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Neste Podcast:

  • Carboidratos são todos ruins? Ou não? Quais os melhores e os piores? O que se concluir sobre esse macronutriente tão polêmico?

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Casos de Sucesso do Dia

Reinaldo (1)

 

 

Referências

Artigo Sobre Carboidratos Publicado no BMJ

 

Transcrição do Episódio

Rodrigo Polesso: Olá, olá! Bom dia! Bem-vindo ao episódio número 120 da sua dose semanal de saúde, estilo de vida saudável e tudo para te ajudar a viver melhor, no seu melhor corpo com certeza. Hoje a gente vai focar em falar da copa do mundo. Não! Estou brincando! A gente não vai falar da copa do mundo. Vai ser um dos únicos canais a não falar da copa do mundo hoje, porque tem coisa mais importante: a sua saúde. Nós vamos falar, ao invés de carboidratos, falar um pouco mais sobre carboidratos no geral, hoje. São todos iguais? Todos se beneficiariam de reduzi-los? Será que a gente precisa demonizar todos? Qual é a verdade? O que a gente acha? A gente via também falar sobre uma iniciativa inédita no Brasil, que está começando agora, que pode ser um ponto de mudança bacana. Dr. Souto vai iluminar a gente a respeito disso. E depois eu vou mostrar (para descontrair) uma comparação entre um hambúrguer de carne e um hambúrguer alternativo para vegetarianos, sem carne, como exemplo. Para a gente ver que às vezes a direção que a indústria está levando acaba talvez invalidando a própria premissa de ser saudável. Não é verdade? Afinal, o que a gente procura a indústria tende a entregar para a gente. Dr. Souto, tudo bem por aí?

Dr. Souto: Tudo bem, Rodrigo. Boa noite por aqui, bom dia por aí!

Rodrigo Polesso: Vamos começar com essa iniciativa bacana. O dr. Souto esteve recentemente em Florianópolis para uma palestra e pode contar um pouco mais para nós o que está acontecendo de novo no Brasil que pode, talvez, inspirar uma nova onde diferente.

Dr. Souto: Então, Rodrigo, semana passada eu tive uma experiência muito legal em Florianópolis. Fui convidado pelo dr. Mauro dos Anjos, que é médico intensivista, convivemos e trabalhamos juntos por muitos anos aqui em Porto Alegre e depois o Mauro se mudou para Florianópolis. E lá ele foi convidado para coordenar a UTI de um hospital novo que está quase pronto lá em Florianópolis, chamado Hospital Trindade. E o Hospital Trindade vai ser o maior hospital privado de Florianópolis, um hospital grande. E é um hospital que… quando o Mauro foi convidado a participar desse empreendimento, ele colocou para a direção do hospital a ideia de que o hospital poderia aproveitar que é uma instituição nova, que está começando do zero, e começar certo do ponto de vista da nutrição. O que eu quero dizer com isso? A alimentação do Hospital Trindade vai toda ser orgânica, olha que legal! Então foi feita uma combinação com uma organização lá de Florianópolis, eu estava com ela na ponta da língua, desculpem, mas não me lembro o nome… Mas que reúne uma série de agricultores familiares, agricultores orgânicos. Então ao invés do hospital comprar produtos com um monte de agrotóxicos, eles vão comprar os seus produtos direto de agricultores familiares. E uma coisa sensacional é que muitos desses agricultores vão passar a ter uma renda fixa, porque eles vão ter um comprador que vai comprar uma grande quantidade de alimentos todos os meses. E com isso, alguns agricultores vão largar o plantio de fumo, de tabaco e se dedicar ao plantio de alimentos. Então olha como uma iniciativa dessas, uma iniciativa empresarial, pode ser uma coisa maravilhosa para todo mundo: para o paciente que está lá internado e vai consumir alimentos de muito melhor qualidade e para o produtor familiar que passa a ter uma garantia da compra dos seus produtos. Então eu achei uma iniciativa muito legal. O Mauro me convidou para dar uma palestra lá em Florianópolis para tentar passar para a direção do hospital e para o público quais as vantagens de uma alimentação low carb para os pacientes do hospital internados com síndrome metabólica e diabetes. O dr. Robson é o presidente dessa instituição que é responsável pela construção desse hospital e pela direção desse hospital. E eu estive conversando com ele, ele estava lá assistindo junto com o resto dos médicos. Acho que ficaram bem impressionados, convencidos com os argumentos científicos. E é fato que o Hospital Trindade em Florianópolis, uma vez pronto e operacional, vai oferecer um cardápio low carb  para os pacientes diabéticos. E eu tenha a impressão, Rodrigo, de que isso é uma coisa pioneira e única no Brasil.

Rodrigo Polesso: Eu nunca ouvi falar nem fora do Brasil.

Dr. Souto: E um dos poucos hospitais do mundo! Quando eu fiz a preparação da palestra, eu dei uma revisada. Eu encontrei um hospital em West Virgínia, nos Estados Unidos, onde o dr. Mark Cucuzzella (que é um médico que segue a linha low carb) atua e conseguiu também ter essa influência. Ele conseguiu que o hospital oferecesse opções low carb para os pacientes diabéticos e ao mesmo tempo que o hospital eliminasse bebidas açucaradas (que não são mais vendidas dentro do ambiente hospitalar). Então, eu fiquei muito feliz, muito satisfeito com essa oportunidade. É uma coisa que enche a gente de otimismo. Queria aqui publicamente fazer um elogio ao dr. Mauro dos Anjos e ao dr. Robson, do futuro Hospital Trindade lá de Florianópolis, pela iniciativa que no Brasil (até onde eu saiba) é absolutamente pioneira. Um hospital de grande porte que está desde o seu início começando com foco em comida de verdade, alimentação orgânica e alimentação low carb para aqueles pacientes que os médicos e nutricionistas julgarem que podem se beneficiar. O que, cá entre nós, é a maioria dos pacientes.

Rodrigo Polesso: É verdade! Que coisa impressionante! Espero que seja um piloto de uma mudança que possa inspirar mais, afinal, acho que a demanda está crescendo. Como ele vai ser um pioneiro, eu espero que tenha bastante sucesso com o pessoal procurando esse hospital como primeira alternativa. E que pode inspirar a mudança em outros estados também. Por que não?

Dr. Souto: E é possível, Rodrigo, que a nutricionista que vai assumir a chefia da nutrição nesse hospital, seja uma nutricionista de viés low carb, que é muito conhecida dos nossos ouvintes. Eu ainda não vou falar o nome da pessoa, porque isso ainda precisa ser confirmado. Mas já está em contato, já está em negociação lá com o hospital. Então, vocês imaginem um hospital de grande porte, privado, em Florianópolis, cuja alimentação vem de agricultores familiares, é uma alimentação orgânica, que tem um cardápio low carb para os seus clientes e cuja a nutricionista que chefia a nutrição vá ser uma nutricionista de viés low carb e de comida de verdade. Parece um sonho, não é? Mas eu acho que é assim, a gente vai conquistando as coisas aos pouquinhos. Em 2011 se alguém dissesse que algum dia isso poderia acontecer, iam dizer que era loucura.

Rodrigo Polesso: Acho que o nosso plano maquiavélico está funcionando! De infiltrar espiões da Tribo Forte em outras áreas e começar a mudar. Fazer a mudança de dentro! Mas, realmente, essa mudança está indo muito rápido mesmo. Olha só, pessoal, vamos falar um pouco de carboidratos, então? Acho que a gente nunca falou… a gente fala direto sobre isso! Tem um novo artigo que analisou o que a gente sabe hoje sobre carboidratos e foi publicado no BMG, o British Medical Journal. Entre os autores a gente tem o dr. David Ludwig, de Harvard, com quem a gente tende a concordar muitas vezes. Não necessariamente sempre, mas muitas vezes. Eles dizem, como a gente já sabe, que muitas populações tradicionais viveram e ainda vivem bastante saudáveis até quando o consumo de carboidratos é alto. A gente sabe… Não é segredo para ninguém. E com isso em mente, eles começaram a discutir acerca disso. Agora, é interessante que a primeira frase do artigo, a primeira frase dessa publicação diz o seguinte: “Carboidrato é o único macro nutriente que não tem um pré-requisito mínimo de ingestão.” Ou seja, eles começa, dizendo que carboidrato é desnecessário para o corpo. Então a gente sabe, se o mínimo necessário é 0, vamos discutir agora qual o benefício de ter mais ou menos (pois a gente sabe que o pré-requisito é 0). A conclusão deles é a seguinte nesse artigo… Eu achei bastante bacana até a conclusão. “A qualidade dos carboidratos parece ser mais importante na saúde das populações do que a quantidade deles.” Olha só! Nunca falei isso! “Um forte caso pode ser feito em relação aos grãos e alta carga glicêmica, produtos derivados de batata e açúcares adicionados como sendo possíveis causas de problemas como obesidade, diabetes, doença cardiovascular e alguns cânceres. Ao passo que carboidratos fibrosos (como legumes e folhas) parecem ser protetores. De toda forma, os efeitos metabólicos do consumo total de carboidratos podem variar entre as pessoas dependendo do nível de resistência à insulina, tolerância à glicose ou outras pré-disposições biológicas adquiridas ou herdadas.” Que bacana! E as conclusões em bullets, em pontos é o seguinte: “populações humanas têm sido bastante saudáveis em dietas que variam bastante na quantidade de carboidratos. A qualidade do carboidrato tem uma grande influência nos riscos do número de doenças crônicas. Substituindo esses carboidratos processados por carboidratos não processados, ou gorduras saudáveis, poderia beneficiar bastante a saúde pública. O benefício de substituir frutose, contendo açúcar, por outros carboidratos processados não é claro (se tem alguma vantagem nisso). Pessoas com severa resistência à insulina ou diabetes podem se beneficiar de uma redução de carboidratos totais.” Bastante legal, dr. Souto. Acho que essa é uma conclusão que é meio que compatível com a nossa opinião sobre esse assunto. E aquela questão toda de demonizar todos os carboidratos não é necessariamente correto. Precisamos colocar as coisas em perspectiva um pouco. Não sei o que você tem de opinião sobre essa peça.

Dr. Souto: É interessante que um dos coautores do David Ludwig nesse estudo é o dr. Frank Hu. E o Frank Hu é membro da Escola de Saúde Pública de Harvard que… eu não sei exatamente se ele está em uma fase de transição na vida dele, se ele está começando a mudar de opinião ou o que é, mas é bom.

Rodrigo Polesso: Só para complementar isso aí. O David Ludwig quando ele postou no Twitter isso aí, ele colocou “eu e os nossos amigáveis inimigos fizemos um artigo”.

Dr. Souto: Quer dizer, parece que o peso da evidência atualmente é tão grande que finalmente o Ludwig e o pessoal da Escola de Saúde Pública de Harvard estão conseguindo achar pontos em comum para escrever um artigo juntos, com os quais a gente consiga concordar. Mas então, Rodrigo, eu realmente acho que é um grande erro colocar os carboidratos todos em um mesmo balaio. Primeiro nós temos o seguinte: o que é o pior? Às vezes o pessoal me pergunta. Já me aconteceu em consulta. Souto, o que é pior? Açúcar ou farinha de trigo? Eu diria que a briga é feia.

Rodrigo Polesso: Por motivos diferentes até, não é?

Dr. Souto: É. Porque o açúcar é especialmente tóxico para fins de síndrome metabólica, esteatose, gordura no fígado, resistência à insulina, na medida em que 50% dele é frutose. Um pouco de frutose não tem problema, mas o excesso de frutose é tóxico. É como o álcool. Um pouco de álcool o corpo tolera bem, alguns acham que até pode ser benéfico. Mas muito álcool é tóxico. Então o excesso de açúcar, e o açúcar é sem dúvida é consumido em excesso, induz a resistência à insulina, síndrome metabólica, gordura no fígado e tudo de ruim. No entanto, a farinha é provavelmente consumida em maior quantidade pela maioria das pessoas (em termos de gramagem, de quantidade, de massa). E a farinha tem os seus problemas também no que diz respeito à inflamação e o controle de glúten. Que, segundo alguns estudos indicam… E eu sugiro para o pessoal que é da área da saúde procurar no PubMed os estudos do dr. Fasano, que é a pessoa que mais estuda permeabilidade intestinal relacionada ao glúten e o fenômeno do leaky gut relacionado com doenças inflamatórias e autoimunes. Então, se a pessoa tem tendência a autoimunidade, talvez a farinha seja pior. Se a pessoa tem tendência a síndrome metabólica talvez o açúcar seja pior. O fato é que, como o Rodrigo bem disse há pouquinho, não precisa comer nenhum dos dois. Eles não são essenciais na dieta humana. Carboidratos não são essenciais na dieta humana. Açúcar e farinha não apenas não são essenciais, são deletérios para a dieta humana. E eu diria que provavelmente há um consenso, ou mais próximo que se pode chegar do consenso do ponto de vista nutricional, do fato que açúcar e farinha são ruins.

Rodrigo Polesso: Sabe quando você disse que as pessoas te perguntam sobre o que é pior: açúcar ou farinha? Eu entendo essa pergunta vinda das pessoas dessa forma: dr., o que eu posso comer? Açúcar ou farinha? Não é o que é melhor, é o que eu posso comer.

Dr. Souto: Nenhum dos dois!

Rodrigo Polesso: Exato! A resposta é essa!

Dr. Souto: Bom, agora o que dizer das frutas e raízes? Eu sempre gosto de falar, quando falo de epidemiologia, que estudos observacionais não estabelecem causa e efeito. A gente não pode dizer que porque alguma coisa está associada com desfecho bom num estudo observacional… Que aquela coisa causa esse desfecho bom. Mas tem o outro lado da moeda. A gente já falou várias vezes aqui. Um estudo observacional que mostra uma relação inversa… Uma coisa que está inversamente relacionada com determinado desfecho não pode ser ao mesmo tempo a causa desse desfecho. Então, vamos dar um exemplo aqui. Frutas e raízes estão relacionadas nos estudos observacionais com bons desfechos de saúde. Então, não é muito razoável a gente dizer que frutas causam diabetes. Não é muito razoável a gente dizer que batata doce, aipim causam diabetes. Então, qual é o problema? O paciente que já é diabético… Bom, ele é portador de uma doença que se caracteriza pela intolerância aos carboidratos de uma forma geral. Então, o sujeito que tem essa doença não vai se dar bem com batata doce, aipim, banana e manga, porque são alimentos muito ricos em carboidratos e essa pessoa é doente. Ela é diabética, ela não tolera carboidratos. Mas o fato de que na grande maioria dos estudos observacionais parecem esses alimentos serem protetores contra o desenvolvimento de diabetes… Torna pouco provável que eles ao mesmo tempo causem diabetes. Então, eu acho que a gente precisa sim deixar claro que, para pessoas saudáveis, que estão no seu peso, que não têm síndrome metabólica e não são diabéticas, carboidratos in natura… Carboidratos na forma que a natureza os criou para serem consumidos… Não processados… Frutas e raízes… Eu não estou falando de grãos processados, ou seja, farinha… Eu não estou falando do açúcar que foi artificialmente extraído dos alimentos. Eu estou falando dos alimentos in natura. Eles não parecem estar associados com desfechos ruins de saúde.

Rodrigo Polesso: É. Eu tenho um comentário sobre frutas. Concordo plenamente com o que você disse. 100%. Só que num nível de otimização maior, se a gente for pensar… Raízes, como você falou e frutas… Eu argumentaria que as frutas que a gente vê hoje vendendo por aí não são frutas. Elas são quase… Não vou chamar de substâncias comestíveis. Vou elevar elas a um nível maior aqui. Mas são criadas pelo homem. Elas pouco se assemelham com as frutas que foram criadas pela natureza. Vou postar um vídeo em breve no canal do Emagrecer de Vez no YouTube sobre isso… As frutas de hoje não são mais as frutas que foram criadas pela natureza…

Dr. Souto: Eu concordo, Rodrigo… Mas eu acrescentaria o seguinte. Esses estudos observacionais que a gente cita que mostram uma relação inversa de frutas com o desenvolvimento de diabetes foram com as frutas cultivadas.

Rodrigo Polesso: Claro. Como eu falei, eu concordo plenamente.

Dr. Souto: Mesmo com as cultivadas… Que eu concordo com você… Têm muito mais açúcar do que as frutas que se encontram normalmente na natureza… Nem essas parecem ser associadas com o desenvolvimento de diabetes. Então, acho que precisa muito… E cabe ao profissional de saúde ou ao nutricionista orientar o paciente… Olha, no seu caso… Você é gordinho… Você é pré-diabético… Sua hemoglobina glicada está 6,4… Você tem triglicerídeos altos… Para você, banana e manga não ajuda, assim como farinha, pão, massa, tapioca… Nada disso lhe ajuda. Agora chega lá a menina magrinha que quer ganhar massa magra… Está indo na academia… Tem uma insulina de 2, uma hemoglobina glicada de 4,5, uma glicemia de 85… Triglicerídeos de 70… HDL de 70… Esta menina pode comer quantas bananas ela quiser por dia. Agora, se ela for comer quantos donuts ela quiser por dia, provavelmente, quando ela deixar de ser uma menina, daqui 10 anos, ela vai estar gordinha, pré-diabética e doente, porque o que adoece é donuts, e não bananas.

Rodrigo Polesso: Exatamente. Concordo. Mas ainda falando como nível de otimização… Tudo isso que o Dr. Souto falou é completamente verdade. Mas nível de otimização. Inclusive, tem animais selvagens… Em zoológico… Que desenvolvem síndrome metabólica quando alimentados com as frutas nossas… Ao passo que quando tinham as frutas selvagens eles não tinham esse problema. Então, muito açúcar nessas frutas. Quando você ingere um monte delas, analisando pelos first principles aqui… Você tem uma boa quantidade de açúcar que vai na sua corrente sanguínea de qualquer forma. Eu falo isso pelo seguinte. Muitos profissionais por aí… Muitos nutricionistas falam que a ingestão de frutas é indispensável à saúde humana. Isso a gente sabe que é absolutamente incorreto por dois motivos. Porque não é… E porque as frutas de hoje não são frutas. Então, olha só… Tem vários motivos para a gente manter uma boa perspectiva. Cabe à audiência ponderar isso tudo e achar o melhor para si próprio.

Dr. Souto: E deixa eu repetir uma coisa que eu já falei aqui outras vezes, mas só para chamar a atenção… Dentro do uso diário, cotidiano, vulgar da palavra fruta, a maioria das pessoas pensa em fruta como aquela coisa doce pendurada na árvore. Mas existe uma série de frutas que não são doces, mas que são nutricionalmente equivalentes. O que eu quero dizer? Estou me referindo ao tomate, ao pepino, ao pimentão, à abobrinha, ao chuchu, à berinjela. Tudo isso que eu acabei de falar são frutas. Tudo isso tem vitaminas como frutas têm vitaminas. Tudo isso tem minerais como frutas têm minerais. Tudo isso tem compostos antioxidantes, saudáveis. Então, a fruta, para ser fruta e a fruta para ser saudável, não precisa ser doce. Se você fizer uma dieta cetogênica porque você tem epilepsia… Se você quer fazer uma dieta cetogênica porque você se sente super bem fazendo cetogênica e fica com uma composição corporal boa… Com índice de gordura corporal baixo… E gosta de se ver bonito no espelho… Enfim, se você quer fazer uma cetogênica, mas quer ter uma nutrição completa, pode se entupir de frutas. Quais? As que eu acabei de falar. Pimentão, berinjela, pepino, abobrinha…

Rodrigo Polesso: Abacate.

Dr. Souto: Abacate, coco, chuchu. Tudo isso é fruta e tudo isso tem os benefícios… Fibras solúveis, nutrientes e vitaminas que as frutas doces têm – sem o açúcar, que as frutas doces têm. Então, é uma opção. Depende do objetivo e da necessidade de cada um.

Rodrigo Polesso: É, com certeza. Olha só, Dr. Souto, uma pergunta para você agora. Se você tivesse que escolher… Quais seriam suas duas opções favoritas de carboidratos? Se você tivesse que incluir duas de vez em quando… Uma vez, duas vezes na semana… Quais que você escolheria?

Dr. Souto: Essa é uma pergunta feita à queima roupa. Deixa eu pensar.

Rodrigo Polesso: À queima roupa.

Dr. Souto: Minhas duas opções favoritas de carboidrato… Tem que ter carboidrato. Não adianta essas coisas super low carb que eu falei.

Rodrigo Polesso: Não vale legumes fibrosos nem folhas. Carboidratos densos.

Dr. Souto: Bom, em termos de fruta, gosto muito de pera. Pera é uma fruta que… Gosto do sabor. Ela não tem uma quantidade absurda de carboidratos. Acho que uma pera de sobremesa de vez em quando vai bem. Em termos de raízes, vou te confessar, Rodrigo… Eu gosto muito de um aipim frito.

Rodrigo Polesso: E quem não gosta?

Dr. Souto: O troço é muito bom. Não é low carb.

Rodrigo Polesso: Esse é o ponto.

Dr. Souto: Um aipimzinho frito na banha é um negócio delicioso. Combina muito com bacozinho em cubinhos. Para quem está numa fase de manutenção… Para quem não tem síndrome metabólica, não é diabético… Pode comer. Acho que um aipimzinho vem bem. Vou devolver a pergunta. E você, Rodrigo?

Rodrigo Polesso: De fruta acho que não tem segredo… É tâmara. Tâmara desidratada… Se for pensar, é uma das que mais contém carboidratos. Mas um monte de fibra também. Eu como uma vez na semana. Aqui eu nem acho, na verdade. Passando vários meses na Ásia e não acho as benditas das tâmaras… Fazer o quê. Tâmara para mim é uma sobremesa que eu adoro. Eu adoro aipim com bacon. Só de pensar eu pensei em até mudar minha opinião. Mas eu gosto, por exemplo, de bata doce. Eu adoro batata doce. Você corta aquela amarela, que é uma laranjada… Quando você abre ela, laranjadinha… Saindo aquela fumacinha… Você põe manteiga e coloca uma pitada de canela… Meu Deus do céu…

Dr. Souto: Realmente. Batata doce combina com manteiga da mesma forma que aipim combina com bacon.

Rodrigo Polesso: Então, se eu fosse escolher, talvez escolheria essas duas primeiras. Depois de aipim, taro. Adoro taro. É muito bom.

Dr. Souto: Vocês veem, pessoal… O negócio não é uma ojeriza aos carboidratos. A gente está dizendo que isso é melhor do que churros… Do ponto de vista de saúde. Na realidade, para pessoas que são saudáveis, que ainda não são diabéticas, não são doentes… E elas vão ficar diabéticas e doentes por causa do churros, não é por causa da batata doce. Para essas pessoas, comer essas coisas não tem problema, especialmente se você não comer o tempo todo e em grande quantidade.

Rodrigo Polesso: Se você não tem intolerância a carboidratos, você pode tolerar carboidratos. É isso. É basicamente isso.

Dr. Souto: Eu li uma vez, eu não me lembro qual foi o autor que escreveu, mas faz todo sentido… Que a quantidade de carboidrato na dieta… Depende também do nível de atividade física do indivíduo. Porque a ideia é a seguinte… Você tem um estoque relativamente pequeno de carboidrato no corpo. São os gramas de carboidrato que cabem no fígado na forma de glicogênio e os gramas de carboidrato que cabem nos músculos na forma de glicogênio. Se você tem um nível de atividade física elevado, e você usa bastante glicose nos músculos, obviamente, você é capaz de tolerar uma quantidade maior de carboidratos sem que isso supere a capacidade de armazenamento de glicogênio do corpo. Uma vez que os estoques de glicogênio estejam cheios, aí começa o problema. Esse carboidrato começa a não ter como entrar nas células. As células vão ficando resistentes à insulina. O pâncreas fabrica mais insulina. Com isso, parte desses carboidratos são convertidos em gordura e essa gordura acaba sendo forçada a armazenamento ectópico, no fígado e no pâncreas, porque a insulina alta produz isso. E aí é o começo da desgraça. Então, ou você vira um atleta… Estou falando em atleta… Não estou falando em caminhar 30 minutos. Ou então, se você é mais sedentário, ou se é um sujeito que faz um nível de atividade física adequado, porém não é um atleta, bom, restrinja os carboidratos. Você não precisa tanto. Não adianta botar esse super combustível aditivado, que é o carboidrato… Que o atleta vai usar para atividade explosiva em alto nível… O Michael Phelps consome uma quantidade maior de carboidratos, mas ele é o Michael Phelps. Você não é o Michael Phelps. Você paga academia e nem vai. Então, para você que paga a academia e nem vai, não precisa comer um monte de carboidrato.

Rodrigo Polesso: Isso não significa também que se você é atleta, você necessariamente está melhor com carboidratos. É outro ponto também.

Dr. Souto: Exatamente. Eles não precisam de nenhum carboidrato – que fique claro. Tem aí ultra-atletas, ultra-maratonistas, pessoal de Ironman, pessoal de crossfit, que faz cetogênica e tem desempenho show de bola. Estou querendo dizer que quem faz esporte no nível de atleta consegue tolerar uma quantidade maior de carboidratos sem engordar e ficar diabético. Agora, 98% das pessoas que estão nos ouvindo não têm esse nível de atividade física, mas querem comer como eles. E outra. O que acontece com o atleta quando ele se lesiona? Não precisa ir longe. Olha na Copa do Mundo como está a forma física do Casagrande, do Ronaldo.

Rodrigo Polesso: Exato.

Dr. Souto: Eles continuam comendo como quando eles jogavam futebol, só que eles não jogam mais.

Rodrigo Polesso: Maravilha. Lembrando, pessoal… Pessoas com obesidade, diabetes, resistência à insulina e, na minha opinião, até câncer, Alzheimer, demência e etc., se beneficiariam de uma alimentação mais drástica em todos os tipos de carboidratos no contexto de uma alimentação forte, ou seja, altamente nutritiva. Esse é outro ponto. Ao se reduzir a proporção de carboidratos na dieta nesse contexto, é normal se ver também, ao mesmo tempo, um aumento da densidade nutricional da dieta. Um corpo saudável resulta do valor nutritivo da sua dieta e não da quantidade das coisas que você come. É bom manter isso em mente. Antes de falar desse hambúrguer de carne… Vamos só comentar o caso de sucesso de hoje, que veio do Reinaldo. O Reinaldo falou… Em pouco mais de três meses, seguindo uma alimentação forte, mais baixa em carboidratos, dentro do programa Código Emagrecer de Vez, ele eliminou 18 quilos. E ele falou… “Ainda tenho um longo caminho pela frente, mas todo esforço e dedicação têm valido a pena. Mais saúde, energia e disposição.” E ele se empenhou. Ele mandou para a gente foto de frente, foto de trás e foto de lado. Antes e depois comparando, você vê nitidamente a mudança em tanto pouco tempo. Então, 18 quilos já eliminados, revertendo, provavelmente… Começando a reverter o problema de resistência à insulina também, eu espero que sim. Então, parabéns ao Reinaldo. Obrigado por ter enviado para a gente aí. Se você quiser saber mais sobre como aplicar a alimentação forte focada em emagrecimento, guiado passo a passo, bonitinho, é só entrar em CodigoEmagrecerDeVez.com.br. Ok… Então, vamos ver essa questão. Eu vi no Twitter também e resolvi colocar aqui só para a gente se descontrair um pouquinho. Novos produtos que copiam carne, mas não são carne existem. A gente sabe disso há muito tempo. Desde a carne texturizada de soja, que imita carne… A gente tem hambúrgueres, salsicha, um monte de coisa que imita carne. Só que nem sempre isso acaba respeitando a própria premissa que é ser mais saudável. Muitas pessoas acabam se tornando vegetarianas porque elas querem ser mais saudáveis. Outras por outros motivos, mas muitos por isso. E às vezes essas alternativas acabam invalidando essa própria premissa. A exemplo, tem esse Beyond Meat Burger, que inclusive… Ted Naiman postou… Eu achei interessante ver os ingredientes dessa alternativa do hambúrguer feito sem carne. Em suma, são hambúrgueres vegetarianos. Quais são os ingredientes de um hambúrguer de verdade? Um hambúrguer feito de carne… Carne. Esse é o ingrediente… Do hambúrguer de qualidade. Carne, 100%. Eu vou ler todos aqui para vocês. Ingredientes desse Beyond Meat Burger, que é um hambúrguer desse que ele mostrou… O qual é um dos de maior qualidade desse ramo aí, pelo o que eu vi. Então, vamos lá, ingredientes desse hambúrguer. Água, proteína isolada de ervilha, óleo de canola, óleo de coco refinado, celulose de bambu, metilcelulose, amido de batata, sabor natural… Sabe o que significa isso… Não sei. Maltodextrina, ou seja, açúcar. Extrato de levedura. Sal. Óleo de girassol. Glicerina vegetal. Levedura seca. Goma arábica. Extrato cítrico para manter a qualidade. Ácido ascórbico para manter a cor. Extrato de suco de beterraba para colorizar. Ácido acético para preservar. Ácido succínico, nunca tinha ouvindo falar. Amido alimentar modificado e anato para dar cor. Olha só… Essa é a alternativa. Um monte de fibra para você ficar no banheiro bastante tempo, um monte de óleo vegetal inflamatório e uma qualidade questionável de proteína de única fonte, que nesse caso é a poderosa ervilha. É complicado.

Dr. Souto: A gente justamente falando… Lutando por comida de verdade… Comida com o mínimo de ingredientes possíveis… E assim… Vamos lembrar do paradigma da paleo. Aquela alimentação com a qual o animal evoluiu… Evoluiu comendo aquilo… Provavelmente lhe trará mais benefícios porque há uma adaptação evolutiva àquela alimentação. Qual é o ser vivo que se adaptou comendo esse tipo de coisa que a gente falou? Que isso? Então, quer dizer… É uma ração. Você estava descrevendo esse negócio, eu estava me lembrando de um filme… O título em português se chama No Ano de 2020. Está próximo, nós estamos em 2018. Mas é um filme dos anos 70, se não me engano. O título em inglês é Soyland Green. Essa empresa norte-americana que está fabricando uns shakes nojentos meio beges… Que é para ser um negócio que é para a pessoa comer só aquilo… Chama Soyland também. É em homenagem ao filme, que se não engano é baseado num livro. Então, pessoal, procurem isso aí. Eu não sei se tem no Netflix. Mas para quem sabe procurar na internet vai encontrar. Ele é um filme que eu não vou dar spoiler do que que é o Soyland Green, mas era verde, como o nome diz. Já esse aí não. Esse aí é para ter uma cor de carne. Mas eu imagino que a composição do Soyland não seja tão diferente. Mas não vou dar spoiler qual era a composição do Soyland Green.

Rodrigo Polesso: Tem aquele outro filme chamado Idiocracy… O pessoal em vez de tomar água, fica tomando Gatorade… Vive nessa vida também.

Dr. Souto: Mas agora, falando sério… Eu não concordo, mas entendo as pessoas adotam esse estilo de alimentação em virtudes de preocupação humanitárias, digamos assim. Já escrevi no meu blog sobre isso. Quem quiser, bota no Google: Souto dieta segunda-feira. Era a segunda-feira sem carne e eu chamei a postagem de segunda-feira sem noção. Mas naquele artigo eu coloquei o que eu penso do ponto de vista filosófico sobre esse assunto. Agora, do ponto de vista de saúde, bom, aí existe como avaliar. Basicamente, o que existem são estudos observacionais dos Adventistas do Sétimo Dia mostrando que eles têm uma saúde melhor do que a maioria das pessoas. Só que os Adventistas do Sétimo Dia, também não fumam, também não bebem, também não se divertem… Eles não fazem nada. De modo que os Adventistas do Sétimo Dia… Não é necessariamente porque eles não comem carne que eles têm uma exposição a uma série de riscos menor que o resto da população. Quando se vê os outros estudos que não são dessa população, comparando vegetarianos com não vegetarianos, em geral, os vegetarianos são mais doentes do que os outros. Então, há que ter em mente que existe uma propaganda adventista que está refletida em alguns estudos de origem norte-americana, e que não são reproduzidos pelos estudos europeus. E uma outra coisa que a gente tem que ter em mente é o seguinte. Isso não significa que você não possa fazer uma dieta vegetariana mais saudável. Se é para fazer uma dieta vegetariana, que não seja com essa abominação que o Rodrigo acabou de ler. Que seja com comida de verdade. Dá para fazer? Dá. Não é tão fácil, mas dá. Vai focar mais em vegetais de baixo amido, vai focar mais em vegetais mais ricos em gordura e pobres em carboidratos, como coco, como abacate, como azeitonas… Todas as nuts, oleaginosas, nozes, castanhas, amêndoas… As leguminosas que, embora tenham um pouco de carboidrato, mas pelo menos têm proteína e têm índice glicêmico mais baixo, como lentilha, feijão, grão de bico, ervilha. E se a pessoa é ovolactovegetariano, aí dá tranquilo. Aí dá para consumir gorduras e proteínas de alto valor biológico. Então, assim… Dá para fazer bem feitinho? Dá. Quem quiser procura no Google: Eco Atkins. Agora essa coisa… Esse Frankenstein de hambúrguer que você citou… Pelo amor de Deus.

Rodrigo Polesso: Acaba invalidando a própria premissa de comer bem.

Dr. Souto: Se o troço tem que ter cara de hambúrguer. Quando você corta, tem que escorrer um suco de beterraba para parecer sangue e tem que gosto de hambúrguer… Eu sujo o músculo esquelético de um bovino. É um negócio bem mais gostoso e bem menos processado.

Rodrigo Polesso: E bem mais saudável. Isso que eu ia dizer. Levar isso como uma dica subliminar. A gente está cheio de alternativas vegetarianas para coisas que a gente tem… Salsicha, carne e etc. Isso quer dizer, incontestavelmente, que a gente quer comer o original. Essa é uma vontade evolutiva nossa. Vamos parar de ignorar isso… Cada um decide o que quiser. Mas tenha em mente isso. É natural para a gente. É por isso que a gente tem vontade dessas coisas. Agora, se você quer ser um vegetariano de qualidade, claro, lembre-se de não comer essas porcarias processadas… Vai dar um tiro no próprio pé.

Dr. Souto: Isso daí me lembra aquele pessoal que diz que odeia carrão, que odeia Porsche, mas bota aerofólio no Fusca.

Rodrigo Polesso: Exatamente. Muito bom. Falando nisso, conta para a gente o que você degustou na sua janta.

Dr. Souto: Pois então, o Rodrigo acordou tão tarde hoje que significa que nós estamos gravando tão tarde no Brasil…

Rodrigo Polesso: Você não comeu ainda?

Dr. Souto: Eu já comi. Hoje eu comi uma das coisas mais simples de fazer, favoritas, que é o meio da asa do frango. A asinha do frango com pele, evidentemente. Bota 45 minutos com a pelezinha virada para baixo numa assadeira que ela vira crocante. Mas crocante mesmo, chega a fazer um barulhinho. E meio laranja, é uma delícia. Então, aquele franguinho… Acompanhado de um vinho muito bom. Por isso que a gravação fica mais divertida. Toma vinho antes do podcast. E também um pedacinho de queijo, que eu dei uma derretida e botei um pouco de páprica. Páprica é um negócio que combina muito com queijo. Fica a dica, páprica picante.

Rodrigo Polesso: Fica a dica. Olha só… Acordei muito tarde… Na verdade, eu acordei um pouco tarde porque ontem… Acho que vale mencionar… Ontem de manhã eu acordei… Como sempre, não tomo café. Eu tomo café preto de café, na verdade. Eu não como nada. Eu faço jejum intermitente. Só prolongo. Ontem a gente foi subir uma montanha, que é a montanha mais alta de Seoul. Então eu acordei, 7:30, subimos… Levou mais de 5 horas. Um esforço físico bastante grande. Os estoques de glicogênio do fim de semana foram queimados. Eu fui comer a primeira refeição 8:30 da noite sem problema nenhum. Claro, primeiro um digestivo. Tomei um vinhozinho branco para iniciar a digestão… Preparar o estômago. Daí meu prato, inclusive postei ontem no Instagram… Foi carne moída… Até para quem acha que alimentação forte precisa ser cara. Então, carne moída, dois ovos e um pouco de cream cheese, porque eu tenho uma dificuldade enorme de achar queijo aqui nesse lugar, é impressionante. Então, cream cheese, dois ovos e carne moída. Minha primeira refeição do dia às 8:30. Alguém mandou a mensagem: “Rodrigo, só proteína? Por quê?” Para começar, não é só proteína. O maior macronutriente desse prato são gorduras, não são proteínas. Isso é uma coisa que tem ser corrigida. Depois porque eu estou otimizando o valor nutricional da minha alimentação, por isso que eu não adicionei legumes, folhas ou frutas. Então, é basicamente isso que eu degustei. Acabei levantando em na hora do podcast, mas não tem problema não porque o Dr. Souto estava degustando um vinhozinho e se aquecendo para o episódio.

Dr. Souto: Eu já estava inclusive nos chocolates… 70%… Quando eu como chocolate 70%, significa que eu estou afim de comer doce. Chocolate 70% já não é exatamente um troço tão low carb. Significa assim… É uma indulgência. Menos que 70%, pessoal… Não é aceitável.

Rodrigo Polesso: Aí não é chocolate mais.

Dr. Souto: Aí já passa a ser um doce saborizado. Ele tem ares de cacau.

Rodrigo Polesso: Exato. Maravilha. Pessoal, é isso aí. Esse foi o podcast 120 aqui da Tribo Forte. Convido você a entrar em TriboForte.com.br. Conheça mais sobre o projeto lá. Vê se conecta com você. E se você quer emagrecer, lembre-se: CodigoEmagrecerDeVez.com.br. Aproveita também para seguir a gente no Instagram, Dr. Souto lá é @jcsouto. Eu é @rodrigopolesso. Siga a gente lá no Instagram e se rodeie de pessoas que estão alinhadas com seus próprios objetivos de saúde e estilo de vida saudável. Com isso, deixo vocês por aqui. Dr. Souto, obrigado por mais esse episódio. A gente se vê na próxima semana, como sempre. Até mais!

Dr. Souto: Obrigado, Rodrigo. Um abraço aos ouvintes e até semana que vem!