercício em jejum, porque quando ele estava alimentado, ele ia deitar na rede. Então, nosso corpo é perfeitamente adaptado para a prática de atividade física em jejum. A pergunta oposta seria assim… É melhor fazer exercício em jejum? Não, você não precisa. Você não vai emagrecer mais porque está fazendo exercício em jejum. Não é essa a questão. Mas acordou super cedo porque é a hora que pode… Quer fazer exercício às 6 da manhã… Não está com fome ainda… Não precisa comer. Vai tranquilo. Não dá nada. Não tem problema nenhum se você é uma pessoa saudável. Então, os estudos estão aí, mostram que não tem problema. Duas pessoas que já palestraram na Tribo Forte… Que é a nutricionista Nanda Muller e o Rafa Lund, professor de educação física… Já mostraram estudos que eles mesmos fizeram e publicaram até… Mostrando que a glicose no sangue fica mais estável em quem se exercita em jejum do que em quem come carboidrato antes. Por quê? Porque quando você se exercita em jejum, o fígado fabrica uma quantidade constante de glicose. Então, a glicose oscila mais… Tanto para mais quanto para menos… Se você comeu especialmente carboidrato antes. Então, não. Não vai faltar glicose, não vai desmaiar, não vai faltar glicose para o cérebro. Porque se nossa espécie fosse dependente de glicose para fazer atividade física, todos teriam morriam antes ainda do advento da agricultura.
Rodrigo Polesso: Perfeito. Concordo plenamente. Acho que um ponto também de chamar a atenção é que você falou, se você estiver com o corpo saudável. Porque muita gente… Se você está acostumado a se exercitar, obviamente que você não precisa começar a se exercitar em jejum se você não quiser. Se você estiver com o metabolismo emperrado… Está viciado em glicose… Consumindo dessa forma… Come de três em três horas… E você vai tentar mudar seu regime de exercício para fazer o exercício em jejum, você talvez possa ter algum mal-estar, obviamente. É uma mudança grande por causa inerentemente do mecanismo do exercício. Mas por causa do metabolismo naquela situação atual dele… Então, antes de colocar a carroça na frente dos burros, comece a se adaptar em direção a esse objetivo. Até lembro que quando eu comecei a me exercitar em jejum… Para mim foi uma tentativa. Vou para a academia. Quero só ver minha queda de performance. Estou até esperando eu sentir uma… Como que fala? Uma leveza não… A cabeça meio leve.
Dr. Souto: Tontura.
Rodrigo Polesso: Tontura. Eu estava meio com essa expectativa, porque a gente está acostumado a ouvir esse tipo de coisa. Você precisa se exercitar para ter energia. Isso é um absurdo. A gente sabe que é um absurdo hoje. Então, quando eu fui a primeira vez, estava esperando isso também. Mas o que eu notei foi o seguinte… Nada disso aconteceu. E eu me senti mais leve por não ter o estômago ocupado em digerir alimentos. Então, você está com o metabolismo bacana, você começa a se exercitar, o corpo começa a produzir a energia que você precisa. Você não tem peso no estômago, não tem sangue indo no estômago e você consegue se exercitar. A performance é igual, pelo menos, ou melhor. E claro, se você está se adaptando, dê um tempo para você se adaptar para depois tirar conclusões. Mas eu sempre me exercito hoje em jejum quando eu posso, como regra. Nas exceções eu me exercito depois de comer. Depois de comer não, algumas horas depois de comer. E eu noto que não é a mesma coisa do que quando me exercito em jejum, porque parece ser mais natural, uma coisa mais leve que faz mais sentido de se fazer. Então, a minha resposta é a mesma. Pode, com certeza. Seu corpo está programado por milhões de anos para saber lidar com esforço em jejum. Maravilha. Beleza. Próxima pergunta aqui. Próxima e última pergunta. Vem da Diana Albino. Ela pergunta: “Só uma dúvida. O queijo pode ser qualquer um?” Olha só… Eu coloquei essa pergunta aqui também porque quando a gente fala em queijo, tem um monte de perguntas que acabam se originando desse tipo de assunto. Até porque uma distinção clara que a gente pode fazer já de começo é o que é queijo e o que não queijo, porque até isso a gente distorceu ao longo dos anos com a indústria. A questão do “Polenguinho pode? Ou queijo mozzarella?” Aquele queijo que eles colocam no hambúrguer do Big Mac… Não sei se alguém já pegou aquele negócio na mão assim… Parece um plástico. Ele até brilha, como se fosse um plástico. Ele não tem uma textura de queijo. A gente sabe que queijo, se você perguntar para um fazendeiro, para sua vó… O queijo é muito simples de se fazer. Basicamente, você precisa do leite para fazer. Talvez uma iniciação de fermento… Esqueci o nome agora. De enzimas para começar a fermentar o negócio. É muito simples. Igual manteiga. Manteiga é dois ingredientes só. Sal, se você tiver sal, o leite, o creme e também uma… Como que fala, Dr. Souto? Me fugiu da cabeça. Cultura de bactérias. É muito simples. Mas o que a gente encontra hoje são todas essas variações… Esses cream cheese que não são nem cream cheese. Esses queijos low fat, que sei lá que diabos é isso. Então, tem muitas variações. Obviamente que não é qualquer queijo que pode. Tem que ser queijo. Para começar, tem que ser queijo. Na minha opinião, os mais gordos são os melhores. Essa é a minha opinião, porque faz mais sentido. Mas isso não significa que um queijo minas… Aquele que faz barulhinho para cortar de tão magro que é… Que seja ruim, digamos assim. Agora… Também na minha opinião… É que o queijo não vai necessariamente te ajudar a perder peso, por dois motivos. Um, é uma coisa muito prazerosa de se comer. A gente tende a comer mais porque a gente quer. Outra, lembre-se, o leite, para qualquer mamífero, é a única coisa que o bebê come para crescer. Então o leite é muito anabólico. Até por isso que muitos fisiculturistas consomem grandes quantidades de leite por causa dessas enzimas todas, hormônios, para você crescer bastante. Então, pensar em emagrecimento consumindo excesso de laticínios talvez não seja uma boa ideia. Então, duas coisas na minha opinião aí. Primeiro, certifique-se de que seja queijo de verdade e depois certifique-se do seu objetivo. Se você quer emagrecer, talvez o consumo exagerado não seja o melhor. Tenha em mente de que um consumo adequado pode ser parte de uma alimentação forte, se você processa o queijo bom. Eu fico aqui para sugerir também o queijo de cabra, que é um dos meus favoritos, que pode ser melhor digerido por muita gente. E por que não também, talvez o queijo de búfala? Esse é meu take nessa pergunta aí. Dr. Souto?
Dr. Souto: É. Concordo, Rodrigo. Primeiro tem que ser queijo. Esses queijos processados… Por exemplo, cheddar que se compra em supermercados no Brasil…
Rodrigo Polesso: Colorizado, processado…
Dr. Souto: Aquela coisa cor de laranja que a gente abre um saquinho dentro do qual tem cada uma das fatias, que é um negócio que parece um plástico… Aquilo ali não é bem queijo. Queijo é uma coisa que normalmente é um paralelepípedo ou uma coisa redonda que se corta fatias. Tudo bem, ele pode ser fatiado já, mas tem que ser queijo. Eu tinha no passado uma ideia de que o queijo tinha que ser só o queijo mais gordo e tal, porque ele seria um queijo mais fermentado, então teria menos carboidratos. Mas, na realidade, a gente olhando mesmo os queijos mais magros também são pobres em carboidratos, se eles realmente forem queijo. Então, acho que esse aí é um critério que vai mais pelo paladar. Prefere um queijinho mais amarelo? Come. Prefere um mais branquinho? Come. Prefere um gorgonzola? Come. O que o Rodrigo falou é fundamental. O queijo é hiperpalatável. O que significa? Vamos pegar um argumento evolutivo de novo, ele é bom. Nós evoluímos por milhões de anos com o nosso senso de apetite e saciedade sendo calibrado por aquilo que estava disponível. Então, existe no hipotálamo uma região que controla a saciedade e a fome. E nosso hipotálamo foi calibrado pela evolução para o que podia ser caçado, pescado e colhido. Não tinha queijo nessa época. Então, quando o queijo surge, ele surge como uma coisa hiperpalatável. Algo delicioso. Quem gosta de queijo… Daqui a pouco a pessoa vai comer uma quantidade de calorias e gordura muito maior do que ela comeria se tivesse comendo… Vou usar outro exemplo aqui. Abacate é uma fruta que tem bastante gordura. Agora, para comer em abacates a quantidade de gordura que a gente é capaz de comer em queijo, teria que comer uma quantidade tão absurda de abacates que não caberia no estômago. Ou seja, um quilo de queijo são 15, 20 litros de leite que foram transformados em apenas um quilo de queijo. Ele é muito concentrado e hiperpalatável. “Quer dizer que não pode comer queijo?” Não, pode, mas tem que ter em mente isso que o queijo não é ilimitado. Quando eu falo queijo… Estou falando do queijo, mas podia estar falando de creme de leite, podia estar falando de nata, podia estar falando de cream cheese, podia estar falando de requeijão. Eu podia estar falando de qualquer laticínio gordo concentrado. Faz parte. É possível colocar numa alimentação forte, numa alimentação low carb, sim. Agora, eu não limito o número de ovos que um paciente precisa comer, porque normalmente ele não vai comer uma dúzia.
Rodrigo Polesso: É autolimitado, né?
Dr. Souto: É autolimitado. Agora, queijo não é autolimitado. Para algumas pessoas que gostam muito de queijo… Vocês devem estar percebendo que eu sou uma delas…
Rodrigo Polesso: Deve ter gente comendo queijo só por ter ouvido a gente falar.
Dr. Souto: Eu não tenho maturidade para pegar aqueles queijos que a Pati Ayres me dá de presente lá em Minas Gerais e deixar ele em cima da mesa. Ele dura dois dias.
Rodrigo Polesso: “Não tenho maturidade” foi ótimo.
Dr. Souto: É, o que eu faço? Eu pego, corto ele em, sei lá, sei alíquotas, congelo cinco delas e deixo uma disponível ali, porque aí eu consigo controlar. Cada um sabe onde aperta o sapato. Se você é que nem eu e adora queijo, bom, não fique com uma quantidade grande de queijo na sua frente. Você vai comer demais.
Rodrigo Polesso: É. Com certeza. Recentemente, quando eu estava ainda na Coreia, a gente estava comendo queijo como sobremesa, digamos assim. Tinha o queijo brie lá. O queijo brie de cabra é um dos meus favoritos, mas é um queijo bem gorduroso. Então, a gente corta uma fatia, cremosíssimo assim, e coloca do ladinho do prato. Então, eu como todo o prato e no final é aquela sobremesa. Pego aquele queijo e como aquela fatia pequena como sobremesa.
Dr. Souto: Mas pega um… Esse queijo meia cura lá de minas que a Pati Ayres de vem em quando via conseguir para nós aí… Aquilo ali é irresistível, Rodrigo. Não tem como.
Rodrigo Polesso: Eu sei como que é. Eu também adoro queijo.
Dr. Souto: Depois que fica um tempo fora descoberto, ele vai formando a casquinha por fora… Mas dentro ele continua mais branquinho. Ele tem aquele gostinho… Um cheirinho de chulé assim que é uma delícia… Eu não tenho maturidade para deixar um queijo desses inteiro em cima de uma mesa. Ele não dura dois dias.
Rodrigo Polesso: Muitos anos atrás eu fiz um artigo perguntando… Você é nadador ou mergulhador? São basicamente os dois tipos de pessoas. Tem o tipo de pessoa que gosta de ir fundo na coisa. Vai comer doce? Come doce para caramba. Vai comer pizza? Come a pizza inteira. E tem o nadador, que é aquele… Se eu comer um quadradinho de chocolate por dia, estou bem. Se eu comer um quadradinho de queijo por dia, estou bem. Eu sou mergulhador, sou que nem você. Comer queijo? Eu como bastante queijo até passar toda a vontade. Tem que se conhecer também para criar artifícios para se proteger, como esse que você disse.
Dr. Souto: Tem que se conhecer. Queijo pode? Pode. Qual queijo? Aquele que você gostar que seja queijo de verdade. Mas conheça-se a ti mesmo. Se você não controla… De repente não é bom ter um queijo delicioso sempre disponível em casa, ou faz que nem eu, congela uma parte.
Rodrigo Polesso: Com certeza. Olha só… Chegamos ao fim, mas o que a gente comeu na última refeição? Vamos fazer assim. O que você comeu no café da manhã? Se é que você comeu alguma coisa hoje e puder compartilhar com a gente.
Dr. Souto: No café da manhã de hoje eu comi iogurte que eu mesmo fiz. Aquele natural integral com mirtilo e amoras.
Rodrigo Polesso: Que fancy.
Dr. Souto: É porque agora eu descobri um lugar aqui que tem para comprar frutas vermelhas em Porto Alegre, congeladas.
Rodrigo Polesso: Eu já vi uma dica uma vez. Alguém me falou. Eu já fiz, inclusive. Pega umas frutas congeladas, um mirtilo ou essas amoras congeladas, põe num potinho, num pirex, coloca isso num micro-ondas e manda ver. Ele fica tipo uma geleia. Fica que nem uma geleia, uma polpa. Você coloca por cima uma fatia de queijo, por sinal… Barbaridade, fica bom demais. Até misturado… Mistura mais fácil no iogurte também. É uma alternativa interessante.
Dr. Souto: Gostei da ideia.
Rodrigo Polesso: Boa. De café da manhã… Eu nunca como nada no café da manhã, na verdade. Então, eu tomei um café preto só. Aqui no apartamento os caras têm uma máquina dessas de cápsula que não é nem de longe minha forma favorita de tomar café, na verdade. Eu sempre prefiro um expresso americano, que é o expressinho com água. Feito na hora com grão fresco. Mas enfim… A praticidade… A maquininha com essas cápsulas aqui… Depois de pesquisar uma época, eu até falei no podcast. Não sei se é café nessas cápsulas… Fui pesquisar e parece que é café mesmo. Agora, tem o problema todo de serem cápsulas que contém coisas químicas, como PPA e etc. Hoje em dia acho que a minoria delas tem esse tipo de coisa. Mas em termos de ingredientes, pelo o que eu sei, é café. Claro, não é um café moído na hora. É um café que está um tempo na prateleira. O resultado não é igual a um barista fazendo café para você. Mas nem sempre você tem um barista disponível. Como eu estou de aluguel também agora, tenho que me contentar com que tem à disposição. Então, foram duas canecas de café. Esse foi meu café da manhã diário. Café preto. Beleza. Maravilha. É isso aí. Vamos fechando esse podcast aqui. Se você quer conhecer mais sobre a Tribo Forte, por que não vestir a camisa e se tornar um membro? Entra aí em TriboForte.com.br para ter acesso ao portal privilegiado de membros. Isso aí. Obrigado, Dr. Souto. A gente se fala na próxima semana. Até mais.
Dr. Souto: Obrigado, Rodrigo. Obrigado aos ouvintes e até semana que vem.